Bom dia • 03/05/2024

5 de abril de 2021 às 16:28
Sem comentários
Comente agora

Acadêmico: Insuficiência Renal desencadeada pelo o LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico)

Autor: Richardson Rocha Souza

A Insuficiência Renal é a perda súbita da capacidade dos rins filtrarem resíduos, sais e líquidos do sangue. Quando isso acontece, os resíduos podem chegar a níveis perigosos e afetar a composição química do sangue, ficando fora de equilíbrio (PESTANA et al. 2011). Os rins, além de não conseguirem filtrar os resíduos metabólicos do sangue (como a creatinina e o nitrogênio da ureia), tem menor capacidade para controlar a quantidade e a distribuição de água pelo corpo, bem como os níveis de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, fosfato) e ácido no sangue (SANDOZ, 1998).

Quando a insuficiência renal dura por algum tempo, a pressão arterial aumenta. Os rins perdem a sua capacidade de produção suficientes do hormônio (chamado de eritropoietina) que estimula a formação de novos glóbulos vermelhos, resultando na diminuição dos glóbulos vermelhos (desenvolvendo a anemia) (PIVETA, 2001).

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória autoimune, ocorre quando o sistema imunológico ataca seus próprios tecidos e órgãos, como pele, articulações, rins, cérebro, coração e pulmões. Além de perder a capacidade de produzir níveis suficientes de calcitriol, que ativa da vitamina D, que é vital para a saúde óssea e o sistema imunológico (MARQUES et al. 2010).

Os sintomas variam, podem incluir fadiga, dores nas articulações, manchas na pele e febre. Podem se agravar por alguns períodos e, posteriormente, melhorar (ABBAS; LICHTMAN, 2007). Isso começa com modificações no estilo de vida, incluindo dieta e proteção contra o sol. Outras medidas de controle da doença incluem medicamentos, como anti-inflamatórios e esteroides (ROZA; NUNES, 2002).

Estudos mostram que, a vitamina D exerce funções biológicas da doença inflamatória, o Lúpus através da sua ligação a receptores nucleares, estes receptores para vitamina D (RVD), regulam a transcrição do DNA em RNA, semelhante aos receptores para esteroides, hormônios tireoidianos e retinoides (MARQUES et al. 2010). Esses receptores são expressos por vários tipos de células, incluindo epitélio do intestino delgado e tubular renal, osteoblastos, osteoclastos, células hematopoiéticas, linfócitos, células epidérmicas, células pancreáticas, miócitos e neurônios.

A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar (15 a 20 minutos de sol ao dia, braços, pernas e tórax devem estar expostos), pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar essa substância. Alguns alimentos, especialmente peixes, gema de ovo, queijos, bife de fígado e cogumelos são fontes de vitamina D, porém o sol é o maior responsável pela ativação da vitamina que o corpo absorve.

Portanto, faz-se necessário seguir orientações de um profissional de saúde (médico ou enfermeiro) acerca da redução de riscos ou danos, seguindo corretamente o tratamento prescrito. E, para um estilo de vida saudável, é importante a frequente ingestão hídrica e alimentação equilibrada (frutas, verduras, tubérculos, redução de sal e açúcar), atividade física, dormir bem, evitar uso de bebidas alcoólicas e do tabaco, dentre outros cuidados.

  1. REFERÊNCIAS:

ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H. Imunologia Básica: funções e distúrbios do Sistema Imunológico. Saunders: Elsevier. 2 ed, 2007.

MARQUES, C. D. L; DANTAS, A. T.; FRAGOSO, T. S.; DUARTE, A. L. B. P. A importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes. Rev. Bras Reumatol. 50 (1): 67-80, 2010.

PESTANA, J. O. M.; GALANTE, N. Z.; TEDESCO, H. S. J.; HARADA, K. M.; GARCIA, V. D.; ABBUD, M. F.; CAMPOS, H. H.; SABBAGA, E. O contexto do transplante renal no Brasil e sua disparidade geográfica. Sociedade Brasileira de Nefrologia. V 33, n° 4. P 472-484, 2011.

PIVETA V. Manual de orientação para o paciente Transplantado Renal. 1º ed. São Paulo: Unifesp e Hospital do Rim e Hipertensão, 2001.

ROZA, B. D. A.; NUNES, C. F. P. Cuidados com Drogas Imunossupressoras. Medline plus, 2002.

SILVA, L. J.; ANGERAMI, R. N.; Viroses Emergentes no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2008.

SANDOZ, Divisão Farmacêutica. Guia do Usuário: Informações para melhor manuseio do paciente transplantado – Sandimmun Neoral. 1998.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

BANNER_HOME- NOTICIAS-VENDE

Comentários

Seja o primeiro a enviar uma mensagem