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27 de julho de 2021 às 15:47
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Acadêmico: CÂNCER DE MAMA: um olhar holístico sobre assistência da equipe multidisciplinar.

Autores: Bruno dos Santos Andrade e; Camila Passos de Santana

Uma neoplasia maligna, sendo resultante de uma proliferação celular desordenada, por influência de alterações genéticas, devido a causas hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos, o que pode levar a mudanças no crescimento celular ou na morte celular programada, levando ao surgimento do tumor, sendo este tipo de câncer mais incidente e a principal causa de morte entre as mulheres em todo mundo (BRASIL, 2013).

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama está a idade, os fatores endócrinos e os genéticos, além de menarca precoce; menopausa tardia; exposição à radiação; terapia de reposição hormonal; obesidade, histórico familiar e o uso do álcool (KUMAR, 2010).Os sinais e sintomas mais comuns da doença é o aparecimento de um nódulo em uma das mamas, geralmente indolor, sendo identificado no exame de mamografia; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no mamilo; pequenos nódulos na região embaixo das axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal das mamas (INCA, 2014).

O diagnóstico da doença pode ser feito através da biopsia da mama, onde vai ser feito o estudo histopatológico, e assim identificar célula cancerígenas ou neoplasias, no entanto, a mamografia é apontada como o principal método diagnóstico do câncer de mama em estágio inicial, capaz de detectar alterações ainda não palpáveis e favorecendo, assim, o tratamento precoce, mais efetivo, menos agressivo, com melhores resultados estéticos e eventos adversos reduzidos (SCLOWITZ, p.2005). Dentre os fatores associados às condutas preventivas do câncer mama, estão o melhor nível socioeconômico, a história familiar de câncer de mama e a história pessoal de biópsia mamária com resultado benigno. Esses fatores estão relacionados com maiores prevalências de práticas preventivas e, consequentemente, com tumores mamários diagnosticados mais precocemente (SCLOWITZ, p.2005).

Além disso, devido a grande dificuldade de acesso à consulta e aos exames diagnósticos, como a mamografia, tanto as mulheres de classes sócias favorecidas, quanto às de classe social mais baixa, podem realizar o autoexame das mamas, pois muitas vezes essa é a única forma de prevenção acessível.O tratamento da doença deve ser feito de forma individualizada, pois deve ser verificada a extensão da doença, características biológicas e as condições em que cada paciente se encontra, sendo feito por uma equipe multidisciplinar, onde a cirurgia e a radioterapia têm papel fundamental no controle locorregional, e a quimioterapia, a hormonioterapia e a terapia biológica no tratamento sistêmico (BRASIL, 2013).

 O tratamento cirúrgico é dividido em cirurgia conservadora, como a tumorectomia e a não conservadora, como a mastectomia, tendo como objetivo a eliminação das lesões microscópicas e reduzir o rico de recidiva local .A intervenção cirúrgica da mama acarreta alteração no aspecto estético desse órgão, fazendo com que comprometa a autoimageme, portanto, repercute na condição psíquica do indivíduo, ativando um penoso processo de luto e busca de reparação, e isso faz com que a amputação represente uma situação traumática, potencializada pelos significados psicológicos e culturais atribuídos ao órgão feminino (SILVA, 2008).

A equipe de saúde deve junto com sua fisioterapeuta realizar educação em saúde, a fim de mostrar para a paciente e sua família o que é o câncer de mama, bem como as formas de tratamento, orientações para o autocuidado, importância da adesão ao tratamento e na procura do serviço de saúde, e assim permitir que a paciente e sua família aprendam a conviver com as limitações imposta pela doença. Segundo Brasil (2007, p.20) A Educação em Saúde é uma prática social, cujo processo contribui para a formação da consciência crítica das pessoas a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de soluções e organização para a ação individual e coletiva.

Além disso, como foi visto no caso, o câncer de mama da paciente pode ter sua origem devido a fatores hereditários, pois tinha um histórico familiar da doença. O câncer de mama é uma neoplasia maligna, resultante da proliferação celular desordenada, devido a fatores hereditários ou adquirido.  Na assistência devido ao câncer de mama, é necessário que ocorra a prática de ações intersetoriais, a fim de promover acesso às informações para a paciente em questão, devendo a mesma ser passada de forma clara e de acordo com seu nível de escolaridade e cultura, como causas, consequência e as formas de tratamento da doença.

Além disso, o diagnóstico precoce do câncer em fase inicial é de fundamental importância, através do rastreamento, onde o profissional vai realizar o exame clinico das mamas (ECM), a fim de identificar os sinais e sintomas da doença, e assim possibilitar a realização de terapias mais efetivas e menos agressivas.  Para que haja uma detecção precoce faz-se necessário a educação das mulheres e dos profissionais de saúde, para que saibam reconhecer os sinais e sintomas da doença.

4. REFERÊNCIAS:

BARROS, A.C.S. D; et al. Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Mama. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 15 de Agosto de 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13).

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde: Brasília: Funasa, 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Câncer de mama: é preciso falar disso. Rio de Janeiro, 2014.

SCLOWITZ, M. L.; MENEZES, A. M. B.; GIGANTE, D.P; TESSARO, S. Condutas na prevenção secundária do câncer de mama e fatores associados. Revista Saúde Pública 2005; 39 (3): 340-9.

SILVA, Gisele da; SANTOS,  M. A. dos. “SERÁ QUE NÃO VAI ACABAR NUNCA?”: PERSCRUTANDO O UNIVERSO DO PÓS-TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2008 Jul-Set; 17(3): 561-8.

KUMAR, vinay, et al. Robbins e Cotran, PATOLOGIA, bases patológicas das doenças. 7° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

KUMAR, Vinay, et al.  Robbins e Cotran, bases patológicas das doenças. 8° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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