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12 de junho de 2016 às 22:13
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Simão Dias completa 126 de Emancipação Política e filhos da terra demonstram amor pela cidade nas redes

 
O município de Simão Dias completou hoje (12), 126 anos de Emancipação Política e inúmeros filhos da terra fizeram questão de demonstrar amor pela cidade nas redes sociais.
“Simão Dias, minha terra natal, completa hoje 126 anos de emancipação política. Conquistou essa condição de município já no período republicano, quando fervilhavam no Brasil as ideias que culminaram na derrubada do regime imperial. O republicanismo de então pregava maior liberdade para o cidadão sob o império da lei, acabava com os privilégios dos que integravam a Corte, e inaugurava o governo presidencialista. Foram muitas as crises vividas pelo Brasil até a consolidação democrática. Simão Dias, afortunadamente, atravessou todos os momentos de nossa história republicana sempre com equilíbrio, altivez e respeito às regras democráticas, participando das disputas políticas e respeitando o princípio da alternância do poder local. A violência nunca foi a arma para a conquista do comando político do município. A paz como regra, e a arte da persuasão para convencer e mudar, tornaram Simão Dias uma autêntica Suíça sergipana. Bela e altaneira, com suas palmeiras imperiais, a cidade encarna a tranquilidade de um povo que sabe amar, trabalhar e produzir, sob as bênçãos de nossa excelsa Padroeira Senhora Sant’Anna. Viva Simão Dias!” postou em uma rede social, o  senador Antônio Carlos Valadares.
O vereador Cristiano Viana também postou um vídeo nas redes parabenizando a cidade de Simão Dias. Alguns empresários  também exaltaram o amor pela terra e até muitos adolescentes foram contagiados pela  ternura que sentem pela cidade e o quanto é bom morar e trabalhar em Simão Dias
A Prefeitura Municipal, embora não tenha agradado a maioria da juventude devido a data coincidir com o Dia dos Namorados, realizou uma vasta programação entre elas  alvorada de fogos; 13º Encontrão de Mountain Bike; Missa solene na Igreja Matriz de Senhora Sant´Ana;  Hasteamento das bandeiras na Praça Barão de Santa Rosa; Final do campeonato de futebol e encontro de bandas filarmônicas na Praça Barão de Santa Rosa.
Veja um pouco da história de Simão Dias!

História

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As primeiras penetrações no território de Simão Dias aconteceram em 1607 pelo vaqueiro Simão Dias, vindo de Itabaiana com um rebanho de gado de propriedade de Braz Rabelo.

Antes do surgimento da povoação e de Simão Dias, à região pertencia à freguesia de Nossa Senhora do Lagarto e era conhecida como sertão do Vasa Barris. O vaqueiro Simão Dias instalou-se no centro Oeste, numa região densa e de verdejante mata (a mata do caiçá), na qual tornou-se a sede hoje do município.

Segundo periódicos do Jornalista e deputado, José de Carvalho Deda, os índios da tribo Tapuias fugindo do violento Luiz de Brito, governador da Bahia que tentava conquistar o território sergipano, antes de Cristóvão de Barros, ergueram a sua taba no lugar que viria chamar depois de “Mata da Moita”, local onde hoje é a Igreja Nossa Senhora Santana.

Desde 1655 havia uma capela, sob a invocação de Santana na pequena aldeia de Simão Dias, sendo esta reconstruída em 1784 e doada ao patrimônio da futura freguesia pelo capitão Manoel de Carvalho Carregoza e sua mulher, D. Ana Francisca de Menezes. O primeiro vigário encomendado da paróquia foi o padre, José Francisco de Menezes, descendente dos doadores da capela.

Em 1850, por Lei foi elevada a vila à freguesia de Senhora Santana de Simão Dias e criada a comarca de Simão Dias.

Durante a época de comarca, o nome de Simão Dias foi trocado, ficando Anápolis em homenagem aos nomes de Ana Freire de Carvalho (baronesa de Santa Rosa) e a fundadora da capela, Ana Francisca de Menezes, por lei nº 621 de 25 de outubro de 1912.

Ainda como comarca através de um Decreto Lei o nome de Anápolis foi extinto para Simão Dias em homenagem a seu fundador, o vaqueiro Simão Dias.

O padre João de Matos, devido à atuação de Ana Francisca ressaltava em seus sermões a influência da mulher simãodiense nos destinos religiosos da cidade.

Através de Decreto de Lei nº 51 de 12 de junho de 1890 a Emancipação Política do município foi feita pelo presidente do Estado, Felisbelo Freire.

Cultura/Folclore

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As festas religiosas tradicionais do município são a de Senhora Santana, padroeira da cidade que acontecem de 17 a 26 de julho, reunindo uma grande quantidade de pessoas, vindas de todo o Estado, principalmente das cidades circunvizinhas, e também do Estado da Bahia, a exemplo de Paripiranga, Fátima e Adustina.

A Igreja Católica viveu, no mês de abril, marco histórico com a primeira ordenação diaconal de filhos da terra. Foram ordenados Rodrigo Fraga Sant’Anna e Valmir Soares Santos.

No dia 26, dia de Nossa Senhora Santana, a população se reúne na Igreja e participa da missa festiva. No fim da tarde é realizada a procissão com a imagem da santa, sendo transportada pelas ruas da cidade. Geralmente nos últimos quatro dias da festa, à noite há shows com bandas da terra e artistas renomados.

São também comemorados pelos simãodienses os festejos religiosos dos santos padroeiros dos povoados; o Natal; São João; São Pedro; festas do vaqueiro (missas e vaquejadas); e carnaval.

Na área da música o município conta com vários grupos musicais com destaque para a Banda Lira Santana, criada pelo comerciante José Pinto, que ficou encantado com as Bandas Militares que vinham assediar os seguidores de Antônio Conselheiro, durante a Guerra de Canudos, fim do século XIV. A Lira Santana resiste ao tempo e ainda alegra os festejos da cidade e região.

As tradições, costumes, lendas e expressões do povo simãodiense são facilmente percebidos nas feiras livres, através das comidas típicas (maniçoba; mocotó e sarapatel); do artesanato; festas religiosas; grupos de zabumba; samba de côco; São Gonçalo; capoeira; repentistas; e as tradicionais quadrilhas.

O texto do historiador Carvalho Deda conta a entrada do primeiro automóvel em Simão Dias trazido pelo Cel Felisberto Freire: era um Ford preto, capota conversível, com chofer empertigado e enfatuado, alvoroçou a cidade e infernizou a vida do lunático Mestre Roque, que tinha colocado sua colheita de alho para secar, no leito da rua, e no desespero de ver sua safra esmagada sob os pneus do carro, que parecia a ele, mais que um mostro ameaçador, avançando sozinho, na estupenda velocidade de 20 quilômetros por hora, movido a nada, pois não havia lenha nem água a ferver, exclamou: “Ta besta, porca dos oio de vrido! Tu que cume meus aio!”. Até hoje, o lunático Roque é lembrado, pois a rua Manoel Carregosa continua sendo conhecida como a ladeira do Roque.

Atualmente, Simão Dias tem inúmeras escolas entre elas: as municipais, estaduais e, particular, sendo que a base de formação da maioria das autoridades do município, antigamente, era o Grupo Escolar Fausto Cardoso, onde continua recebendo crianças, adolescentes e adultos para tomar instrução.

Fronteira

O município de Simão Dias fica entre os rios Vasa Barris (ao norte), e Piauí (ao Sul) e está situado na zona fisiográfica do Oeste limitando-se com os municípios de Pinhão; Macambira; Lagarto; Riachão do Dantas; Tobias Barreto; Poço Verde e o Estado da Bahia. A cidade acha-se encravada à margem do rio Caiçá, e é a terceira em altitude do Estado, na qual apresenta um clima próprio da zona “boca de caatinga”, seco e geralmente quente. Chove pouco e os meses mais chuvosos e frios são de abril a agosto em estação normal.

Com uma superfície de 560.8 Km², os principais rios do município são Vasa Barris; Caiçá e jacaré.

Beleza Clássica
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Na praça Barão de Santa Rosa, uma das mais belas do interior do Estado é possível se contemplar a beleza clássica da paisagem urbana de alguns casarios. A casa do ex-prefeito, Manoel Ferreira Matos, e do empresário, Alberto de Carvalho, são algumas delas.
Economia
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As atividades que mais requer mão de obra são as do campo. A agricultura ocupa o primeiro lugar com produção de abóbora, milho e feijão. Na pecuária, o município é o maior produtor de Avestruz, e ainda sobressaí a criação de bovinos, ovinos e suínos.
As plantações de feijão, abóbora e milho são em minifúndios em terras férteis, e nos quatro assentamentos que o MST (Movimento Sem Terra) já conseguiu conquistar.
A indústria só conta com as fábricas do grupo Votoratim, ‘Cal e Tintas’; de cerâmica; de tintas; calçados e doces; e em breve a da Azaléia, uma industria de confecção de calçados que será instalada graças à doação do terreno pela Prefeitura Municipal. No passado o comércio era intenso, no qual contou com 10 fábricas de sapatos.
O comércio, hoje, apresenta vários supermercados, farmácias e lojas (de confecções, artigos para presentes, e calçados). Os bancos existentes são: Banco do Nordeste; Banco do Brasil; Banco do Estado de Sergipe (Banese), e Caixa Econômica Federal.
Riquezas naturais
O município tem o minério quartzo, mármore e calcário, mas a principal riqueza natural é o barro ou argila para a fabricação de telhas, tijolos e cerâmicas produzidas na região e vendidas para todo o país.
Destaca-se na cerâmica o artesão Rosemberg Batista que herdou de seu pai Liu um talento especial em transformar a argila em obra de arte, na qual, há predominância da cor natural do barro. A cidade tem tradição no artesanato e dispõe de mais de 40 artesãos que usa de habilidade e criatividade para executar trabalhos em bordados, madeiras; pinturas em ovos de avestruz e em pedras; bisqui; velas decorativas com aromas; bonecas de panos entre outras.
Pontos turísticos
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A Serra do Cabral apresenta beleza e valor histórico Conta-se que quando Lampião percorria os Estados Nordestinos fazendo justiça com as próprias mãos chegou na Serra do Cabral para atacar a cidade, todavia, o povo simãodiense reagiu, se posicionando nos platibandas das casas fazendo com que Lampião desistisse. Porém, o rei do cangaço encontrou uma saída honrosa, dando a desculpa que, em respeito à Senhora Santana (padroeira da cidade) e sua madrinha, não invadiria a sede do município. Em cima da Serra estão sendo construídos pela Prefeitura Municipal um restaurante com salão de festa, uma pizzaria e uma loja para comercializar produtos artesanais da terra, e assim poder receber turistas de várias partes do país.
As furnas Santo Antônio e a gruta do Bonsucesso, ainda são freqüentadas pelas pessoas do Estado.
O Rio Caiçá, no chora menino, que era lugar de entretenimento dos jovens há alguns anos deixou de ser freqüentado, e hoje só faz parte das lembranças boas dos moradores do município, na época de meninice.
Prefeitos de Simão Dias
A administração do município apresenta um dado curioso e marcante, que é a de três homens que foram prefeitos por mais de uma vez. Nelson Pinto de Mendonça, Manoel Ferreira Matos e José Matos Valadares, administraram a cidade por duas vezes. José Valadares também exerceu o mandato de deputado estadual.
Um outro dado marcante na história de Simão Dias é o da família Valadares que se destacaram no cenário político a nível estadual, municipal e federal. Pai, Pedro Almeida Valadares, administrou o município de 1959 a 1963, e foi também deputado estadual; mãe, Josefa Matos Valadares, prefeita da cidade de 1989 a 1992; filhos (José Matos Valadares, prefeito por duas vezes, e um como deputado estadual; Antônio Carlos Valadares, foi prefeito, deputado estadual, deputado federal, vice-governador; Governador e atual Senador); neto, Pedro Almeida Valadares Neto, deputado federal desde 1990, quando foi eleito pela primeira vez até 2003, atualmente é o presidente da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste.
Relação dos prefeitos
Joviniano Joaquim de Carvalho, Antônio Manoel de Carvalho Neto, Cel José Barreto de Andrade, Dr. Belmiro da Silveira Góis. Manuel Prata Dortas, José de Carvalho Deda, Cândido Dortas de Mendonça, Dr. Marcos Ferreira de Jesus, Cel João Pinto de Mendonça, Dermival Martins Guerra, Manoel Fraga Dantas, Cícero Ferreira Guerra, José Neves da Costa, Francino da Silveira Deda, Nelson Pinto de Mendonça, Abel Jacó dos Santos, Manoel Ferreira Matos, Josefa Matos Valadares, Luiz Albérico Nunes da Conceição, José Matos Valadares, Dênisson Déda de Aquino e Marival Silva Santana.
Governadores
Quatro filhos de Simão Dias foram governadores de Sergipe: Gervasio Prata, Sebastião Celso de Carvalho, Antônio Carlos Valadares e Marcelo Déda.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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