Bom dia • 02/05/2024
Antero Fontes de Santana
Welde Natan Borges de Santana
O presente trabalho propõe-se a discorrer sobre as contribuições do cuidado de enfermagem no atendimento paliativo, objetivando um tratamento integral com enfoque no controle dos sinais e sintomas no estágio final da vida frente a doença incurável, visando aliviar as dores físicas e psíquicas dos pacientes, cabendo condutas profissionais para enfrentamento da dor perante as perdas, dificuldades, frustrações e luto. Assim, foi empregada uma metodologia qualiquantitativa, com pesquisa de campo e coleta de dados bibliográficos através de uma pesquisa descritiva. Diante da pesquisa de campo, foi utilizada a equipe multiprofissional do programa de assistência domiciliar “Melhor em casa”, onde investigou-se sensações, percepções, dimensões, dificuldades e intervenções perante as atividades desenvolvidas diante do cuidado ao paciente fora da possibilidade de cura.
Palavras-chave: Atendimento Paliativo. Dor. Doença. Cuidado.
Lidar com o processo de doença alimenta uma esperança de cura tanto para os profissionais da área da saúde quanto para o enfermo e seus familiares. A contribuição para a melhora de uma pessoa faz com que surja um sentimento de dever cumprido naqueles que cuidam. Entretanto, nem sempre a cura é alcançada. São em momentos como esse que os profissionais, juntamente com os familiares, devem unir forças para promover qualidade de vida aos pacientes em fase terminal.
Em decorrência disso, é sabido dizer que a comunicação entre todos os envolvidos nesse processo (paciente, familiares e profissionais da saúde) possui grande relevância para que se ofereça um bom serviço em prol do bem-estar do enfermo. Assim sendo, Pessini (2004) apud Lima et al. (2009) vem reforçar que muitas vezes a família, devido as rígidas normas hospitalares, finda tendo uma postura passiva, pois acredita que apenas a equipe de saúde pode decidir no que diz respeito ao tratamento.
O foco da assistência não é a enfermidade monitorada visando a cura, mas a excelência no controle da sintomatologia evitando o sofrimento, devendo existir ações e intervenções que efetive um tratamento íntegro.
De acordo com Silva et. al. (2013, p. 04), o Cuidado Paliativo é baseado em princípios, não em protocolos. mesmo se tratando de uma doença terminal, deve-se levar em consideração a possibilidade de ser oferecido um tratamento que ajude os pacientes a continuar vivendo da melhor forma possível até o fim dos seus dias.
Com isso, o cuidado ao paciente fora da possibilidade de cura foi um conceito superado, já que o tratamento buscará o controle da evolução da doença, necessitando de intervenções multiprofissionais para o controle dos sintomas. (OLIVEIRA, 2008).
Na pesquisa científica foram investigadas sensações e percepções, tais como os sentimentos ocasionados pela perda dos pacientes, na qual 3 profissionais (30%) responderam “sentimento de aceitação”, 6 (60%) “sentimento de tristeza e angústia” e 1 (10%) “negação e choque”. Em relação às principais dificuldades no cuidado do paciente terminal, 3 (30%) responderam “desespero e medo”; 5 (50%), “impotência e controle emocional”; e 2 (20%), “sem dificuldades”. Acerca da dimensão mais difícil de lidar, 10 (100%) responderam “a dor”.
REFERÊNCIAS
LIMA, Aline Camilo; SILVA, José Augusto de Souza; SILVA, Maria Júlia Paes da. Profissionais da saúde, cuidados paliativos e família: revisão bibliográfica. 2009. Disponível em: file:///C:/Users/camil/Downloads/15630-53699-1-PB.pdf Acesso em: 25 fev. 2018.
OLIVEIRA, Reinaldo Ayer. Cuidado paliativo, Conselho Regional de medicina do estado de São Paulo. São Paulo, 2008.
SILVA, José Vitor da; ANDRADE, Francisco Noronha de; NASCIMENTO, Rosa Maria do. Cuidados paliativos – fundamentos e abrangência: revisão de literatura. 2013. Disponível em: file:///C:/Users/camil/Downloads/242-1004-1-PB.pdf Acesso em: 25 fv. 2018.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense
