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9 de agosto de 2022 às 18:21
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Acadêmico: O impacto da pandemia e o empreendedorismo como solução

Autoras: Erlania dos Santos e Viviane Jesus Santana

Aproveitar as oportunidades que alguns não supõem existir, com certeza é o diferencial para enfrentar a crise durante e pós pandemia. Investir na formação digital será primordial no atendimento às novas demandas oriundas de um novo consumidor que quer ter seus gostos e preferências, mesmo de longe, sendo respeitadas e atendidas com qualidade e rapidez. As empresas que conseguirem atender tais requisitos com certeza sairão na frente no tocante ao enfrentamento da crise.

A Covid 19 responsável pela pandemia do novo coronavírus provocou a adoção de medidas estratégicas com objetivo de diminuir a propagação do vírus e, em especial, através do lockdown, desse modo, o comércio em geral foi afetado e, para conter o prejuízo, foi necessário a implantação de ações que buscassem atenuar a crise econômica como por exemplo, a criação de programa (auxílio) para atender os grupos vulneráveis, a insuficiência do quantitativo disponibilizado pelo governo federal faz com que os sujeitos sociais tivessem que recorrer a outras alternativas, muitas vezes, iniciativas concentradas no ramo do empreendedorismo para a retomada econômica  e consequente diminuição  dos impactos, estruturas dessa natureza carece de instrumentos legais para asseverar o dispositivo constitucional, nesse sentido, como o profissional do direito deve atuar nesse contexto de pandemia ?

O empreendedorismo é muito relacionado com a criação de algo revolucionário, de empresas grandiosas ou até mesmo da invenção de algo que faça gerar lucro, de fato, empreendedores se reinventam nos negócios, assumem riscos, inovando e promovendo a geração de empregos e riquezas. No entanto, a atuação de pessoas empreendedoras vai além. Conforme Leite (2000), ser empreendedor é “ter capacidade de iniciativa, imaginação fértil para conceber as ideias, flexibilidade para adaptá-las, criatividade para transformá-las em uma oportunidade de negócio”, ou seja, além de se manter no mercado de trabalho, tem a possibilidade de transformar a realidade de um país.

Donos de comércios, utilizam as redes sociais para divulgar “promoções que chamam a atenção da clientela”, mesmo num período de lockdown, o comerciante consegue negociar entregas, fazer parcerias, conversar com o cliente e atender suas preferências, de forma a continuar vendendo, pois todo contato poderá ser feito  por redes sociais e WhatsApp, por exemplo. Pode ainda gerar novos empregos, contratando entregadores.

Diante do cenário mundial, o direito também foi afetado com a chegada do novo coronavírus, trocas de mensagens pelo WhatsApp, chats, videoconferências e julgamentos online passaram a integrar o cotidiano do profissional de direito, exigindo um especialista cada vez mais dinâmico e célere na busca de soluções para as problemáticas oriundas do distanciamento social imposto pelo avanço pungente da doença. O trabalho remoto decorreu de uma reestruturação na forma de oferecimento dos serviços, de como seriam os atendimentos, plataformas e aplicativos foram criados e deverão ser aperfeiçoados, tendo em vista que, o modelo home office demonstra mudanças futuras em todos os aspectos e áreas.

O consumidor está cada vez mais exigente, obrigando indiretamente que seu fornecedor esteja a todo momento conectado. Atrair, conquistar e permanecer com os clientes demanda inovação. O marketing jurídico digital insurge como meio propício para que o profissional de direito consiga satisfazer as necessidades e desejos dos seus clientes, evidentemente que respeitando o Código de Ética e Disciplina da OAB que diz em seu capítulo IV, “Art. 28. O advogado pode anunciar os seus serviços profissionais, individual ou coletivamente, com discrição e moderação, para finalidade exclusivamente informativa, vedada a divulgação em conjunto com outra atividade.” Muitos advogados criaram e alimentam blogs, sites, inclusive Facebook e Instagram tem sido muito utilizado nesses tempos de pandemia.

Nesse contexto de pandemia o futuro advogado deve se preparar bem e oferecer segurança no assunto durante o processo de contratação, afinal, o cliente espera que ao contratar os serviços do profissional, este possa resolver seu problema por ter conhecimento sobre o tema. Ser reconhecido como autoridade pode ajudar nesse processo, por isso, vídeos, artigos, resolução de questões, lives sobre dúvidas de determinado assunto, disseminados nos meios digitais, tem contribuído para dar visibilidade ao advogado, atraindo assim, futuros clientes.

Empreender nesse contexto de desafios diários é para muitos, bem difícil. A recessão econômica tem gerado insegurança em todas as esferas da sociedade, o medo tem sido companheiro diário, pavor de ser contaminado e não poder contar com atendimento médico, temor de perder entes queridos, de ficar desempregado, de ter que fechar o pequeno comércio, onde depositou todas as suas energias e economias, desespero por não ter o básico, enfim, situações que paralisam o indivíduo e não permite que ele enxergue possibilidades de dar a volta por cima.

Os hábitos de consumo mudaram de forma vertiginosa com a pandemia que tivemos, em alguns momentos as pessoas viram seus direitos de ir e vir serem cerceados para atender a um direito de maior valor, de acordo com o contexto que estamos vivenciando, que é a saúde pública.

Por tudo que foi exposto, observa-se que empreender é um processo permanente de aprendizagem, com a reunião de experiências, desenvolvimento de novas ideias e estudos específicos sobre o negócio que quer gerir ou inovar. A postura proativa é conduta indispensável para o enfrentamento da crise causada pelo Covid-19, ou seja, fazer acontecer com inovação, criatividade e motivação é o diferencial para conseguir se manter no mercado de trabalho.

Destarte, tanto para o advogado, quanto para outras profissões, a pós pandemia exigiu uma mudança de postura frente a busca dinâmica e célere de soluções para as problemáticas cotidianas. O profissional precisa além de tudo, ampliar seus conhecimentos para outras áreas, investir no conhecimento de si mesmo e do outro, desenvolver a empatia, no sentido de identificar a melhor forma de se relacionar e desenvolver seu potencial dentro de uma realidade moderna e exigente, ser colaborativo, flexível, ético, enfim, transformar dificuldades e erros em oportunidades de crescimento e sucesso.

Referências:

AGES. Relatório do Projeto Integrador. Empreendedorismo. Paripiranga: UniAGES, 2020.1.

CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina da OAB. Brasília-DF, 1995

LEITE, E. O Fenômeno do Empreendedorismo. Recife, Bagaço, 2000.

MARMELSTEIN. George. O direito fora da caixa. Salvador: Editora JusPodivm, 2018.

SEBRAE. Disciplina de empreendedorismo. São Paulo: Manual do aluno, 2013.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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