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24 de dezembro de 2022 às 08:02
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IPCA-15 fica em 0,52% em dezembro e fecha 2022 em 5,90%

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,52% em dezembro e ficou 0,01 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de novembro (0,53%). 

Com isso, o IPCA-15 acumulou alta de 5,90% em 2022.

PeríodoTaxa
Dezembro 20220,52%
Novembro 20220,53%
Dezembro 20210,78%
Acumulado ano / 12 meses5,90%
IPCA-E outubro / dezembro1,21%

O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 1,21% para o período de outubro a dezembro. Em dezembro de 2021, o IPCA-15 havia sido de 0,78%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em dezembro. Os maiores impactos vieram de Transportes (0,85%) e Alimentação e bebidas (0,69%), com 0,17 p.p. e 0,15 p.p. respectivamente. A maior variação, por sua vez, ficou com Vestuário (1,16%), que acumulou alta de 18,39% no ano. Cabe mencionar ainda os resultados de Saúde e cuidados pessoais (0,40%), que desacelerou ante novembro (0,91%), e Habitação (0,40%), com variação próxima à do mês anterior (0,48%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,46% dos Artigos de residência e a alta de 0,39% de Despesas pessoais.

GrupoVariação Mensal (%)ImpactoVariação Acumulada (%)
(p.p.)
OutubroNovembroDezembroDezembroTrimestre12 meses
Índice Geral0,160,530,520,521,215,90
Alimentação e bebidas0,210,540,690,151,4511,96
Habitação0,280,480,400,061,160,24
Artigos de residência-0,350,54-0,46-0,02-0,278,39
Vestuário1,431,481,160,064,1318,39
Transportes-0,640,490,850,170,70-1,01
Saúde e cuidados pessoais0,800,910,400,052,1211,24
Despesas pessoais0,570,270,390,041,237,54
Educação0,190,050,000,000,247,37
Comunicação-0,420,000,180,01-0,24-1,17
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

O grupo dos Transportes acelerou de novembro (0,49%) para dezembro (0,85%), principalmente em função da alta nos preços das passagens aéreas (0,47%), que haviam recuado quase 10% no mês anterior. Os preços dos combustíveis (1,79%) seguiram em alta, embora com resultado menor que o de novembro (2,04%). A gasolina (1,52%) contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,07 p.p., enquanto o etanol (5,44%) teve a maior variação entre os combustíveis pesquisados. Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.

A variação de Alimentação e bebidas (0,69%) também superou a de novembro (0,54%). Os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,78%, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%). Nos últimos três meses, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente. Além disso, os preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%) também subiram em dezembro, contribuindo para a alta do grupo. No lado das quedas, destaca-se o leite longa vida (-6,10%), em queda pelo quarto mês consecutivo. No entanto, o produto encerrou o ano de 2022 com aumento de 25,42%.

alimentação fora do domicílio (0,45%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,40%). O lanche teve alta de 0,88% e, a refeição, de 0,28%.

No grupo Vestuário (1,16%), todos os itens tiveram alta. As maiores contribuições vieram das roupas femininas (1,54%) e masculinas (1,47%), ambas com 0,02 p.p. Os preços deste grupo subiram todos os meses de 2022, sendo a maior alta em abril (1,97%) e a menor, em agosto (0,76%).

A desaceleração de Saúde e cuidados pessoais (0,40%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de alta de 1,76% em novembro para 0,04% em dezembro, próximo da estabilidade. Houve queda nos preços dos produtos para unha (-5,05%), dos perfumes (-1,54%) e dos produtos para pele (-1,39%). No lado das altas, o destaque segue sendo o plano de saúde (1,21%), que incorpora a fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

No grupo Habitação, a principal contribuição veio da energia elétrica residencial (0,87%), com 0,03 p.p. As variações das áreas pesquisadas ficaram entre -0,71% no Rio de Janeiro e 18,78% em Brasília, onde as tarifas por kWh foram reajustadas em 21,54% a partir de 3 de novembro. Em Porto Alegre (1,74%), houve reajuste de 3,62% em uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 22 de novembro.

Ainda em Habitação, destaca-se também a alta da taxa de água e esgoto (0,83%), decorrente dos reajustes de 11,82% no Rio de Janeiro (9,00%), em vigor desde 8 de novembro, e de 10,15% em Belém (5,62%), válido desde 28 de novembro. Já o gás encanado (-0,45%) teve queda, consequência da redução de 2,47% das tarifas no Rio de Janeiro (-1,41%), aplicada a partir de 1º de novembro.

Em dezembro, IPCA-15 subiu em todas as regiões pesquisadas

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta em dezembro. A maior variação foi registrada em Goiânia (0,89%), influenciada pelas altas da gasolina (2,74%), da energia elétrica (4,13%) e do tomate (33,75%). O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Salvador (0,36%), onde pesou a queda de 3,50% nos preços da gasolina.

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%) 
OutubroNovembroDezembroTrimestre12 meses
Goiânia4,960,560,660,892,125,03
Brasília4,840,560,780,802,165,91
Curitiba8,09-0,240,110,670,545,15
Belo Horizonte10,04-0,040,550,581,094,72
Porto Alegre8,610,280,610,561,463,93
Fortaleza3,880,090,420,531,045,85
Belém4,460,180,400,511,095,78
Recife4,710,360,780,451,605,91
São Paulo33,450,150,560,451,166,55
Rio de Janeiro9,770,200,440,401,046,92
Salvador7,190,050,600,361,016,83
Brasil100,000,160,530,521,215,90
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 15 de novembro e 13 de dezembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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