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7 de maio de 2023 às 07:28
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Acadêmico: Cárie dentária: fatores etiológicos, diagnóstico e classificação

Autor: Adriel Silva de Aquino

A cárie dentária, a qual é uma doença complexa considerada uma dissolução química da estrutura dentária, que é ocasionada por conta de diversos eventos metabólicos. Considera-se que é causada por um desequilíbrio no balanço que ocorre entre o mineral do dente e o fluído do biofilme (placa bacteriana). Sabe-se que essa doença é resultado de um processo dinâmico de quatro fatores etiológicos, de modo que só desenvolve a lesão cariosa em virtude desses fatores associados (FEJERSKOV, O; KIDD, E., 2013).

Estes fatores etiológicos são compreendidos por ter a presença de microrganismos transmissíveis ou não, que se acumulam e deixam a superfície dentária susceptível. Embora a presença de biofilme seja considerada um fator causal necessário para o desenvolvimento da lesão de cárie, ele sozinho não é suficiente para que esse tipo de lesão ocorra, visto que, a dieta que o ser humano é adepto auxilia para o desenvolvimento desta patologia, pois, alimentos ricos em açucares como o carboidrato fazem com que a superfície dentária varie o PH, dessa forma irá determinar ou não a formação da lesão de cárie (CONCEIÇÃO, E.N, 2018; FEJERSKOV, O; KIDD, E., 2013).

Outro fator fundamental para o desenvolvimento da cárie é o tempo, ou seja, o processo des-remineralização que acontece após 8 horas de ingestão do alimento quando não se ocorre a higienização bucal. Por fim, evidencia-se a superfície dentária, principalmente em três sítios dentários de perceptível visualização do desenvolvimento das lesões cariosas, isso se dá por serem regiões que se tem maior acúmulo de restos alimentares.

Sabe-se que o diagnóstico da doença cárie é um processo extremamente complexo, visto que, envolve a interpretação de um conjunto de dados provenientes dos sinais e sintomas clínicos e de exames complementares. Esse exame radiográfico pode ser interproximal, quando se tem a necessidade de analisar as regiões proximais dos dentes posteriores, analisando em uma única radiografia os molares direitos ou esquerdos ou pré-molares direitos ou esquerdos. E, pode ser também através de radiografia periapical, que tem o intuito de analisar toda a unidade dentária, a fim de avaliar a profundidade da lesão em dentes anteriores ou posteriores (CONCEIÇÃO, E.N, 2018; SOARES, G.G.; et al., 2012; WHITE, S.C; PHAROAH, M.J, 2015).

Para um concreto diagnóstico é de suma importância identificar o desenvolvimento e o aspecto da lesão cariosa. A manifestação cariosa é desenvolvida inicialmente por uma mancha branca, que tem desenvoltura em aproximadamente 14 dias após o amadurecimento do biofilme, sendo considerada uma lesão de cárie superficial. Após 3 a 4 semanas do acúmulo do biofilme, ocorrem mudanças clínicas mais perceptíveis e a presença de cavitação na superfície dentária, podendo ser de profundidade rasa, média, profunda ou muito profunda, de modo que foram observadas em Maria Lúcia cavidades rasas, médias e profundas. Vale salientar que a cárie além da profundidade, é classificada em aspectos, ou seja, pode ser lesão de cárie ativa ou lesão de cárie inativa (FEJERSKOV, O; KIDD, E., 2013; SÉLLOS, M.C.; et al., 2008).

A cárie ativa é uma lesão considerada progressiva, que tem seu aspecto em esmalte de mancha branca opaca e rugosa e o aspecto em dentina é de tecido amolecido de coloração marrom clara, sendo esses aspectos observados nas UDs 24 e 15 citada no caso. Já a lesão de cárie inativa é quando a mesma pode ter sido formada há anos e interrompeu a sua progressão, não tendo nenhuma influência de reativação do processo carioso, os seus aspectos diferem da ativa, posto que no esmalte apresentam manchas brancas brilhantes e na dentina o tecido já está endurecido e tem a coloração escurecida por conta da calcificação das bactérias (FEJERSKOV, O; KIDD, E., 2013; SÉLLOS, M.C.; et al., 2008).

Em suma, evidencia-se que para a solução das problemáticas expostas acima, é de grande importância que o Cirurgião Dentista saiba as causas das doenças e trabalhe sempre com as ações de medidas preventivas. Para erradicar a Cárie Dentária deve-se analisar o controle microbiano da cavidade bucal, além de reajustar os hábitos alimentares e a higienização oral. Partindo para a LCNC, observa-se a necessidade de controlar os fatores da erosão, como a ingestão de alimentos e bebidas ácidas, os fatores da abrasão que constituem em hábitos de força perante a escovação ou hábitos de colocar objetos entre os dentes, como lápis ou palito, e por fim, os fatores da abfração, que consiste em controlar a oclusão dentária.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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