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22 de março de 2021 às 15:56
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Acadêmico: Teorias administrativas na enfermagem: um olhar sobre a sua aplicabilidade nos serviços de saúde

Autor: José Adelson dos Santos Oliva

Dentre o sistema de organização administrativo da unidade hospitalar, percebe-se que diversas teorias administrativas estão inertes nesses âmbitos, as quais com o desenvolvimento e ampliação das funções exercidas nesse setor e das suas necessidades, tais teorias administrativas precisaram ser aplicadas ao contexto da enfermagem. Muitas delas são conhecidas e difundidas atualmente, como por exemplo, a teoria cientifica de Frederick Taylor; Teoria clássica de Henri Fayol, Teoria das relações humanas, teoria burocrática de Marx Webber, teoria sistema e teoria contigencional. A teoria científica de Frederick Taylor, possui como característica: tempo e movimento, bem como incentivo de salario e prêmio sobre prestação de serviço, no campo da enfermagem ela está associada a preocupação do como fazer?, com trabalho mecanizado e na escala de divisão de trabalho, a qual pode ser notada a sua aplicabilidade quando o enfermeiro não segue protocolos, ele está preocupado apenas no como fazer, ainda assim existe a divisão do trabalho por parte da equipe (KURCGANT, 1991).

Outras duas teorias que recaem sobre essa análise, acabando sendo a teoria clássica, cujas características estão imersas na eficiência da organização, a qual acaba sendo embasada e influenciada pelas estruturas organizacionais aplicada no exército, e nos serviços militares, o trabalho acaba ganhando o primeiro arranjo vertical e horizontal, a principal crítica fomentada a mesma é a questão do caráter prescritivo e monitorizado, além de uma estrutura  formal de organização, negando muitas das vezes as relações, dentro do contexto da enfermagem, a mesma possui estrutura rigidamente hierárquica, organogramas e a sua preocupação acaba estando embasado no quantitativo. Essa pode ser relacionado com a estrutura organizacional que compõem o hospital, baseado em setores que serão previamente organizados por meio de organograma e embasado pelo nível hierárquico vertical, ainda que muitas vezes hierárquico (KURCGANT, 1991).

Dentro da outra teoria administrativa com fortes relações nos serviços hospitalares, percebe-se a teoria burocrática, em que o organizador elaboram meios para um maior alcance dos objetivos, a mesma apresenta características como treinamento do homem, eficiência organizacional, determinação de procedimentos e rotinas, bem como um trabalho pré estabelecido, as críticas fomentadas a essa teoria acaba sendo exagerado apego as regras, normas e regulamentos. Sua ralação com a enfermagem, acaba sendo a prática administrativa em estoque, detentoria de perdas e pouca perceptivas de mudanças. Por fim, percebe-se a teoria neoclassica, como grande resquicios de modernidade e atualidade nela, a mesma busca atingir os objetivos e alcançar resultados ultilizando teorias administrativas como base, fazendo um aporte entre as existentes, nesta é buscar na prática atingir os objetivos e alcançar os resultados, utilizando todas as teorias administrativas como base a divisão do trabalho e uso da especialização do trabalhador, assim como, especialização, além disso, dentro da gestão participativa, percebe-se que as  decisões são tomadas mais próximas de onde ocorre a ação pela proximidade do gerente seguindo as rupturas de um nível acentuado de hierarquia. (KURCGANT, 1991).

No tocante as teorias, percebe-se que as mesmas ainda denotam uma concepção quanto a estrutura organizacional do serviço de enfermagem, bem como os sistemas organizacionais de cuidados em saúde. É nesse ponto, que se nota que o reconhecimento do ambiente organizado acaba permitindo a detecção e aprofundamento para uma análise dos fatores que interferem de maneira direta e indireta no PODC. Dessa forma, precisa-se destacar a importância dessa estrutural enquanto padrões formais, cuja a divisão do trabalho é realizada de maneira racional, conforme as especializações dos setores ou das pessoas que desempenham a função. Além disso, percebe-se que o serviço de enfermagem por ser prestado por um grupo organizado de pessoa, apresenta um limiar quanto a mesma, ou seja, percebe-se a estrutarilização quanto hierarquia, sendo a mesma horizontal quando compreendida a departamentalização compreendida pela diretoria dos serviços de enfermagem e seus departamentos (SILVIA, CAMELO, 2008).

Dessa forma, os pontos que regem uma boa administração se baseiam no ato da responsabilidade, disciplina, unidade de comando, centralização e a hierarquia, visto que a última se destaca por ser uma cadeia de comando em escalas, a qual deve existir uma necessidade de comunicação entre ambas as partes (JERICO et al., 2008). Dessa forma, percebe-se que o enfermeiro se encaixa em todos os quesitos propostos, principalmente no que se refere aos modelos assistências, visto que se tem o paciente como centro do processo do cuidar, o qual é integrando nas tomadas de decisões, participante do planejamento e implementação deste cuidado (SILVIA, CAMELO, 2008).

Nesse contexto, e de posse dos argumentos supracitados, é preciso ressaltar os estilos de liderança pelos quais o enfermeiro pode se enquadrar, ou seja, o estilo autocrático, embasado por características principais que visam explorar e estimular a submissão do outro por meio da satisfação e necessidades evidenciadas pelo liderado; O autoritário, evidenciado por considerar os membros da equipe como um ser preguiçoso, desestimulado e pouco merecedor de sua confiança; E por fim, a liderança democrática, em que a mesma tem por objetivo discutir as decisões principalmente, levando em consideração as habilidades e capacidades dos membros da equipe. A adoção desses estilos depende do momento e das necessidades de comando, sendo esse estilo atualmente difundido pelo estilo de liderança, conhecido como situacional (SILVIA, CAMELO, 2008; AMESTOY, et al., 2017).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMESTOY, Simone Coelho. Liderança na enfermagem: do ensino ao exercício no ambiente hospitalar. Esc Anna Nery 2017;21(4):e20160276

JERICO, Marli de carvalho et al.,. Estrutura organizacional do serviço de enfermagem: reflexos sobre a influencia do poder e da cultura organizacional. Revista escola de enfermagem USP. 2008.

KURCGANT, Paulina; CUNHA, káthia C.; MASSOROLLO, Maria C. K.B.; CIAMPONE, Maria H. T. Administração em Enfermagem/ Coordenadora Paulina Kurcgant. São Paulo: EPU, 1991

SILVIA Vânea Lucia dos Santos Silvia, CAMELO Helena Henriques. A COMPETÊNCIA DA LIDERANÇA EM ENFERMAGEM: conceitos, atributos essenciais e o papel do enfermeiro líder. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2013 out/dez; 21(4):533-9.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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