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18 de julho de 2021 às 20:07
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Acadêmico: Cuidados a saúde da mulher em condições gestacional de alto risco: uma visão acentuada dos profissionais de enfermagem.

Autor: Bruno dos Santos Andrade

 A síndrome de HELLP e o descolamento prematuro de placenta (DPP) são exemplos dessa evolução que constitui o chamado “gestante de alto risco” (BRASIL,2010).A hipertensão gestacional pode ser classificada como pré-eclâmpsia ou eclampsia. Cada processo é associado a critérios específicos. A pré-eclâmpsia leve é definida clinicamente como pressão arterial superior a 140/90 mmHg após 20 semanas de gestação, além de proteinuria na urina). Na pré-eclâmpsia grave, a pressão arterial é superior a 160/110 mmHg e inclui também os mesmos sinais que a pré-eclâmpsia na sua forma menos grave (RICCI,2013).

            Segundo Ricci (2013), os fatores associados ao aumento do risco para desenvolvimento da hipertensão gestacional incluem: histórico de Diabetes Mellitus (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), idade materna superior a 35 anos, histórico de pré-eclâmpsia, doença renal e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) fatores esses em que a envolvida do caso apresenta. HELLP é um acrônimo para hemodiálise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia. Sua etiologia é desconhecida, mas, acredita-se que aconteça quando as hemácias se tornam fragmentadas conforme atravessam de lesão vascular. O diagnóstico da síndrome é feito com base em resultados de exames laboratoriais (MAGALHÃES et al, 2006).

            Chaves Netto (2011), afirma que essa síndrome provoca elevação do risco materno de desenvolver hematoma ou ruptura hepática, acidente vascular cerebral e o encefálico, parada cardíaca, convulsões, edema pulmonar. CID, hemorragia lesão renal, hipóxia, além de morte materna ou fetal. Após diagnóstico da síndrome, o tratamento de HELLP baseia-se na gravidade da doença, na idade gestacional do feto e na condição da mãe. Incluem no tratamento sulfato de magnésio, anti-hipertensivo e correção das coagulopatias. O sulfato de magnésio é usado para a fim de evitar convulsões. O anti-hipertensivo tem por finalidade controlar a PA. Hemoderivadas como plasma fresco são transferidos para tratar anemia hemolítica microangiopática (BRASIL,2010).

             O descolamento prematuro de placenta (DPP) que conforme o Ricci (2013), é definido como a separação da placenta da parede uterina antes do parto. Essa separação pode ser parcial ou total e é classificada em três graus, levando em conta os achados clínicos e laboratoriais, de acordo com a classificação de sher. No grau um (01) acontece um sangramento genital discreto sem hipertonia uterina significativa com a vitalidade fetal preservada. No grau dois (02) sangramento genital moderado e contrações tetânicas. Presença de taquicardia materna e alterações posturais da pressão arterial. E finalizando, no grau três (03) sangramento genital com hipertonia uterina. Hipotensão arterial materna e óbito fetal. (BRASIL,2010)

            Montenegro & Rezende (2011), afirma que, o quadro clinico do DPP é extremamente variável, os sinais clássicos são: sangramento vaginal e a dor abdominal. O diagnóstico pode ser clinico ou ultrassonográfico. No diagnostico clinico Ricci (2013) fala que o sangramento vaginal e a dor abdominal com história de trauma ou de parto prematuro são fatores que influencia a DPP. Além dos fatores predispostos e sinais sintomas que induzem ao diagnostico clinico, exame laboratoriais podem ser outra forma de diagnosticar a DPP, como: contagem de plaquetas, tipagem sanguínea ABO Rh, coagulograma e exame de rotina para doença hipertensiva. A ultrassonografia pode ser realizada em casos aonde há estabilidade hemodinâmica materna e vitalidade fetal preservada e quando há dúvida sobre a localização placentária (RICCI,2013).

            Ainda de acordo com o Brasil (2010), o sangramento no DPP pode se manifestar das seguintes maneiras: hemorragia exteriorizada, hemoamnio, sangramento retroplacentario. Até 20% dos sangramentos no DPP são ocultos, com formação de coágulo retroplacentario e infiltração sanguínea intramiometrial. O diagnóstico de DPP é clinico e requer atenção devido a sua gravidade. A resolução desse problema só se dá conta com o parto. Visto que a gestante do caso é de alto risco, a mesma não frequentou as consultas de pré-natal, influenciando grandes riscos tanto para ela como para o feto.

 4.REFERÊNCIAS

BRASIL.Ministerio da saúde. Secretaria de Atençao a Saúde. Gestaçao de alto risco: manual técnico. 5 ed. Brasilia: Ministerio da Saúde,2010. 302 p. (Série A. Normas e Manuais Tecnicos). Disponivel em: http://bvsms.saude.gov.br/publicaçoes/gestaçao_alto_risco.pdf.

CHAVES NETTO, H.: SÁ, R.A.M.: OLIVEIRA, C. A. Gemelidade in: CHAVES NETOO, H.: SÁ, R.A.M.: OLIVEIRA, C.A. Manual de Condutas em Obstetrícia. 3. Ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2011.

MAGALHÃES, J. A.: FREITAS, F.: RAMOS, J.G.: COSTAS, S.M. Rotinas em obstetrícia. In; FREITAS, F.et.al.5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

MONTENEGRO, C. A. B.: REZENDE FILHO, J. Obstetrícia fundamental. In: MONTENEGRO, C. A. B.: REZENDE FILHO, J. 11.ed. Rio de Janeiro: Nacional,2011.

NEME, Bussâmara. Obstetrícia básica.3ed.São Paulo: Sarvier, 2005.

SILVA, Janize C. Manual obstétrico; um guia prático de enfermagem. São Paulo. Editora Escolar, 2005.

RICCI, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde da mulher. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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