Bom dia • 20/12/2024
Publicação consolida, em um único documento, as recomendações vigentes da pasta para os vírus respiratórios de maior importância para a saúde pública
Em resposta à evolução constante das ameaças respiratórias e à necessidade de consolidar, em um único documento, as recomendações vigentes relacionadas ao tema, o Ministério da Saúde publicou o Guia de Vigilância Integrada da Covid-19, Influenza e Outros Vírus Respiratórios de Importância em Saúde Pública. O documento facilita o acesso da população, de profissionais e gestores de saúde às orientações detalhadas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e vigilância laboratorial, entre outros assuntos. A obra fortalece os esforços para aprimorar a vigilância epidemiológica no Brasil e demonstra a necessidade de uma abordagem integrada para o monitoramento e controle de vírus respiratórios, considerando, além de SARS-CoV-2 e influenza, outros agentes de relevância sanitária.
A iniciativa visa fortalecer a capacidade em identificar surtos, monitorar tendências e responder rapidamente a situações de risco, contribuindo para a saúde pública e a segurança da população. A publicação contou com a colaboração de especialistas renomados e entidades como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Fiocruz, e representantes estaduais e municipais de saúde, reforçando o caráter colaborativo e técnico do material.
A divulgação do guia ocorre em um contexto, nos últimos anos, de redução dos casos de covid-19 e do aumento da circulação de outros vírus respiratórios, ressaltando a relevância de uma abordagem unificada para a vigilância e o controle dessas doenças, que possuem sinais e sintomas semelhantes, mas que têm suas especificidades e podem ter diferenças significativas de recomendação. Para a covid-19, por exemplo, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir é dispensado atualmente no Sistema Único de Saúde (SUS) mediante receita simples em duas vias para pessoas de 65 anos e mais ou imunocomprometidos, com teste positivo para covid-19 até cinco dias do início dos sintomas. Já para influenza, um outro antiviral, o fosfato de oseltamivir, está indicado atualmente para todos os casos de síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal com condições ou fatores de risco para complicações, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Esses tratamentos buscam evitar o agravamento das enfermidades em pessoas com fatores de risco e menor resposta vacinal.
O documento destaca, ainda, a importância de estratégias como a vigilância genômica e a notificação compulsória, essenciais para prevenir e mitigar os impactos de epidemias e pandemias que podem ser causadas por esses vírus respiratórios, que são os mais frequentes agentes etiológicos responsáveis por causar doença em humanos, com importante impacto na morbidade e na mortalidade da população em todo o mundo.
Ministério da Saúde
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense