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20 de julho de 2021 às 05:44
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Acadêmico: Cuidados de enfermagem frente a obesidade e a concentração de lipídeos: uma visão sistemática frente a qualidade de vida

Autor: Bruno dos Santos Andrade

Em consonância a isso, Fernandes et al., (2011) caracteriza a dislipidemia como sendo um distúrbio metabólico prolongado que altera o perfil lipídico na corrente sanguínea, ou seja, é denotado como uma oscilação significativa, evidenciado por: colesterol total alto, triglicerídeos alto, colesterol de lipoproteína de alta densidade baixo (HDL-c) e níveis elevados de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), entre a via portal e circulatória, seu processo de catabolize e anabolise envolve diversos derivados fundamentais para o seu transporte. Podendo ser classificada em: hipercolesterolemia isolada, hipertrigliceridemia isolada, hiperlipidemia mista e HDL baixo, não obstante, pelo o caso não apresentar valores laboratoriais a classificação da mesma não será atribuída (MARZZOCO; TORRES, 2007).


Nesse contexto, a mesma acarreta diversos problemas de saúde ao indivíduo, sendo um dos principais agravantes para a ocorrência de doenças cardiovasculares tais como: aterosclerose, oriundo do acumulo de colesterol no lume do vaso e consequentemente perca da elasticidade, tendo como consequências infarto agudo do miocárdio, doença isquêmica do coração e desencadeamento de uma possível hipertensão arterial sistêmica, além de problemas cerebrovasculares como o Acidente Vascular Encefálico (AVE) e xantelasma nas pálpebras oculares, as quais são as principais consequências enfatizadas pela V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (XAVIER et al., 2013).


Nesse sentido, os níveis de concentração lipídica no sistema circulatório estão diretamente interligados aos hábitos de vida, ou seja, alimentares e físicos, os achados evidenciados pelo caso dão conta que seu desencadeamento se deu pela prática alimentar irregular, ou seja, a mesma não ingere o café da manhã, no almoço e jantar come apenas macarrão, farinha de mandioca e carne assada, e nos lanches ingere biscoitos do tipo maisena, alimentos que tem sua composição altos perfis lipídicos. Em detrimento a isso, para melhor entendimento desses achados, se faz necessário compreender os mecanismos de metabolismo e excreção lipídica presente na circulação sanguínea, nas vias portais e cardiológicas, atrelado ao colesterol e má alimentação (LEHNINGER, 2007).


Desse modo, o colesterol é caraterizado como sendo uma substância presente no organismo humano semelhante à gordura alimentícia cuja a função principal é a participação em diversos processos bioquímicos e formação estrutural de células e hormônios, desenvolvendo atividades de transporte das vias circulatória para nutrição e desenvolvimento das ações, quanto dos vasos sanguíneos para o fígado para a metabolização (SCHERR; RIBEIRO, 2009). As definições para esses transportadores de colesterol estão basicamente incorporados na sua composição, ou melhor, Bergmann (2011) define as lipoproteínas de alta densidade (HDL) como um constituinte de partículas heterogêneas com tamanho, composição química, arranjo grupal e densidade osmótica diferente das outras moléculas, contribuindo para a limpeza dos vasos circulatórios, no que tange o acumulo de LDL.


De posse disso, Xavier et al., (2013) enaltece duas formas de tratamento para essa enfermidade, em que a primeira se constituem em medidas não farmacológicas baseada no controle nutricional e hábitos de vida, difundidas pela a adesão à dieta, perda de peso, correlacionada as práticas de atividade aeróbicas e esportivas, atreladas com desvinculação de produtos como tabaco e álcool. O que não é caso da criança, tendo em vista que ela não fuma e não bebe, mas os outros quesitos pode e deve ser adotado.


Já a segunda é constituída por recursos farmacológicos a base de hipolipemiantes cujo o objetivo é a redução da hipercolesterolemia e consequentemente da dislipidemia, os principais medicamentos utilizados nesses casos são: Estatinas; Niacina Fibratos; Ácidos graxos ômega 3 e as Resinas, vale lembra que esse último requer uma ênfase maior, pois são responsável por ligar os ácidos biliares carregados negativamente ao intestino delgado, acarretando na menor absorção enteral de colesterol no intestino, assim como a diminuição acentuada dos mesmos nas células hepáticas, favorecendo a síntese metabólica de LDL e colesterol endógeno no organismo (XAVIER et al.,2013).


Em suma, é notório que as medidas a serem tomadas são de cunhos educacional e nutricional, visto que a criança necessita mudar os seus hábitos de vida e para que isso aconteça é necessário informar a família acerca dos riscos desse tipo de alimentação, pois como discutido anteriormente os níveis oscilatórios de colesterol pode retardar o crescimento da criança, pois seu acumulo acaba inibindo os processos bioquímicos e hormonais presentes no organismo. Para isso, é ideal que o enfermeiro no âmbito da profissão, ressalte a importância de se fazer pelo menos 3 refeições completas, regradas a alimentos naturais com baixo teor de gorduras, isto é, fazer o uso de frutas, verduras e raízes, a fim de saciar a fome, e nunca como forma de exageros.


No entanto, o mesmo dever ser orientado acerca de como selecionar os alimentos, assim como a quantidade a ser consumida e seu modo de preparo, para que dessa forma na falta de alguns alimentos prescritos pelo nutricionista ele seja capaz de fazer substituições plausíveis dos alimentos, não acarretando em altos gastos financeiros para o paciente, tendo em vista que a maior dificuldade encontrada nos dias atuais para a mudança dos hábitos alimentares é o preço de alguns alimentos no mercado.


Além disso, vale salientar as atividade física aeróbica, como é o caso da corrida, caminhada e no caso da criança jogos esportivos que tenha gasto energético, a fim de se obter o controle da dislipidemia e sedentarismo, pois as mesmas se constituem como risco direto para as doenças cardiovasculares e complicações motoras oriundas das complicações inibitórias dos processos bioquímicos. Este exercícios físicos contribuem para levam à redução dos transportadores de colesterol como são o caso dos triglicerídeos e LDL, assim como proporciona aumento do HDL, essencial para a remoção de substâncias no lume do vaso.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BERGMANN, M. L.D.A.; et al. Colesterol Total e Fatores Associados: Estudo de Base Escolar no Sul do Brasil. Arq Bras Cardiol, 2011.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 160 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)

Fernandes, R. A.; et al. Prevalência de Dislipidemia em Indivíduos Fisicamente Ativos durante a Infância, Adolescência e Idade Adulta. Arq Bras Cardiol, 2011.

LEHNINGER, Albert Lester. Princípios de Bioquímica. -4 ed. São Paulo: SARVIER, 2007.

MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo Baptista. -3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

XAVIER, H. T.; et al., V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. vol.101 no.4 supl.1 São Paulo Oct. 2013
SCHERR, C.; RIBEIRO, J.P. Colesterol e gorduras em alimentos brasileiros: implicações para a prevenção da aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. vol.92 no.3 São Paulo Mar. 2009

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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