Bom dia • 01/05/2024

7 de maio de 2021 às 15:30
Sem comentários
Comente agora

Série: publicidade nas licitações

O passo a passo bem básico que qualquer  pessoa pode seguir para checar se o dinheiro público está possivelmente sendo  bem ou mal aplicado

1. Análise de preços de acordo com a localização geográfica – é preciso observar, com base nos dados financeiros divulgados pelo ente público em questão, se os preços dos produtos e serviços contratados  estão em sintonia comum a comparação com preços expostos por empresas da região onde houve a contratação, do mesmo ramo de mercado, e que ofertem os mesmos bens e serviços.

2. Número de licitações públicas – após identificar um caso suspeito, deve-se então analisar se há mais contratos públicos em que a empresa contratada figure como parte. É importante olhar em diversos entes diferentes para ver se a empresa participa frequentemente de licitações públicas. Isso ajudará a detectar um padrão geral de atuação da companhia contratada e, mais importante, se ela é beneficiária de muitos contratos públicos, com poucos ou muitos entes.

3. Coleta de informações básicas – é fundamental coletar as informações básicas da empresa investigada na Receita Federal e, se possível, na junta comercial do Estado onde fica a sede ou filial que figura no contrato. É recomendado examinar o que consta no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), qual o endereço, o telefone, o e-mail, a data de criação da companhia e os sócios. Todos esses dados deverão ser posteriormente pesquisados a parte em busca de conexões com outras pessoas físicas e jurídicas.

4. Checagem de informações básicas – concluído o levantamento das informações básicas nas fontes citadas, é pertinente verificar no Google Maps o que realmente está localizado no endereço formal da empresa. É preciso, porém, se atentar a data da foto divulgada pelo Google, já que, em alguns casos, ela pode ser anterior à fundação da companhia investigada. Por outro lado, há também a possibilidade de “voltar no tempo” no Google Maps para visualizar fotos de períodos mais antigos e checar se a empresa funciona naquele local desde a época de sua criação.

Outro recurso válido é ligar para o telefone da empresa, divulgado na Receita Federal ou no seu site (se houver,) e fazer um teste: se passe por um cliente e realize a cotação do serviço ou bem contratado pelo ente público.

5. Pesquisa nas redes sociais – depois de esgotar a análise da companhia, cabe pesquisar os sócios formais dela. As redes sociais são ótimas ferramentas para procurar indícios se estas pessoas podem ser laranjas ou se o estilo de vida exibido publicamente é compatível com o porte da empresa onde são sócios. Fotos públicas e marcações de locais onde frequentaram são boas evidências, tanto no Instagram como no Facebook.

Deve-se averiguar também se os referidos sócios informam ter outra ocupação profissional, geralmente no Facebook e LinkedIn, prestando atenção em especial se forem empregos de baixa remuneração, além de checar se eles possuem vínculos ou conexões nas redes sociais com pessoas do setor público, em especial com as que atuam no ente que contratou a empresa.

6. Denúncia – salvar todas as evidências que encontrar. Elas servirão para fazer uma denúncia formal ao setor responsável por fazer a fiscalização daquele ente, o que pode ser tanto interna  como externa.

Colaboração: La inteligência – satélite dessarrolar

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

BANNER_HOME- NOTICIAS-VENDE

Comentários

Seja o primeiro a enviar uma mensagem