Bom dia • 21/11/2024
Na maioria dos casos, o contágio não dá sinais. Vacina do SUS oferece prevenção eficaz
Principal causa do câncer de colo de útero, também relacionado a mais outros cinco tipos de cânceres, a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) não apresenta sinais ou sintomas na maioria das pessoas. Assim, o vírus acaba por ser transmitido de forma silenciosa, pelo fato de a pessoa desconhecer que contraiu a infecção. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais visíveis ou apresentar manifestações subclínicas, isto é, detectáveis por exames.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível. O contágio se dá pelo toque direto com a pele ou com a mucosa infectada, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Também pode haver transmissão da mãe para o bebê durante o parto.
Após o contágio, as primeiras manifestações da infecção surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses. Contudo, pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal. Os sintomas são mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. Em mais de 90% dos casos, os sinais regridem espontaneamente.
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe.
Prevenção
Para a prevenção do contágio por HPV, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a prática sexual segura, incluindo educação para jovens e promoção do uso e fornecimento de preservativos para pessoas que já iniciaram atividade sexual. Contudo, a prevenção mais eficaz e 100% eficiente – indicada pela OMS – é a vacinação contra o HPV em pessoas com idade entre 9 e 14 anos, preferencialmente antes de se tornarem sexualmente ativas.
Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina HPV quadrivalente. Em 2024, o Ministério da Saúde atualizou o esquema de vacinação e adotou a dose única contra o papilomavírus humano. A estratégia busca intensificar a proteção contra o câncer de colo de útero e outras complicações associadas ao vírus e permite dobrar a capacidade de imunização com o estoque atual da pasta.
Podem se vacinar pelo SUS:
Ministério da Saúde
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense