Bom dia • 07/05/2024

9 de outubro de 2022 às 08:27
Sem comentários
Comente agora

Acadêmico: O profissional de saúde e os cuidados com pacientes com problemas de psiquiátricos (esquizofrenia).

Autor:  Wesley Alcantara Ferreira

            Em se tratando de, antes de tudo é importante ressaltar que, em termo geral designa um conjunto de psicoses endógenas cujos sintomas fundamentais apontam a existência de uma dissociação da ação e do pensamento, expressa em uma sintomatologia variada, como delírios persecutórios, alucinações, auditivas, labilidade afetiva etc. Nesse sentido, como aponta RAMOS e HUBNER (2004), a esquizofrenia é talvez, o mais enigmático e trágico transtorno que psiquiatras tratam e, boa parte das vezes, também o mais devastador.

            Vale a ressalva de que segundo BRANDÃO et.al. (2011), após a promulgação da Lei 10.216, a assistência em saúde mental passou a dá mais importância e privilegiar o investimento nos serviços de base comunitária para o tratamento de pessoas portadoras de transtornos mentais. Desse modo, na perspectiva da psicologia, a análise das situações e dos problemas nesse campo, estão direcionados ao desenvolvimento da saúde humana e não necessariamente a doença.

            De acordo com OLIVEIRA (2010), a esquizofrenia é uma doença que infelizmente sofre muito preconceito. Antigamente esse tipo de paciente eram considerados loucos, sendo jogados nos antigos manicômios, com internações longas chegando a passar anos internados e longe do contato com a família e o meio social.

            Na perspectiva de UVRICHIR (2004), é possível dividir os sintomas da esquizofrenia em dois maiores grupos, os sintomas positivos, e os sintomas negativos. Este aborda que, os sintomas positivos incluem os delírios e alucinações, lembrando que os delírios são alterações do nosso pensamento, ou seja, a pessoa acredita numa realidade diferente do que está acontecendo, tem-se uma distorção da realidade e acredita profundamente naquilo.

            BRANDÃO (2011) enfatiza que, as alucinações mais comuns são as vozes, as auditivas e as visuais. Ou seja, a pessoa com esquizofrenia começa a ver um vulto, ou uma pessoa correndo atrás dela, ouvir vozes estranhas, que chamamos de vozes de comando, que muitas vezes elas mandam o paciente fazer algo, por essa razão pacientes com esquizofrenia tem um alto risco de cometerem suicídio, pois, muitas vezes as vozes dizem que a única alternativa é se matar, e por acharem real o que estão vendo ou ouvindo acabam que cometendo a ato.

            O outro tipo de sintomas são os negativos, que de acordo com UVIRICHIR (2004) esses já são mais resistentes ao tratamento. Eles caracterizam-se por uma diminuição nos impulsos e na vontade por fazer as coisas.  São caracterizados por achatamento afetivo, ou seja, a pessoa começa a ficar fechada mais a si mesma, com o olhar perdido, indiferente, como se não tivesse sentimento, ou pode não interagir com as coisas que acontecem ao seu redor, que é o que se chama de afeto embotado, muitas vezes não cuidando da higiene pessoal, não se alimentam direito. A consciência e a capacidade intelectual vão se manter inicialmente, mas, ao longo do tempo e da evolução da doença um défice cognitivo, ou seja, a uma alteração no raciocínio, pode vir a emergir.

            Em relação ao tratamento da esquizofrenia SILVA (2001) vem demonstrando que, este sofreu uma mudança muito grande ao longo dos tempos

            Uma das dificuldades no tratamento da esquizofrenia, de acordo com SILVA (2001), é muitas vezes os pacientes não terem crítica da doença, ou seja, eles acreditam de fato que são alvo de uma conspiração, e aí quando é necessário usar a medicação para diminuir o medo, para que os pensamentos vão embora, eles não aceitam, por pensarem que ninguém acredita neles, no que eles estão vendo. Por isso tem-se uma alta taxa de abandono de tratamento dentro da esquizofrenia. Nesses casos interromper o tratamento é sinônimo de ter uma nova crise e quase sempre mais grave, necessitando assim de uma hospitalização, ficar internado, como o caso de Fred. Desse modo, como qualquer outra doença na medicina, quanto antes acontecer o tratamento melhor, porque preserva mais o cérebro do paciente, assim como o impacto na vida dessa pessoa.

negativos da esquizofrenia são muitas vezes mal interpretados, as pessoas não reconhecem como sintomas da doença, muitas vezes acham que é uma preguiça, falta de vontade, proposital, e grande parte desse equívoco deve-se ao estigma que ainda temos sobre a esquizofrenia e as doenças mentais. O remédio vai ajudar a controlar grande parte dos sintomas, mas diversos fatores vão intervir na recuperação do paciente. Por isso tem-se hoje programas que ajudam na reinserção do paciente na sociedade, tanto para que possa melhor conhecer a doença, como também para conseguir se integrar na sociedade.

            Portanto,  do caso e na visão de alguns autores que foram citados a cima, conclui-se que, o esquizofrênico deve ser compreendido ajudado e orientado, pois, trata-se de um transtorno complicado em que a pessoa não sabe diferenciar a realidade da imaginação, o real, da fantasia. Uma pessoa esquizofrênica, ver e escuta coisas, e imagina situações que não existem, o que pode causar um terrível sofrimento tanto para a pessoa, como para seus familiares.

            É preciso que o profissional da saúde levar em consideração também que, é preciso uma confluência de fatores para a manifestação de uma doença como a esquizofrenia, geralmente se tem uma predisposição genética, mas o meio em que está inserido, o ambiente em que se encontra, a personalidade, vai influenciar na manifestação da doença. Por isso faz-se necessário, a atenção, o carinho, a ajuda, para que cada vez mais o número de pessoas com esses distúrbios possa vir a diminuir.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

BANNER_HOME- NOTICIAS-VENDE

Comentários

Seja o primeiro a enviar uma mensagem