Bom dia • 02/05/2024
Autora: Ariane Maria de Oliveira Alves
O ser humano em uma situação de muito tempo na posição sentada pode gerar modificações biomecânicas no corpo do ser humano, onde longos períodos nessa postura podem levar a alterações do sistema musculoesquelético, como a diminuição da lordose lombar, presença de sobrecarrega da musculatura de estabilização da coluna, diminuição do retorno venoso, desequilíbrio da força extensora e flexora do tronco, compressão do diafragma, redução da estabilidade e mobilidade lombopélvica, desenvolvendo dores na região lombar bem como prejuízos a saúde do individuo (BARROS, ÂNGELO e UCHÔA, 2011).
A lombalgia é uma dor caracterizada entre a região da 12º costela e a linha glútea inferior, a sua etiologia ainda não é estabelecida e até 40% dos casos evoluem para dor lombar crônica, onde a sua duração é de no mínimo três meses. A dor pode gerar estresses, sentimentos de incapacidade e insatisfação, afetando o psicológico e influenciando assim no seu desempenho no trabalho.
Neste sentido a avaliação fisioterapêutica, com a Diatermia por ondas curtas, este que provoca o aquecimento dos tecidos internos do corpo promovendo assim efeito cicatricial, anti-inflamatório, hiperemiante, analgésico e antiespasmódico. A dosificação é a quantidade de calor que se produz em um determinado tempo e esta dependerá de fatores como a vascularização, termossensibilidade do indivíduo, tipo e tamanho dos eletrodos, sendo aplicado conforme a necessidade do paciente (RIBEIRO, et al, 2012; ZAVARIZE, et al., 2014).
A Diatermia pode ser aplicada pelo modo indutivo, esta que apresenta um aumento da temperatura nos tecidos mais profundos ou pelo modo capacitivo que aquece de forma superficial. Alguns cuidados devem ser tomados durante a aplicação da diatermia por ondas curtas, para evitar choques elétricos, queimaduras, excesso de corrente, sendo contra indicado nos casos de pacientes com marca-passo, próteses metálicas, olhos, baço, útero gravídico, fígado, neoplasias, testículos, pacientes hiperativos, em coma ou doença mental (RIBEIRO, et al, 2012; ZAVARIZE, et al., 2014).
Dentre os recursos já falado, a fisioterapeuta pode utilizar o infravermelho, que é um calor superficial administrado por fontes que produzem ondas eletromagnéticas no espectro do infravermelho, este que aumenta o aquecimento superficial dos tecidos, composto por uma energia não ionizante que gera vibrações moleculares, apresentando uma radiação de 760nm a 1mm.
Além dos aparelhos da eletrotermofototerapia, são utilizados neste diagnóstico técnicas de mobilização articular, por meio de movimentos lentos, passivos, com uma amplitude maior, diminuindo a dor, edema, melhorando a congruência articular e o atrito mecânico na articulação. Podem ser realizados movimentos combinados, fisiológicos ou complementares os quais irão gerar efeitos neurofisiológicos, como a melhora do controle motor, inibição do espasmo muscular, refletindo no sistema nervoso autônomo por meio de uma resposta positiva dos sistemas descendentes de inibição da dor (RAUSCHKOLB; GOMES, 2016).
O alongamento pode ser realizado ativamente, onde o paciente recebe as orientações e realiza o movimento ou de forma passiva, o qual é realizado pelo fisioterapeuta, alongando os tecidos moles, permanecendo de forma estática a ponto de tensão muscular durante um determinado tempo, proporcionando aumento da flexibilidade, por via de uma força de tração que afasta sua origem e inserção, mantendo por alguns segundos, aumentando assim o seu comprimento. Além dos benefícios citados, o alongamento auxilia o realinhamento postural, melhora e mantem a função neuromuscular e promove consciência do movimento (GAMA, H.S. et al., 2018; LORENA S.B. et al., 2015).
Em síntese, pode-se concluir que a fisioterapia é a solução eficaz para os problemas aqui elencados, uma vez que é dotada de especialidades tornando-se preparada para diagnosticar e tratar doenças de cunho muscular, articular e ósseo, pois atua principalmente por meio da prevenção e tratamento.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense
