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10 de julho de 2022 às 07:43
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Acadêmico: Perspectivas e desafios dos pequenos produtores de gado de leite

Autores: José Danilo Gonçalves Cardoso e Rafaela Maria dos Santos

A produção leiteira no Brasil desempenha um papel muito importante tanto econômico, social e nutricional, sendo esta uma das atividades que mais gera empregos no país, além disso, contribuir para o crescimento e a manutenção de uma vida saudável. Tendo em vista que o Brasil é o sexto maior produtor de leite do mundo e possuir um crescimento anual de 4 %, sendo superior à  todos os países que ocupam os primeiros lugares (SILVA et al, 2017).

De acordo como Ferreira et al (2020) esta é uma atividade rentável e como ótimas oportunidades de retorno, porém esta atividade não é uma tarefa fácil, pois é bastante complexa, e as margens estão mais apertadas e os consumidores cada vez mais exigentes como a segurança do produto ofertado. É importante que se tenha maior eficiência na produção, tanto para redução das perdas quanto para a garantia da produção de um produto alimentício mais seguro e saudável.

A produção de vacas leiteiras é influenciada por vários fatores externos, tais como à genética, nutrição, manejo e sanidade. Assim como em todas as cadeias de produção, o pecuarista de leite enfrenta alguns desafios para manter a produtividade do rebanho, na busca por uma maior produtividade e eficiente no cenário globalizado e bastante agressivo, os produtores de gado leiteiro enfrentam desafios com os custos de produção, o preço do leite, a mudança climática, a qualidade do leite, a importação de produtos lácteos e produtividade (SOUZA et al, 2015).

Diante da realidade de muitos pequenos produtores de leite fica evidente que para se início no setor agropecuário leiteiro e preciso escolher animais de boa raça, como ótima aptidão, resistência e boa produtividade de leite, as raças mais utilizadas são holandês e girolando. Segundo Ximenes; Martins (2018) as raças holandesas são europeias, que são as mais utilizadas no mundo e como maior potencial para a produção de leite, já a girolando é originada de um cruzamento da raça zebuína Gir como a raça europeia holandesa, além da precocidade sexual, longevidade e fertilidade, as vantagens de ter raças mestiças e com relação ao preço comparado as de raças puras.

Segundo Soares; Martins (2019) o sistema de criação e produção a ser desenvolvido dever se através do desempenho dos animais e das práticas de criação e produção a ser adotado na propriedade, onde este desempenho pode ser estimado através da média da produção de leite por lactação, produção diária, entre outros fatores. O sistema de produção adotado por grande parte da região do nordeste é o semi-intensivo onde os animais são criados a pasto e recebem o reforço da suplementação volumosa em épocas de seca.

Para Campos; Miranda (2012), geralmente os pecuaristas leiteiros sofrem como problemas relacionados à falta de critério no desmame dos bezerros, ausência do controle correto de alimentação animal, para garantir nutrientes necessários para o desenvolvimento animal, não consegue estabelecer o manejo correto das forrageiras, pois muitas das vezes apresentam baixos níveis de adubação ou aplicação em época inadequada de adubação na pastagem, principalmente a ausência de nitrogênio. Além de falta de água e sombra nos piquetes, permanência de tempo insuficiente dos animais nos piquetes, e os piquetes quando existentes, não são utilizados considerando-se as necessidades por animal.

   Levando em consideração a esses aspectos para obter uma ótima produtividade na pecuária leiteira, o manejo sanitário deve ser realizado de acordo com as ocorrências das doenças no rebanho, pois somente com os resultados anteriores é que se pode analisar e tomar decisões para suprimir ou programar medidas a fim de evitar que os animais adoeçam e possam prejudicar a produção leiteira (FLORIÃO, 2013).

REFERÊNCIAS:

CAMPOS, O. F; MIRANDA, J. E. C. Gado de leite: o produtor pergunta a Embrapa responde. – 3 ed. Rev e amp.- Brasília, DF: Embrapa, 2012.

FERREIRA, L. A et al. Caracterização da pecuária leiteira da base familiar no estado do para: reflexão sobre práticas agroecologicas. RAF- Agricultura familiar: pesquisa, formação e desenvolvimento. – Belém, v. 14, n. 1, p. 126-140, jan- jun, 2020.

FLORIÃO, Monica Mateus. Boas Práticas em bovinocultura leiteira com ênfase em sanidade preventiva. – Niterói: Programa Rio Rural, 2013.

SANTOS, I. C et al. Eficiência in vitro de desinfetantes utilizados no pré- dipping frente a amostra de staphlococus spp. Jann. Inter. Bioc, v. 3, n. 1, 2018. 

SILVA, A. M et al. Conjuntura da pecuária leiteira no Brasil. Rev. eletr. Nutri. Teme vol. 14, n. 1, jan/ fev de 2017.

SOUZA, E. G et al. A importância do agronegócio do leite no segmento de agricultura familiar: um estudo de caso em município da região semiárido Paraíba.- Fortaleza: Banco do nordeste do Brasil, serviço brasileiro de apoio ás micro e pequenas empresas, cooperativas agropecuária do cariri, 2015.

SOARES, A. S; MARTINS, V. O; BRITO S. S. Bovinocultura: caracterização do sistema produtivo no distrito macaúba. Araguatins (TO). Rev. Agro. Amb. V, 12, n. 3, p. 901-920, jul/ set, 2019.

XIMENES, L. J; MARTINS, G. A. Bovinocultura leiteira: Melhoramento Genético- econômico, ano 3, n. 52, novembro, 2018.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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