Bom dia • 13/11/2024
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos pode ter impactos significativos não apenas para o cenário político global como a tão propagada nova ordem mundial, mas também para os pequenos municípios do Brasil como Simão Dias, Lagarto e Itabaiana. Trump é conhecido por promover políticas que prioriza os interesses dos Estados Unidos “América em primeiro lugar” em suas relações exteriores, o que pode alterar a dinâmica global de maneira substancial.
No plano internacional, pode intensificar o isolamento econômico e político dos EUA, com uma tendência crescente de afastamento de acordos multilaterais, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas e o Acordo Nuclear com o Irã. Trump tende a dar mais ênfase a acordos bilaterais que visam os benefícios diretos de seu país, o que pode enfraquecer organizações internacionais e tratados que buscam uma governança global mais cooperativa. Essa postura pode gerar um efeito cascata, afetando os mercados financeiros e o comércio internacional, o que, por sua vez, poderá repercutir nas economias menores.
Nos pequenos municípios do Brasil, as consequências dessa nova configuração global podem ser sentidas de forma diferenciada: a política de protecionismo econômico de Trump pode dificultar a inserção do Brasil no mercado norte-americano, especialmente para os produtores de commodities. Muitos desses municípios são dependentes da exportação de produtos agrícolas e minerais, e um endurecimento das relações comerciais pode impactar negativamente suas economias locais. A demanda externa por produtos como soja, café e carne pode sofrer uma redução, o que afetaria diretamente a geração de empregos e a arrecadação de impostos.
Além disso, o desinteresse dos EUA por acordos climáticos pode acelerar a crise ambiental e prejudicar o financiamento internacional voltado para a preservação da Amazônia e outros biomas brasileiros. Municípios que dependem de recursos destinados à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável podem ver esses fluxos financeiros secarem. As políticas ambientais mais rigorosas de Trump também podem aumentar a pressão sobre o Brasil para adotar posturas mais flexíveis em relação ao meio ambiente, o que poderia gerar tensões com organismos internacionais e ONGs.
A retórica de Trump sobre segurança e imigração pode também influenciar a política brasileira, principalmente em municípios que têm alta presença de imigrantes ou dependem de remessas internacionais para sustentarem empresas, inclusive aquelas totalmente nacionais radicadas em municípios sergipanos. O estreitamento das fronteiras norte-americanas pode resultar em uma diminuição do envio de recursos para o Brasil, afetando principalmente as economias locais mais carentes, que dependem desses fundos.
A vitória de Trump pode reforçar políticas mais conservadoras e de maior centralização do poder nos EUA, o que pode ter reflexos nas relações diplomáticas entre o Brasil e outros países, alterando a forma como as administrações locais percebem as possibilidades de parcerias e investimentos externos.
Portanto, os pequenos municípios brasileiros podem sentir os efeitos da vitória de Trump de várias maneiras, principalmente na política para tendência mais conservadora defendida pelo bolsonarismo e sobretudo, através da redução das exportações, diminuição de investimentos externos com uma possível reconfiguração das relações comerciais e diplomáticas que afetam economias locais e desenvolvimento social. Lembre-se, Simão Dias e demais cidades do interior de Sergipe não são uma ilha isolada do mundo! Portanto, os efeitos não são meramente especulativos, mas plausíveis e reais. Agora, resta esperar que eles tragam mais benefícios do que malefícios!
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense