Bom dia • 23/11/2024
A Defensoria Pública do Estado de Sergipe, por intermédio do Núcleo do Consumidor, registrou mais de 70 atendimentos durante o mutirão realizado na tarde da última sexta-feira, 26, no Calçadão da João Pessoa, no Bairro Centro.
Juros de cartão de crédito, telefonia móvel e empréstimos bancários lideraram o índice de reclamações. Em seguida, internet, consórcio, cobranças indevidas de lojas e inclusão sem aviso prévio no SPC.
O defensor público Fillype Mattos Rigaud disse que o objetivo é fazer com que a Defensoria contribua para que os consumidores exerçam a sua cidadania e lutem pelos seus direitos. “Aqui se concentra um grande número de consumidores, então a gente está aqui no Calçadão tirando dúvidas, orientando os consumidores e informando-0s sobre os seus direitos através do Código do Consumidor”, explica.
Jolindo da Conceição, do Conjunto Marcos Freire III, em Nossa Senhora do Socorro, admitiu ter feito um empréstimo, mas alega juros altos. “Fiz um empréstimo no Bradesco há um ano. De lá pra cá só paguei uma parcela porque estava desempregado. Fui negociar e eles cobraram juros abusivos, por isso aproveitei o mutirão para que o defensor público pudesse me orientar como devo proceder. Gostei muito do atendimento e saio daqui esclarecido”, disse.
Dona Aldelice Moura alegou telefone clonado. “Rastrearam meu telefone, entrei em contato com a Oi e eles orientaram que eu fizesse um Boletim de Ocorrência (BO). A defensora pública me instruiu muito bem e a Defensoria está de parabéns pelo atendimento”, elogiou.
O cobrador aposentado por invalidez, Gilmar do Nascimento, relatou que não aguenta mais as cobranças de lojas em nome de sua esposa falecida. “Minha mulher faleceu há um ano, mas as lojas continuam mandando cobranças abusivas. Na época enviei toda a documentação necessária à todos os estabelecimentos como Certidão de Casamento, Atestado de Óbito e outros, mas as lojas C&A, Riachuelo, Gbarbosa e Banese insistem em mandar cobranças. Fui tentar um acordo para tirar o nome dela no SPC, mas eles não aceitaram e continuam me perturbando, alegando que ela não optou na época pelo seguro, mas isso é um absurdo. Fui orientado pelo defensor público para dar entrada na ação. Gostei da orientação e estou consciente dos meus direitos e deveres. Era bom que tivessem mais ações como esta”, pontuou.
A comerciária Angélica Cristiana reclamou da cobrança de uma fatura paga. “A Esplanada está cobrando uma fatura que já paguei antes mesmo de vencer. Eles ligam direto para a casa de minha mãe incomodando e é a segunda vez que acontece isso. A fatura vence dia 5 e eu paguei dia 2, mas eles insistem na cobrança, mesmo informando que está paga. Isso é muito constrangedor, por isso estou pedindo orientação da defensora pública, pois acredito que vou resolver aqui”.
Orientações – Foram registradas questões relacionadas a juros de cartão de crédito; telefonia móvel e internet das operadores Vivo, Oi, Tim e Claro; consórcio; cartão de crédito clonado; migração de cartão de crédito; taxa de condomínio; aluguel; financiamento estudantil; juros de bancos relacionados a financiamentos e empréstimos; compra pela internet, entre outros.
Ascom DPE/SE
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense