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3 de agosto de 2022 às 07:03
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Acadêmico: O profissional de odontologia e os cuidados para não gerar o câncer bucal

Autor:  Paulo Sergio de Santana Filho

Um dos basilares problemas descobertos ultimamente é o câncer bucal, que de acordo com Júnior et. al. (2013) é um dos mais recorrentes em boa parte do mundo. Dessa forma o  autor ainda arriscam o fato de que mesmo sendo um problema visto há algum tempo as maneiras de curá-lo ainda são as mesmas. Esses atributos culminam na constância de pacientes que apresentaram tais sintomas, exigindo dos profissionais capacidade suficiente para que lidar com isso.

Ribeiro (2013), por sua vez, destaca o quão importante é a realização de exames para que o diagnóstico seja conseguido de forma precoce. Assim,  mesmo na ausência de antecedência referente a essa  patologia, os profissionais podem de maneira correta e técnica os processos para a identificação do problema. Ainda de acordo com esta autora, a lesão ulcerada com bordos endurecidos de 3cm a 5cm fazem parte do diagnóstica do câncer bucal. Scheufen et. al. (2011) evidenciam a importância de levar em consideração os grupos de riscos para que pacientes assintomáticos recebam exames assertivos. No estudo desses autores os tabagistas e consumidores frequentes de álcool são postos como principais grupos de riscos, entretanto, a diferença é que esses autores promoveram momentos de educação em igrejas e postos de saúde com o objetivo de incentivar o autoexame bucal e a manutenção da higiene oral,que muitas das vezes não são efetuados . A conclusão é que depois das medidas tomada pelos autores houve eficácia na detecção de lesões fundamentais em grupos de riscos.

Scheufen et. al. (2011) mostraram que maneiras que incentivem constância nos tratos odontológicos podem evitar inúmeros problemas, inclusive o câncer bucal. Em contra partida, Barros et. al. (2017) discutem o atraso no diagnóstico decorrente, exatamente, da negligencia da abordagem desta temática. Na discussão de Barros et. al. (2017) ainda é apresentado o fato de que inúmeros profissionais relatam fragilidade referente a detecção de lesões malignas. Esse é um dos principais fatores para que os diagnósticos somente sejam alcançados de forma tardia.

No que se refere ao tratamento para prevenção do câncer bucal, Torres-Pereira et. al. (2012) expõem que existe três níveis de profilaxia, sendo o primário uma ação para que seja possível alterar hábitos da comunidade, objetivando eliminar os fatores de riscos, assim como os citados anteriormente; nível secundário consiste no diagnóstico precoce da doença, mesmo sabendo que esta é deveras imprevisível, no entanto, a recomendação é que exames sejam feitos rotineiramente, inclusive aquele que, instruído pelo dentista, pode ser realizado pelo próprio paciente; o nível terciário é composto pela limitação dos danos, controle da dor, prevenção de complicações, melhora na qualidade de vida durante o tratamento e as tentativas recorrentes de reintegrar o paciente na sociedade, possibilitando a realização de tarefas anteriormente realizáveis.

Portanto, Esse problema é motivo de muita reflexão, tendo em vista que além de envolver o tratamento de milhares de pacientes ao ano, expõe a vulnerabilidade da educação dos nossos profissionais odontológicos. Esse é um caso que deve ser analisado de maneira muito ampla, objetivando mudanças assertivas.

Novamente se referindo ao diagnóstico tardio encontra-se a proposição de que deve-se instaurar uma maior discussão da temática, buscando evitar que os grupos de riscos se expandam e a incidência da doença diminui, além disso, foi constatado que em lugares onde tais incentivos existira, em consonância do autoexame, os diagnósticos surgiram com maior antecedência, aumentando imensamente as chances de cura.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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