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21 de julho de 2021 às 06:12
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Acadêmico: Atenção a saúde da criança : uma visão holística sobre o processo de imunização e os cuidados de enfermagem.

Autores: Bruno dos Santos Andrade; Elvis das Neves de Souza

Uma das principais medidas preventivas instauradas pelas instanciais maiores de saúde nacional é a consulta de puericultura, a qual se estabelece segundo uma normativa de promoção e prevenção que favoreçam a neutralização de doenças e co-morbidades que comprometam de forma direta e indireta o desenvolvimento infantil em todos os âmbitos, sejam eles na própria infância ou com projeções para a vida adulta (ANDRADE et al., 2013). Nesse ponto, tomando como base as características anatomofisiológicas, bem como as imunológicas, percebe-se o quão delicada é a fase infantil, e o quanto se faz necessário a atenção integral que vise favorecer o seu desenvolvimento, abarcado pelas características vitais e de manutenção que permeia o indivíduo, assim como o seu crescimento frente o meio pessoal, familiar, e claro, o meio social, onde a mesma desenvolverá diversos papeis (COSTA et al., 2012).

Nesse sentido, existem pontos principais a serem traçados nesse amplo programa que é a puericultura, ou seja, medidas de cunho preventivas que estabeleçam o pleno crescimento e desenvolvimento infantil, dentre elas se destacam a processo de vacinação, tão difundido no meio social, sendo mecanismo capaz de acarretar na diminuição, neutralização e eliminação de doenças epidêmicas ou até mesmo agravos diretos as saúdes populacionais (SOUSA et al., 2012). Dessa forma, torna-se evidente segundo que a negligencia frente às políticas de imunização pode acarretar prejuízos a saúde imensuráveis, tendo em visto que a mesmo pode gerar aumento nas doenças epidemiológicas ou até mesmo reincidência de doenças infecciosas de características letais até então erradicada, pelo mesmo processo de combate (SOUSA et al., 2012).

Em conformidade com os preceitos estabelecidos anteriormente fica claro segundo que o processo denotado pela imunização dentro dos parâmetros preventivos atuais acaba sendo o principal meio de combate a endemias, epidemias, pandemias e/ou até mesmo erradicar doenças letais que antes não tinham controle e causavam mortes e má formação nas crianças (OLIVEIRA et al., 2010). Assim de acordo com a inserção da vacinal como meio de terapia preventiva cuja inoculação ocorre pela entrada do próprio microorganismo no organismo humano, causando uma reação imunológica de memória,ou seja, acarreta na produção de anticorpos acentuadas e essencial para formação do sistema imunológico humoral, a qual acaba sendo responsável por combater novas infecções oriundas do mesmo agente pelo resto da vida, vale ainda ressaltar sobre os tipos de vacinas existentes, ou seja, o mecanismo de inoculação inativo ou atenuado, respeitando os tempos de dosagem única ou múltiplas (FRANCISCO et al.,2013).   

Para que esse processo de vacinação surta efeito na infância com projeções para a vida a adulta e para a saúde pública, algumas políticas são estabelecidas pelos órgãos de saúde pública, como o calendário de vacinação e o esquema de vacina a ser proposto, bem como a difusão de conhecimentos científicos que agreguem a população a importância da imunização para o processo saúde e doença, evitando que controvérsias sejam favorecidas nesse meio, haja visto que muitas pessoas leigas, por falta de instruções desacreditam da eficácia da vacina e deixam de toma-as (SILVA et al., 2010).

Nessas conjecturas, para que tais vacinas surtam efeitos desejados, as mesmas devem ser armazenadas em condições de -2 até 2 graus em geladeiras próprias, haja visto que deve se respeitar a biologia dos vírus e bactérias, no tocante a sua termorregualação, atentando-se sempre para qualquer fator que altere os padrões de refrigeração da sala de vacina, sendo o principal deles a queda de energia ou defeito na aparelhagem que armazena tais imunobiológicos,  (VASCONCELOS et al., 2012). Ao mesmo tempo em que essas medidas integram a saúde da criança, outras são propostas a fim de acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança de modo integral e resolutiva, as quais dentro do viés histórico nascem da necessidade de controlar as taxas de natalidade, mortalidade e agravos decorrentes do meio (LUHM; CARDOSO; WALDMAN, 2011).

Portanto, para que isso ocorra de maneira integral e respeitando as políticas estabelecidas, faz necessário avaliar o indivíduo como um todo, respeitando as suas delimitações quanto formação imunológica, ou seja, deve-se levar em consideração que a abordagem fomentada frente à criança deve ser diferente de todas as outras estabelecidas para outro público, contando com uma assistência multiprofissional que respeite o físico, biológico e psíquico, o qual em homeostase deve favorecer o desenvolvimento pleno das condições fisiológicas, nutricionais, culturais e familiares. Contando claro, com medidas preventivas e educativas que culminem na realização de campanhas de vacinação nas unidades de trabalho, escola, fábricas e indústrias, ou seja, meios que aumente a busca e não comprometa as atividades diárias, no tocante a justificativa de não ter tempo de ir a busca de regularizar o esquema vacinal.

  • REFERÊNCIAS

ANDRADE, R. et al. A puericultura como momento de defesa do direito à saúde da criança. CiencCuidSaude, vol. 2, p. 719-727, 2013.

COSTA, L. et al. Significado da consulta de enfermagem na puericultura: percepção de enfermagem de estratégia de saúde da família. CiencCuidSaude, vol. 4, pag. 792-798, 2012. 

FRANCISCO, P. M. S. B. et al. Vacinação contra a rubéola em mulheres em idade reprodutiva no Município de Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 3, p. 579-588, mar. 2013.    

LUHM K. R.; CARDOSO, M. R. A.; WALDMAN, E. A. Cobertura vacinal em menores de dois anos a partir de registro informatizado de imunização em Curitiba, PR. Rev Saude Publica, v. 45, n. 1, p. 90-8, 2011.

OLIVEIRA, V. et al. Vacinação: o fazer da enfermagem e o saber das mães e/ou cuidadores. Revista Rene, vol. 11, p. 133-141, 2010.

VASCONCELOS, et al. Avaliação normativa das salas de vacinas na rede pública do Município de Marília, Estado de São Paulo, Brasil, 2008-2009. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 21, n. 1, mar. 2012. 

SILVA, Francelena de Sousa et al . Incompletude vacinal infantil de vacinas novas e antigas e fatores associados: coorte de nascimento BRISA, São Luís, Maranhão, Nordeste do Brasil. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro, 2010.  v. 34, n. 3.

SOUSA, C. et al. Compreensão dos pais acerca da importância da vacinação infantil. Revista Enfermagem Contemporânea, p. 44-58, 2012.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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