Bom dia • 02/05/2024
Nesse período eleitoral, Sergipe inteiro voltou as suas vistas para uma cidade do agreste, acompanhando com inusitado interesse o que se passava na cidade de Simão Dias. Afinal, por obra e graça do governador Belivaldo, que é simãodiense, a capital do Estado, cuja sede está localizada em Aracaju, foi mudada informalmente para essa bela cidade, conhecida por “produzir milho e eleger governadores”, como costumava dizer um dos maiores filhos desta terra, o saudoso Marcelo Déda.
Sua excelência, o governador Belivaldo – que circulava na campanha montado numa luxuosa off road Polaris rzr, prestou-se a auto apelidar-se de “vagalume” – abandonou as tarefas normais de um governante que tem o dever de trabalhar para todos os municípios, tomou a decisão de utilizar-se de quase todo o aparato governamental, gastar todos os recursos disponíveis e a sua energia para mudar a vontade do eleitor num único lugar do Estado, na nossa querida Simão Dias.
Usou o poder da máquina administrativa como nunca aconteceu em nenhuma campanha na história do município. Em cima da eleição, inaugurou obras eleitoreiras e assinou as famosas ordens de serviço, desequilibrando a disputa, praticando condutas de abuso de poder reicindentes, as quais, como todos se lembram, lhe causaram o dissabor da cassação de seu mandato de governador e a pena de inelegibilidade por oito anos, decretada pelo TRE-SE.
No último domingo veio a firme e corajosa resposta do povo: o governador Belivaldo, o atual prefeito Marival e o seu candidato chapa branca Aloísio do Sofá foram derrotados. Passaram por uma grande agonia política e por uma humilhação sem precedentes com a vitória do candidato do PSB, Cristiano Viana, o novo líder da pacata e honrada Simão Dias, o qual ganhou bonito, desmoralizou pesquisas e sepultou a ideia de que só o poder e o dinheiro é que podem ganhar eleições.
Vencer em Simão Dias, derrubar Cristiano e destruir por completo o agrupamento político dos Valadares, objetivos que se tornaram uma questão de honra do dono eventual do poder, Belivaldo Chagas, acabou sendo o maior vexame já sofrido por um governador em toda a história de Sergipe.
A esperança venceu o medo.
O voto livre do povo apagou o “vagalume”.
ACV
Fonte: blogdovaladares.com.br
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense