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16 de outubro de 2022 às 07:37
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Serviços crescem 0,7% em agosto, quarta taxa positiva consecutiva

Após avançar 1,3% no mês anterior, o volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em agosto. É o quarto valor positivo consecutivo, levando a um ganho acumulado de 3,3% neste período. Com isso, esse setor está 10,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e está apenas 0,9% abaixo do pico da série histórica, atingido em novembro de 2014.  

Divulgados hoje (14) pelo IBGE, esses dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

“O setor de serviços vem avançando há quatro meses seguidos. A última vez que isso aconteceu foi no ano passado, quando chegamos a cinco meses positivos entre abril e agosto. No mês anterior, esse setor ficou 1,5% abaixo do pico da série histórica e, em agosto, se aproxima ainda mais de novembro de 2014”, explica Luiz Almeida, analista da pesquisa.

Três das cinco atividades pesquisadas acompanharam o resultado positivo do índice geral. Entre eles, os destaques foram outros serviços (6,7%) e informação e comunicação (0,6%). No mês anterior, o volume do setor de outros serviços havia caído 5,0%. “O número positivo vem após uma queda, o que não é incomum, principalmente no setor de serviços financeiros auxiliares, que exerceu a maior influência nesse avanço e também na retração no mês anterior”, destaca o pesquisador. Os serviços financeiros auxiliares abrangem corretoras de valores mobiliários, consultoria em aplicações financeiras e administração de bolsa de valores e mercado de balcão.

Com o crescimento registrado em agosto, o setor de informação e comunicação acumula ganho de 1,8% nos últimos dois meses. “Foi o segundo setor que mais contribuiu para o avanço do volume de serviços em agosto. Atingiu o pico da série histórica, atingindo o mesmo patamar registrado em dezembro de 2021. Esse resultado se deve principalmente ao segmento de tecnologia da informação, que é bastante dinâmico e também atingiu o pico da série histórica neste mês. É um dos setores que cresceu apesar da pandemia, principalmente devido ao home office e digitalização de serviços”, disse.

O analista acrescenta que o segmento de telecomunicações, que integra a atividade de informação e comunicação, saiu de uma queda de 1,8% no mês anterior para um aumento de 1,5% em agosto. “Esse setor ainda está 20,7% abaixo do pico da série histórica. Ainda assim, com o avanço em agosto, é um dos responsáveis ​​pelo crescimento da informação e comunicação.”

Volume de serviços (mês/mês anterior)

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Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços

Os serviços prestados às famílias (1,0%) cresceram pelo sexto mês consecutivo, acumulando ganho de 10,7% no período. No entanto, esse setor ainda está 4,8% abaixo do nível pré-pandemia. “Isso se explica pelo fato de ter sido o setor mais afetado durante a pandemia. Tem reduzido as perdas com a retomada das atividades presenciais, queda das restrições e redução do desemprego, embora não tenha atingido o patamar de fevereiro de 2020. Durante a pandemia, esse setor atingiu 67% abaixo do seu nível recorde, alcançado em Maio de 2014”, lembra ele.

O transporte, que vinha crescendo nos três meses anteriores, recuou 0,2% em agosto. “O setor de transportes registrou alta acumulada de 4,0% entre maio e julho e está 20% acima do nível pré-pandemia e 0,2% abaixo do pico da série histórica, que foi justamente no mês anterior. Essa leve queda parece um ajuste do setor”, analisa Almeida.

Tendo avançado 4,1% em julho, o transporte de passageiros recuou 0,5% em agosto. “É uma leve queda que compensa parte do aumento de julho, que foi época de férias, com pessoas mais propensas a viajar”, ​​explica.

O transporte de cargas também registrou variação negativa (-0,3%) em agosto. Este setor ganhou 19,1% entre setembro de 2021 e julho passado. Com os bons resultados, esse setor está 31,3% acima do patamar de fevereiro de 2020. “O transporte de cargas registrou um aumento significativo com as mudanças nas cadeias de suprimentos, devido às entregas on-line durante a pandemia, bem como à safra recorde, o que resultou no aumento do transporte de insumos para a produção agropecuária e até mesmo para sua distribuição”, destaca o pesquisador.

Os serviços profissionais, administrativos e complementares permaneceram estáveis ​​(0,0%) após queda de 1,1% em julho.

Entre julho e agosto, o volume de atendimentos de 18 das 27 Unidades da Federação cresceu. Os maiores impactos vieram de São Paulo (1,6%), seguido pelo Distrito Federal (5,0%), Minas Gerais (1,0%) e Rio de Janeiro (0,5%). Por outro lado, Paraná (-7,1%) exerceu a maior influência negativa, seguido por Goiás (-3,4%) e Rio Grande do Sul (-1,1%).

Volume de serviços cresce 8,0% na comparação interanual

Na comparação com agosto do ano passado, o volume do setor de serviços cresceu 8,0%, a 18ª taxa positiva consecutiva nesse indicador. Entre as cinco atividades, a maior influência veio de transportes, serviços de apoio ao transporte e correio (13,6%), setor impactado pelo aumento da receita das empresas de transporte rodoviário de cargas, transporte rodoviário de massa e transporte aéreo de passageiros, entre outros .

Os outros avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%), serviços prestados às famílias (22,0%) e informação e comunicação (2,9%). Outros serviços (-2,4%) registraram a única taxa negativa neste mês.

A queda neste setor esteve relacionada com o desempenho dos serviços financeiros auxiliares. “Durante a pandemia, as restrições de turno reduziram o consumo de serviços no local e permitiram que famílias de maior renda economizassem parte de seus ganhos. Isso causou um aumento significativo no número de pessoas que investem no mercado de ações, levando a um boom nesse setor. A base de comparação alta pode explicar essa queda quando comparamos com o mesmo mês do ano passado”, diz o analista da pesquisa.

Atividades turísticas crescem 1,2% em agosto

O índice de atividades turísticas cresceu 1,2% em agosto, o segundo resultado positivo consecutivo. Com esse avanço, esse setor ficou 0,1% acima do patamar pré-pandemia. Apenas três dos 12 locais pesquisados ​​para esse indicador também cresceram: Minas Gerais (3,9%), São Paulo (0,6%) e Pernambuco (0,8%). Os maiores recuos foram no Rio Grande do Sul (-6,0%) e Santa Catarina (-6,0%).

Na comparação com agosto do ano passado, esse setor avançou 22,8%, impactado principalmente pelo crescimento da receita dos empreendimentos de restaurantes, hotéis, aluguel de carros, transporte aéreo, alimentação e transporte rodoviário de massa. Todas as regiões avançaram neste indicador. Entre janeiro e agosto, o agregado especial das atividades turísticas acumula expansão de 39,1%. 

Mais sobre PMS

A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores para monitorar o comportamento de curto prazo do setor de serviços no Brasil. A pesquisa investiga a receita bruta de serviços em empresas formais que empregam 20 ou mais pessoas, cuja atividade principal é um serviço não financeiro, excluindo as áreas de saúde e educação. Produz resultados para o Brasil e todas as Unidades da Federação. Os resultados estão disponíveis no Sidra . 

Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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