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26 de outubro de 2022 às 09:22
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Acadêmico: Educação inclusiva

Autora: Cibele de Souza Santos 

Educação Inclusiva no Brasil, é uma conquista que se deu ainda muito recente. Observa-se nesse contexto, a contribuição dos movimentos sociais iniciados a partir da Ascenção do Estado Novo (GLAT e PLETSCH, 2011). O qual trouxe melhorias com a criação de leis e discussões voltadas a ‘educação para todos,’ bem como desafios para o ser professor que antes era visto como detentor do conhecimento, agora, coadjuvante do processo de formação e inserção do sujeito como parte integrante, ou seja, ator principal desse processo, em uma época de rápida transição provocada pela pandemia fazendo com que o professor pudesse rever sua metodologia e práticas de ensino (LOPES e MARQUEZINE, 2012).

A inclusão, tanto escolar como social, é um procedimento político/ideológico mais amplo, portanto, a simples integração escolar não corresponde a ‘mudanças’ de mentalidade (GLAT e PLETSCH, 2011). Esse enfoque reforça ainda mais de que precisa-se eliminar o velho paradigma de ‘sujeito incapaz’ substituindo-o o respeito, consolidando assim, uma política participativa, envolvente que valorize o ser humano, independente do seu comportamento ou sua origem (LOPES e MARQUEZINE, 2012).

A Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a educação em todos os níveis principalmente no que se diz respeito ao processo de igualdade. A promoção desse debate foi ainda mais intenso quando se deu através da Constituição de 88, isto é, a revigoração do Decreto de nº3.298/99 que vem garantir a ‘prioridade absoluta’ em tudo o que se refere a proteção da integridade física, psíquica e moral da infância e adolescência, assim como também da responsabilidade do Estado, dos pais, enfim, da sociedade em geral.

Para Lima (2005) muito se discute sobre o significado da palavra inclusão, pois para alguns significa somente o ingresso do indivíduo no âmbito escolar, designando o papel de educar inteiramente ao professor, sendo esta, uma visão muito errada já que inclusão escolar, está ligada a vários pontos como por exemplo a apropriação do indivíduo no espaço escolar, sendo aceito, acolhido e respeitado no mesmo, possibilitando conforto e desejo em aprender. Para que tudo isso seja possível é de grande importância que a formação dos professores e a escola estejam aptas para que esta inclusão seja realizada com o devido êxito. (LIMA, 2005, p.32).

A acessibilidade do sujeito no esfera ambiental e comercial pode ser uma grande aliada para que as pessoas com algum tipo de deficiência se sintam acolhidas e inseridas no meio, sentindo-se capazes de desempenhar qualquer função e/ou atividades (GLAT e PLETSCH, 2011). Porém, para que esse processo aconteça de maneira eficaz e positiva, é preciso que aconteça uma mudança de pensamento capaz de ultrapassar essas barreiras (SOUTO, 2014).

Para Lima (2005) A inclusão implica no desenvolvimento humano, formação da pessoa, portanto, não se limita a socialização do aluno no contexto escolar. Toda criança que chegue à escola pela primeira vez, necessariamente, passa por um processo de socialização, uma vez que ela precisa se apropriar da cultura escolar, isto é, do conjunto de comportamentos normais e regras que são especificas do contexto escolar. Esta socialização não é restrita as crianças e jovens com impedimentos causados pela diversidade biológica. (LIMA,2005, p. 33).

Essas e outras discussões sobre inclusão se fazem sempre pertinentes, pois mostra claramente, que a mesma caminha a passos lentos, más, que tem se mostrado de forma clara que para inserir o sujeito nesse contexto, não basta apenas doar um espaço ou matricula-lo em uma escola. É preciso mais, muito mais no que se refere a adaptação dos espaços, más também, da reflexão da prática docente voltada a formação de sujeitos autônomos, cheios de atitudes que se perceba como instrumento de mudança e parte integrante do amanhã que se deseja.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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