Bom dia • 04/05/2024

5 de abril de 2021 às 18:40
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Acadêmico: Aspectos gerais sobre a Tuberculose

*Autor: Richardson Rocha Souza

A tuberculose (TB), é tida como uma doença infectocontagiosa, causada por uma bactéria, o Bacilo de Koch. A sua transmissão se dá por meio de gotículas que podem conter os bacilos de forma a expeli-los por um doente com tuberculose pulmonar, ao simples ato de tossir, espirrar ou falar. Assim, o indivíduo poderá ter uma ficção tuberculosa ao ingerir esses bacilos (BRASIL, 2011).

A forma com a qual o bacilo da tuberculose se propaga, está relacionado com as condições de vida da população. Ou seja, ela se prolifera em regiões de grande concentração urbana, com precário saneamento básico, infraestrutura deficiente e baixas condições de habitação. Em 2020, cerca de 90 mil pessoas foram acometidas pela TB no Brasil, já no mundo aproximadamente 10 milhões de pessoas todos os anos (BRASIL, 2021).

A transmissão se dá pelas vias aéreas superiores, com isso, quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos, eles ficam retidos nessas vias aéreas. Quando chegam aos brônquios, os bacilos são aprisionados na secreção e eliminados pelo movimento ciliar. Mas, quando esses bacilos atingem os alvéolos, a infecção é estabelecida (BRASIL, 2007).

A tuberculose pode atingir qualquer órgão, com mais frequência os pulmões, gânglios linfáticos, pleura, laringe, rins, cérebro e ossos. Há também, algumas condições que debilitam o sistema imunitário de forma a contribuir para o agravamento da TB, como a infecção pelo HIV, diabetes, uso prolongado de corticoides, doenças renais, neoplasias e tratamento imunossupressor (BRASIL, 2007). Todo indivíduo diagnosticado com TB, deve ser submetido ao teste sorológico anti-HIV. Pois, essas duas doenças podem ser associativas (BRASIL, 2011).

O diagnóstico é feito pelo exame bacteriológico direto do escarro. Este, deve ser solicitado para pacientes adultos que apresentem queixas respiratórias, como tosse há mais de três semanas, sudorese noturna, febre vespertina e perda de peso. Assim como, à pacientes com alterações na radiografia do tórax, e pessoas que tiveram contato prolongados com pessoas com a doença e apresentam alguma queixa. Esse exame bacteriológico corresponde a coleta do escarro. Há também a cultura do bacilo de Koch, que somente é indicado para casos com exame direto do escarro negativo e diagnóstico de formas extrapulmonares da doença. O radiológico e a prova tuberculínica, são considerados como um método auxiliar de diagnóstico (BRASIL, 2011).

De acordo com WHO (2011) a exposição passiva ou ativa à fumaça do tabaco está significantemente associada com a recidiva da TB e sua mortalidade. Esses efeitos parecem independentes dos efeitos causados pelo uso do álcool, status socioeconômico e um grande número de outros fatores potencialmente associados (BRASIL, 2007).

Existe uma associação entre o uso do tabaco e tuberculose. O tabagismo já foi identificado como sendo um fator de risco para a TB. Pois o fumo altera os mecanismos de defesa do canal respiratório de forma a reduzir a concentração de oxigênio no sangue, o que propicia para as lesões necrosantes, de forma a deixar mais lento o processo de cicatrização (BRASIL, 2011).

Em relação a vacinação, quando administrada não protege o indivíduo que já está infectado pela doença, ela irá fornecer proteção a quem ainda não foi infectado por formas mais graves de TB, que incluem a meningoencefalite tuberculosa e a tuberculose miliar (BRASIL, 2011).

A TB é tida como uma doença grave, mas que pode ser curável em quase todos os casos, desde que o processo terapêutico seja seguido. Devendo haver uma associação medicamentosa adequada, as doses corretas e por tempo suficiente, com a supervisão da tomada de medicação por um profissional de saúde. Essas maneiras são eficazes em evitar uma resistência ou persistências bacterianas ou complicações de suas outras formas (BRASIL, 2007).

*Autor: Richardson Rocha Souza, 10º Período em Enfermagem da UniAGES (Paripiranga-BA).

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Atenção Básica / – Brasília : Ministério da Saúde, 2007. 199 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 21).

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2011.

WHO. World Health Organization. Disponível em: http://www.who.int/tb/publications/global_report/2010/en/ index.html.

Brasil. Ministério da Saúde. Disponível em:

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/t/tuberculose

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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