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27 de janeiro de 2021 às 08:30
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Pesquisadores da UFS projetam taxa mínima de cobertura vacinal contra covid-19 em Sergipe

Será necessário vacinar, no mínimo, um milhão de pessoas para induzir imunidade coletiva, diz estudo

Josafá Neto | Rádio UFS – Com a pandemia do novo coronavírus, o termo “imunidade coletiva”, também conhecida como imunidade de grupo ou de rebanho, popularizou-se ao longo dos últimos dez meses. A expressão surgiu no início do século passado no campo da veterinária e logo depois passou a ser utilizada na área médica. No entanto, só começou a ganhar força a partir da década de 1950 com o aumento do uso das vacinas e das campanhas de vacinação. E o que significa a tal imunidade de rebanho? De forma simples, ela ocorre quando uma parcela significativa da população se torna imune a uma doença infecciosa, seja por meio da vacinação, seja através da contaminação natural.

É consenso entre os especialistas que a vacinação em massa é o caminho mais seguro e eficaz para induzir a imunidade coletiva. E o quanto de uma população precisa ser vacinada para isso? Depende. Esse número varia de doença para doença e sofre influência da taxa de transmissão do agente infeccioso. O sarampo, por exemplo, tem uma taxa de transmissão que oscila entre 12 a 18. Isso significa que cada pessoa com sarampo infectaria, em média, 12 a 18 pessoas suscetíveis. Por conta dessa alta taxa de transmissão, é necessário vacinar pelo menos 95% da população para que os outros 5% não peguem o vírus.

Essa taxa mínima de cobertura vacinal contra a covid-19 no estado foi projetada por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no âmbito do Projeto EpiSergipe. A análise, publicada neste domingo, 24, na Revista Interdisciplinar de Pesquisa e Inovação da UFS, considerou três parâmetros para estimar o nível crítico de imunização: a eficácia das vacinas, a taxa de reprodução básica do vírus, e a população a partir de 18 anos estimada para o ano de 2021.

As duas vacinas analisadas foram a CoronaVac (Sinovac Life Science/Instituto Butantan) e a Covishield (AstraZeneca/University of Oxford/Fiocruz), que apresentam eficácia de 50,4% e 62,1%, respectivamente. Para a taxa de reprodução do SARS-CoV-2, os pesquisadores consideraram os intervalos de 1,5 – 1,69; 1,7 –1,89; e 1,9 – 2,0. Já a população do estado com idade igual ou superior a 18 anos, estimada em 1.711.674 habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi categorizada em dois estratos etários: 18 – 64 anos e a partir de 65 anos, que somam 1.526.094 e 185.580 pessoas, respectivamente.

Fonte: Portal UFS

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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