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22 de março de 2021 às 09:23
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Acadêmico: Síndrome Coronária Aguda aspectos fundamentais da doença e assistência de enfermagem

Autor: José Adelson dos Santos Oliva

A síndrome coronária aguda é definida como sendo uma condição patológica aguda cujos efeitos advêm de uma isquemia miocárdica, denotada pela apresentação de manifestações clínicas e laboratoriais, ou seja, por meio de sinais e sintomas clássicos, como dor torácica de forte intensidade com proporções irradiativas para os membros, náuseas e vômitos, dispnéia, lipotmia e sincope. Esta condição pode ser classificada em três formas, ou seja, angina instável e infarto agudo do miocárdio, podendo o mesmo ser com supra-desnivelamento de ST e sem supra-desnivelamento de ST, a sua classificação vai depender dos sinais e sintomas apresentados e dos achados presentes nos exames laboratoriais (SILVA et al., 2015).

Dessa forma, para entender essa condição, se faz necessário elucidar os aspectos fisiopatológicos envolvidos nessa síndrome, haja vista que o mecanismo patológico é o que acaba esmiuçando as diferenças classificatórias da doença. Nesse ponto, percebe-se que a síndrome coronariana segundo Bergmann et al., (2011) advêm de um processo obstrutivo oriundo de uma placa aterosclerótica, isto é, placa de gordura nas arteriais, a mesma acaba resultando em alterações vasculares presentes nas artérias coronarianas, comprometendo de forma total e/ou parcial o miocárdio. Quando essa obstrução ocorre de forma parcial, o paciente apresenta uma angina instável, haja visto que existe uma diminuição no aporte de oxigênio para a musculatura cardíaca (XAVIER et al., 2011).

 Já quando ocorre de forma total, acaba existindo um processo de isquemia e em posterior necrose do miocárdio acarretando em alterações rítmicas da contração cardíaca. Gualano (2011) ainda enfatiza que uma das causas principais para o desenvolvimento da síndrome conariana aguda, são as alteração oriundas das oscilações de LDL e HDL, ou seja, quando as lipoproteínas de baixa densidade (LDL), estão em níveis maiores que aqueles propostos pelas referências, tendo em vista que essa oscilação existente entre os  índices de gorduras em vasos sanguíneos pode favorecer o desenvolvimento de placas de arteriosclerose e em posterior enrijecimento da artéria, impedindo o fluxo de oxigênio e outros nutrientes para esse músculo, acarretando nos seguintes sinais e sintomas: dor no peito (precordialgia), falta de ar, fadiga e queimação no estômago (GUALANO, 2011).

Está síndrome muitas das vezes acaba sendo evidenciado apenas por meio da apresentação de sinais e sintomas, necessitando-se assim da apresentação de exames bioquímicos e de cunho elétricos que indicam lesão muscular, necessitando de uma intepretação clínica para fechar o seu diagnóstico. Tendo em vista, que quando existe alguma degeneração isquêmica na musculatura cardíaca o produto originado por esse sistema são enzimas destrutivas das células, as quais em condições normais desempenham funções de fisiológicas de anabolismo e catabolismo nos miócitos. No entanto, quando existe algum processo obstrutivo, que favoreça a diminuição ou cessação do fluxo de oxigênio essas enzimas sofrem uma degeneração e extravasam para a corrente sanguínea, tendo a sua elucidação e comprovação, através de exames bioquímicos (ROBBINS E COTRAN, 2010).

É notável a necessidade de minimizar e solucionar tal condição, precisa ter as intervenções e assim adotar os métodos de enfermagem para que não haja as progressões das enfermidades. É de suma importância que a prestação de serviço a essa população portadora se tenha uma boa equipe multiprofissionais equipada, e que saibam identificar os tipos que estão presentes no indivíduo e como a mesma está sendo acometida a doença e de tal forma para que saibam os tratamentos adequados para que se obtenham melhor controle da afecção e dos índices em complicações. Então, os devidos meios terapêuticos têm-se como base na mudança de estilo vida com o auxílio de atividade física pelo menos três vezes na semana, diminuição no consumo de sódio, gordura, além disso, tem os fármacos que irá ajudar na homeostase da pressão arterial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERGMANN, M. L.D.A.; et al. Colesterol Total e Fatores Associados: Estudo de Base Escolar no Sul do Brasil. Arq Bras Cardiol, 2011.

GUALANO, T.F; TINUCCI, E.P. Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, 2011.

ROBBINS e COTRAN, Bases Patológicas das Doenças. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

SILVA, Fernando Morita Fernandes et al . Acute management of unstable angina and non-ST segment elevation myocardial infarction. Einstein (São Paulo),  São Paulo ,  v. 13, n. 3, p. 454-461,  Sept.  2015

XAVIER, H. T.; et al., V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq. Bras. Cardiol. vol.101 no.4 supl.1 São Paulo Oct. 2013

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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