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25 de maio de 2021 às 15:57
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Acadêmico: Hipertensão e diabetes Mellitus tipo 2: doenças de grande impactos frente atuação profissional do enfermeiro

Autor: Alesson da Silva Soares

A hipertensão arterial sistêmica. Está é definida como sendo uma condição clínica de caráter multifatorial evidenciada por aumento expressivo e sustentado da pressão arterial (PA), por um determinado período de tempo. A mesma frequentemente se associa com diversas alterações cardiológicas, renais e metabólicas atacando os órgão alvos, ou seja, coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos, tendo em vista que sua letalidade é bastante difundida desde a década de oitenta (BARRETO; CARDOSO, 2008). A organização mundial de Saúde embasado por todo esse contexto, delibera que o indivíduo é considerado hipertenso quando os valores da sua pressão arterial iguala-se ou ultrapassa os valores de 140 X 90mmHg, constadas a partir de duas aferições em situações diferentes, e levando em consideração todo processo histórico de saúde pessoal e familiar (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA,2016).

Para que a pressão se eleve a ponto do paciente se considerado Hipertenso, Robbins e Cotran (2010) fazem algumas evidencias acerca do processo patológico da doença, destacando a musculatura cardíaca como uma bomba contrátil de ritmo autônomo ditável, cuja a função é ejetar sangue para a parte sistêmica do corpo, assim como a parte pulmonar, a mesma devido a essa ejeção rápida em dois tempos  acaba  exercendo um diferencial de pressão, contribuindo para a irrigação sanguínea, processos de hematose e distribuição nutricional. Não obstante, existe mecanismos fisiológicos que contribuem para sua regulação, tendo em vista que vários fatores podem alterar essa ejeção e controle homeostático.

Dentre esses reguladores fisiológicos existem os de caráter renal e neurológico, para o primeiro tem-se o sistema renina angiotensina aldosterona, ditados pela enzima conversora de angiotensina- ECA; e já para os neurológicos tem se hormônio antidiurético- ADH, os quais em situações fisiológicas compensam os distúrbios de viscosidade e passagem. Sendo assim, quando existe falhas nesses mecanismos oriundos de distúrbios patológicos e/ou da senilidade, a musculatura das túnicas arteriais ficam rígidas, arteriosclerose, existe um aumento no volume dos vasos, a provocando a hipertensão, tendo em vista que a capacidade elástica foi perdida.

Reforçando essa ideia a Sociedade Brasileira de cardiologia (2016) define a pressão sanguínea como sendo o produto final e bem elaborado da ejeção sanguínea, ou seja, débito cardíaco. Ocasionando no desencadeamento dos seguintes sinais e sintomas: dores na nuca, dores de cabeça e peito, visão embaçada, tonturas, retenção de líquidos, exatamente alguns dos sinais apresentados pela paciente em questão, despertando o alerta para o desencadeamento de problemas cardíacos, visto que a HAS, é o fator principal para o infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico 

Comitantimente a isso, tem se o segundo problema, a DM2, para isso, a diabetes mellitus é definida como sendo uma patologia multifatorial de caráter crônico, início insidioso e sintomas mais moderados, os quais tende a se agravar ao longo dos anos, pois os mecanismos compensatórios do organismo já não consegue suprir a falta de glicose nas células, tão pouco o aumento de insulina no sangue.  Suas manifestações clínicas e epidemiológicas apresentam uma tendência para adultos com histórico familiar da doença, bem como história pregressa de excesso de peso e/ou obesidade, HAS, doenças autoimune e o processo de senilidade, esse último bastante embasado pelo caso.

A etil-patogênese segundo Brasil (2013) é deliberada como um defeito na metabolização de insulina na ilhota pancreática, dificultando a capacitação de glicose no corrente sanguínea e consequentemente nas formas de como o ATP será produzido. Sendo mais especifico, afirma que o indivíduo com diabetes mellitus do tipo 2 apresenta uma resistência aos efeitos da insulina durante a entrada de glicose na célula, por meio dos receptores de membrana celular GLUT-4, ou em contrapartida, não produz uma quantidade de insulina necessária para que exista uma manutenção dos níveis de glicose satisfatórios na corrente sangüíneo.

Diante desses efeitos, sinais e sintomas são observados em pacientes que apresentam essa enfermidade, sendo os mais caraterísticos: a poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso inexplicável, sendo estes considerados os 4P clássicos da diabetes mellitus tipo dois. Outros sinais e sintomas também podem aparecer como é o caso do: pé-diabéteico, acuidade visual diminuída, oriunda da retinopatia diabética e comprometimento de órgãos alvos como coração, rins e encéfalo, devido ao aumento da viscosidade sanguínea, sendo fator fundamental para o desencadeamento da HAS, isto é, as duas patologias apresentadas pela paciente estão diretamente relacionadas (BRASIL, 2014).

No tocante a isso, o ministério da saúde enfatiza a necessidade de intervenções para esses problemas, criando e promovendo as ações deliberadas pelo programa HIPERDIA, o qual objetiva a captação, cadastramento e reabilitação precoce de pacientes portadores dessas doenças crônicas, acarretando assim na aquisição, dispersa e distribuição dos medicamentos indicadas para tratamento das mesmas de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados, promovendo uma melhora na qualidade de vida do mesmos, respeitados os preceitos idealizados pelo sistema único de saúde-SUS (BRASIL, 2014).

Dessa forma, se faz necessário uma maior ênfase nesses problemas por parte da população e do ministério da saúde para que possa propagar uma melhora na qualidade de vida, para isso é preciso que o enfermeiro gestor realize o cadastramento adequado dos pacientes acometidos no hiperdia, tendo em vista que o mesmo destina-se ao cadastramento e acompanhamentos de portadores de hipertensão e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do SUS, permitindo gerar aquisição, dispersão e distribuição dos medicamentos e forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados.

 Já para o diabetes deve-se induzir o paciente a realizar exames a fim de avaliar os riscos cardiovasculares e avaliação antropométrica para o diagnóstico do estado nutricional e a breve anamnese dos hábitos alimentares. Informar sobre as possíveis complicações que podem acontecer pelo o uso exacerbado de bebidas alcoólicas e bebidas denominadas como light e diet. Orientar aos pacientes que não há níveis seguros para consumo de tabaco e outras formas de fumo e que esse hábito precisa ser cessado por todos para que dessa forma possa ter uma vida mais saudável, assim como realizar palestras comunitárias sobre educação em Saúde com enfoque nos hábitos alimentares, os quais na maioria dos casos se modificados, têm potencial para evitar ou retardar as complicações da hipertensão.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Antônio Carlos Pereira; CARDOSO, Juliano Novaes. Manual de hipertensão: entre a evidencia e a pratica clínica. São Paulo: casa leitura médica,2008.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 162 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 35)

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 160 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36)

ROBBINS E COTRAN. Patologia: bases patológicas das doenças. 8º ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2010.

SANTOMAURO JÚNIOR et al. Metformina e AMPK: Um Antigo Fármaco e Uma Nova Enzima no Contexto da Síndrome Metabólica. Arq Bras Endrocrinol Metab 2008;52/1

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA.  VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Volume 107, Nº 3, Suplemento 3, Setembro 2016.

WILCOX, Cristopher S; TISHER, C Craing. Manual de nefrologia e hipertensão. São Paulo: Tecmedd,2008.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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