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14 de janeiro de 2016 às 16:45
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Hospital Regional de Lagarto atendeu quase 2.400 vítimas de acidentes motociclísticos em 2015

“No dia do acidente, não estava usando capacete, mas, graças a Deus sofri apenas escoriações pela face. O mais grave mesmo foi a fratura na tíbia”. O relato é do mecânico M.S.S., de 24 anos, natural de Tobias Barreto, na região Centro-Sul de Sergipe. Em agosto do ano passado, ele sofreu um acidente quando pilotava sua moto naquele município sergipano, sendo encaminhado ao Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto. 
Segundo ele, o acidente aconteceu quando, ao passar em um desnível, de uma rua para outra, acabou perdendo o controle do veículo e caiu. “Esta é a segunda revisão que estou fazendo, desde a cirurgia, no dia 11 de agosto. Em relação ao que vejo por aí, o atendimento aqui no Hospital de Lagarto é muito bom, inclusive o da enfermagem, que responde sempre as nossas dúvidas”, afirmou o mecânico nesta quinta-feira (14), enquanto aguardava o atendimento do serviço de Ortopedia do Pronto Socorro do HRL.
O caso do mecânico é apenas um entre centenas de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que, cada vez, mais chegam às urgências hospitalares por todo o país. E em relação ao Hospital Regional de Lagarto não é diferente. Em 2015, o número de pacientes envolvidos em acidentes motociclísticos (motos e motonetas) atendidos no HRL chegou a 2.391, superior em aproximadamente 1,3% em comparação a 2014, quando a unidade assistiu 2.367 vítimas.
De acordo com o balanço anual do HRL, o número de pacientes envolvidos em acidentes motociclísticos em 2015 representou 90,12% das vítimas de violência no trânsito assistidas pela unidade hospitalar em todo o ano passado, que totalizou 2.653. 
Em comparação apenas ao número de vítimas de acidentes automobilísticos e atropelamentos assistidas pelo HRL, que foi de 302 em 2015, o total de acidentados por motos e motonetas no ano passado chega a ser superior em quase 800%.

“Vivemos hoje uma verdadeira epidemia em relação aos acidentes de moto no Brasil. E isso ocorre com maior gravidade principalmente no interior, onde os motociclistas usam na maioria das vezes esses veículos sem a capacitação adequada e sem os equipamentos de segurança, principalmente capacetes, ocasionando acidentes com grande gravidade”, ressalta Oldegar Alves Junior, superintendente da unidade hospitalar. 
Pesquisa

Os acidentes de trânsito, em especial, os motociclísticos, estão entre as principais causas das urgências atendidas no HRL, segundo revelou o Inquérito de Violências e Acidentes em Serviço de Referência Hospitalar de Sergipe. A pesquisa, que entrevistou 1.065 pacientes atendidos no HRL, no período de 15 de agosto a 13 de setembro de 2013, foi desenvolvida pela professora Shirley Verônica Melo Almeida Lima como temática da sua Dissertação de Mestrado em Ciências da Saúde no Campus/São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe e contou com a colaboração, na fase da coleta de dados, de alunos do Curso de Enfermagem do Campus da Saúde de Lagarto, também da UFS. 
O levantamento corrobora com dados já apontados nos relatórios gerenciais e de produção do HRL, gerenciado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS): o grande número de vítimas que se envolvem em acidentes, em especial com motocicletas, a inobservância do uso obrigatório de equipamentos de proteção (como capacetes) e a ingestão de bebidas alcoólicas associada ao ato de dirigir. O estudo apontou, por exemplo, que 53,3% das vítimas de acidentes motociclísticos não utilizavam capacetes.

Pelo levantamento, nos acidentes de transporte, a motocicleta foi o principal meio utilizado pela maioria das vítimas, totalizando 72,2%. Entre os atendimentos registrados segundo o tipo de vítima, os condutores representaram 73,3% dos casos, enquanto os passageiros somaram 19,6%.
Fonte: SES

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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