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10 de junho de 2022 às 12:28
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Acadêmico: A desigualdade de gênero

Autora: Maiane Sousa de Santana

A desigualdade de gênero é algo que perpetua ao longo da história, não só do Brasil, mas do mundo. É um assunto que envolve vários elementos essenciais na sociedade, sendo eles: o político, cultural, econômico e também o educacional, que se torna com muito relevante a todo tempo, quando se pensa em alternativas para mudar algumas formas de pensamentos machistas e outros círculos viciantes em manter a desigualdade de gênero ainda existente de maneira tão dissimulada. Quando se trata de diferenças entre gêneros, pôde-se colocar em pauta os ambientes de trabalho, que é possível perceber que mesmo com muitas mudanças e cada vez mais se abrindo portas na contemporaneidade para as mulheres ocuparem posições relevantes, os homens ainda é quem é visto como capacitado para cargos altos.

Com o passar do tempo, vários direitos foram sendo conquistados, na constituição de 1988, no Art. 5° pauta que sem qualquer distinção de natureza, sendo estrangeiro ou de naturalidade do país, o direito à liberdade, segurança, propriedades, tendo em vista que: “ homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;”(BRASIL, 1988).

É importante olhar para a história e para os dias atuais e observar algumas questões que já são ditadas e postas como uma verdade absoluta desde o nascimento, as meninas já são vistas como o sexo frágil, que o ser sensível, como se não houvesse forças para se proteger e sempre precisasse ser preservada e protegida. Já os meninos, são vistos como o corajoso, que é capaz de tudo, sendo lá na frente o que tem a força para da proteção, o que se tornará um “alfa”, seja no meio familiar ou social.

O grande ponto é a forma como isso irá refletir anos depois, pois se você cresci sabendo que será um líder, por que a sociedade te intitulou a ser pelo seu gênero, você crescerá confiante e crente disso. Por outro lado, se as meninas são frágeis e devem ser limitadas de tantas coisas, por já serem destinadas a lugares com um maior acolhimento, o seu lar, onde está protegida e pode cuidar da sua família, a mulher estará sujeita a viver como submissa e com total normalidade tanto para ela, quanto para quem acredita nesse seguimento.

O trabalho doméstico, não tem a valorização devida, mesmo sendo fundamental e necessário ser feito todos os dias, com muito esforço e exaustão, não é remunerado quando na maioria das vezes é feito pelas mulheres da própria casa, que não podem sair para trabalhar fora e quando é remunerado, o valor não é adequado, o serviço acaba sendo muito mal pago. O assunto gêneros e as diversidades sexuais, Através da análise demostra os várias elementos que influenciam para ineficiência da aplicação da disciplina, e a forma como está afetando estudantes, demostrando que relações refere a sexualidade não são aprofundadas nas escolas como deveria ser, isso acaba ocasionando uma desigualdade entre meninos e meninas, além de tirar o direito de trans, homossexuais, entre outros, de se expressar e sentir-se valorizados nesses espaços.

 No § 5° do art. 226 aborda o conjugal que deve ser exercido de forma igualitária para ambos os sexos, trazendo a tona a necessidade de se respeitar e ter boas leis que defendam a igualdade de gêneros. Todos os cidadãos tem seus direitos, o fato é que muitos estão se sentindo excluídos, por conta do preconceito, violência contra LGBT, humilhações, entre outros. A questão é, quem prática esses crimes, acaba privando a vítima de viver com liberdade. Sendo principalmente observados na hierarquização (MACHADO; PRADO, 2008).

A relação entre homem e mulher é vista como o essencial biológico, a grande questão é como esse fator possibilita que a sociedade seja tão desigual entre homens e mulheres, muitas vezes esse é o principal argumento utilizado para justificar as diferenças ocorrentes entre os gêneros (MADUREIRA, 2010). No processo de mudanças, a luta para mudar muitas visões estereotipadas, são constantes e um caminho propício é o meio educacional. A educação está completamente envolvida nos processos culturais que são inseridos, essa questão mostra que a vinculação com a prática pedagógica é direta, pelo fato da mesma trabalhar questões culturais que englobam a sociedade, ou seja, educação e cultura são fatores ligados.

A escola é fundamental para construção de saberes que possibilite que o sujeito conheça e respeite os demais, a partir de avanços na metodologia que análise fatores importante como os gêneros e as diversidade sexual, que apresenta uma concepção naturalizada, sendo um grande fator que necessita de atenção, para que se possa compreender e ensinar o respeito (PARANÁ, 2010, p.37).

Contudo, as dificuldades vivenciadas na sociedade é algo que foi enraizadas através dos preconceitos cotidianos, é uma realidade social e cultural, que são históricas, mas que precisam ser enfrentadas e combatidas, a escola tem o dever de promover projetos que aos poucos vá quebrando barreiras, para que o preconceito e descriminação amenizem.  É necessário que as ações pedagógicas se comprometam em intervir pensamentos persistentes de descriminação e intolerância. O planejamento necessita ser feito buscando a melhoria de problemas e exploração dos temas que afetam os estudantes e a sociedade.

Referências bibliográficas

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação Departamento da Diversidade Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Versão preliminar. Curitiba / PR. 2010.

MADUREIRA, A. F. A. (2010). Gênero, fronteiras simbólicas e imagens: implicações metodológicas e educacionais. Anais – Simpósio: Gênero e Psicologia Social (pp.17-30).

PRADO, M. A. M.; Machado, F. V. Preconceito contra homossexualidades – A hierarquia da invisibilidade. São Paulo: Cortez, 2008.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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