Bom dia • 06/05/2024

8 de fevereiro de 2022 às 13:32
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A influência da mídia no direito penal

Autores: Otto Emanuel do Nascimento Oliveira e Alan Oliveira Souza

Ottoemanuel353@gmail.com

alanoliver1999@hotmail.com


Devido aos grandes avanços, a mídia influencia cada vez mais as formas de posicionamento mais adequadas hoje em dia, na sociedade, trazendo notícias mais amplas que deveriam ajudar a ver a realidade dos fatos. Porém, os meios de comunicação transmitem informações de maneira superficial. Com a expansão tecnológica, as comunicações ganharam novas formas, com uma velocidade maior para os espectadores, proporcionando uma maior disseminação. A mídia ganhou um espaço tão grande que passou a informar e influenciar a sociedade de maneiras nunca vistas.

A influência da mídia no Direito Penal leva à tomada de posicionamento sobre determinado assunto, com entendimento equivocado e tendencioso. Isso vem causando algumas reações e movimentos sociais de resistência a esse poder. Os meios de comunicação, normalmente, buscam a manutenção da ordem vigente, que prega a ditadura do consumismo. Por isso, suas atenções se voltaram, basicamente, para a especulação da vida cotidiana, entre eles denúncias e acusações de criminosos.

Com os atuais avanços tecnológicos, as máquinas são de fundamental importância para a ascensão midiática, ressaltando a violência e o crime como fonte de consumo para a transmissão rápida. Por representar uma ameaça para a sociedade, o crime sempre despertou atenção da população. Sendo uma realidade muito frequente, a mídia atua de maneira bastante intensa nesse âmbito, utilizando-se’ do interesse coletivo para difundir a notícia sobre fatos delituosos e seus autores, a fim de que a justiça tome rapidamente alguma providência quanto aos fatos ocorridos, banalizando a violência, sem levar em consideração sua complexidade e como realmente ocorrem os fatos.

O desenvolvimento tecnológico, na busca desenfreada da mídia pelo consumo, objetiva a manutenção dessa ordem global que, visando a obter lucro acima de tudo, banaliza a informação representada pela violência, trazendo ilusões para a sociedade.

A mídia diz estar moderada, mas, o que acontece, é uma satisfação dos apelos emocionais da população, em que se tenta buscar respostas rápidas e aprisiona as instituições responsáveis pela segurança pública numa lógica repressiva, reduzindo seu potencial de planejamento. Os meios de comunicação têm uma melhor estratégia para adiantar os processos, pois os casos que eles transmitem são resolvidos mais rapidamente.

Sendo assim, o trabalho tem como objetivo mostrar a importância do poder da mídia no Direito Penal, o que está associado à influência dos meios de comunicação no senso comum, uma vez que as informações chegam ao receptor de forma adequada e, diante da emergência exigida pela sociedade, ou seja, soluções rápidas e rígidas da justiça, o devido andamento do processo é prejudicado.

Caminhos da Imprensa no Brasil

A nação brasileira nasceu e cresceu com a imprensa, uma explica a outra, amadurecem juntas. Assim, a imprensa é, a um só tempo, objeto e sujeito da história brasileira. Tem certidão de nascimento lavrada em 1808, mas também é veículo para a reconstrução do passado. Passamos a maior parte do século XIX sob uma Monarquia, enquanto o resto do continente era republicano. Os primeiros periódicos iriam assistir à transformação da Colônia em Império e participar intensamente do processo. A chegada da Corte mudaria radicalmente a vida da colônia, que se torna sede da monarquia portuguesa. As tão citadas aberturas dos portos e a fundação do Banco do Brasil somaram-se a menos divulgada criação da Impressão Régia, responsável, em médio prazo, pela impressão dos vários periódicos em terras brasileiras.

O Correio Braziliense surgiu em 1808. O primeiro jornal brasileiro foi publicado em Londres. Oposicionista e crítico, o periódico era feito na Inglaterra, mas discutia os problemas da Colônia e atravessava o Oceano Atlântico para circular por aqui. Assim, no mesmo ano a Corte portuguesa transferiu-se para o Rio de Janeiro, fugindo de Napoleão. O jornal idealizado e realizado por Hipólito da Costa, disponível a nobres e plebeus do Novo Mundo, estava longe de ser bem visto pelos poderosos.

O primeiro número do Correio Braziliense é de 1º de junho de 1808, contudo só chega ao Rio de Janeiro em outubro. Tem grande repercussão nas camadas mais esclarecidas, sendo proibido e apreendido pelo governo. Influenciado pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade que circulavam pela Europa, foi criado para atacar os defeitos da administração do Brasil, na palavra do seu próprio criador, e admitia ter caráter doutrinário muito mais do que informativo. Sua intenção não era pregar a independência, tendo, por muitas vezes, um posicionamento político conservador.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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