Bom dia • 07/05/2024

14 de setembro de 2022 às 22:39
Sem comentários
Comente agora

Acadêmico: Exodontia prematura

Autor:  Gian Leandro Lima Sandes – Aluno do Curso de odontologia do 10º período AGES

As primeiras investigações sobre a perda de espaço após exodontia prematura de dentes decíduos foram realizadas por Hutchinson (1884) e Davenport (1887). No entanto, esses estudos apresentaram limitações, devido às dificuldades na definição do tamanho da amostra e nos métodos de mensuração da arcada dentária e do espaço relacionado à exodontia.

Posteriormente, Liu (1949) realizou o primeiro estudo para quantificar a perda de espaço causada pela extração precoce de molares decíduos, em que comparou mensurações dos arcosdentais de crianças com perda prematura de decíduas molares com aqueles sem perda, e encontrou que a redução do espaço do arco após a perda prematura dos segundos molares decíduos, tanto em maxila e em mandíbula, teve um maior efeito negativo sobre a oclusão do que a perda dos primeiros molares decíduos

Muitos fatores podem estar envolvidos nas consequências da perda precoce, isso inclui a idade na época do dente perda, potencial de crescimento facial e dentário, estado de interdigitação dentária e hábitos orais (LOVE & ADAMS, 1971; HOFFIDING & KISLING, 1978). No entanto, uma atenção especial deve ser dada ao risco de cárie do paciente, uma vez que mantenedores de espaço acumulam placa, portanto, os pacientes devem ser capazes de manter uma boa higiene oral.

Assim, é essencial o seu acompanhamento não somente para observação do desenvolvimento da oclusão, mas instruções de higiene oral são essenciais para melhora do risco de cárie. Os pacientes também devem ser frequentadores confiáveis e regulares e estar envolvidos com o tratamento. Isso  ocorre porque se os aparelhos permanecerem no local após o período de uso ou falharem e não forem reparados, eles podem causar irritação dos tecidos moles, impedir ou causar desvio da irrupção dos dentes permanentes, descalcificação da coroa, alteração no crescimento dos maxilares ou causar outros efeitos prejudiciais (HOFFIDING & KISLING, 1978; KISLING, 1979; LIN et al., 2011; JAYACHANDAR et al., 2019). Assim, qualquer criança considerada para manutenção do espaço deve ser capaz de cooperar com sua instalação.

A partir do exposto no presente trabalho, pode-se concluir que a perda precoce de dentes decíduos, em especial de molares, durante a dentadura decídua e mista, pode causar alterações funcionais, principalmente no desenvolvimento normal da oclusão. Assim, uma vez sendo necessária a exodontia prematura ou detectada a ausência de um desses elementos dentários, o cirurgião-dentista deve estar atento ao correto diagnóstico e planejamento, avaliando individualmente cada situação, o que evita erros na condução do caso ou sobre tratamentos.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

BANNER_HOME- NOTICIAS-VENDE

Comentários

Seja o primeiro a enviar uma mensagem