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26 de julho de 2022 às 10:18
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IPCA-15 foi de 0,13% em julho

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 0,13% em julho, 0,56 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em junho (0,69%). Essa é a menor variação mensal do IPCA desde junho de 2020 (0,02%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,79% e, em 12 meses, de 11,39%, abaixo dos 12,04% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a taxa foi de 0,72%.

PeríodoTAXA
Julho de 20220,13%
Junho de 20220,69%
Julho de 20210,72%
Acumulado no ano5,79%
Acumulado nos últimos 12 meses11,39%

Houve variações positivas em seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados.  O maior impacto (0,25 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,16%), que acelerou em relação a junho (0,25%). Já a maior variação veio de Vestuário (1,39%), que acumula, no ano, alta de 11,01%. No lado das quedas, destacam-se os grupos Transportes (-1,08%) e Habitação (-0,78%), que contribuíram conjuntamente com -0,36 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,05% em Comunicação e a alta de 0,79% em Despesas pessoais.

GrupoVariação Mensal (%)Impacto (p.p.)
JunhoJulhoJunhoJulho
Índice Geral0,690,130,690,13
Alimentação e bebidas0,251,160,050,25
Habitação0,66-0,780,10-0,12
Artigos de residência0,940,390,040,01
Vestuário1,771,390,080,06
Transportes0,84-1,080,19-0,24
Saúde e cuidados pessoais1,270,710,160,09
Despesas pessoais0,540,790,050,08
Educação0,070,070,000,00
Comunicação0,36-0,050,020,00
Fonte: IBGE, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.  

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,16%) foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida (22,27%), maior impacto individual no índice do mês, com 0,18 p.p. No ano, a variação acumulada do produto chega a 57,42%. Além disso, alguns derivados do leite também registraram alta no IPCA-15 de julho, a exemplo do requeijão (4,74%), da manteiga (4,25%) e do queijo (3,22%). Outros destaques no grupo foram as frutas (4,03%), que haviam tido queda em junho (-2,61%), o feijão-carioca (4,25%) e o pão francês (1,47%). Com isso, a alimentação no domicílio variou 1,12% em julho.

alimentação fora do domicílio teve alta de 1,27% em julho, acelerando em relação a junho (0,74%). Tanto o lanche (2,18%) quanto a refeição (0,92%) tiveram variações superiores às do mês anterior (1,10% e 0,70%, respectivamente).

Em Vestuário (1,39%), o destaque ficou com as roupas masculinas, cujos preços subiram 1,97% em julho. Além disso, foram registradas altas superiores a 1% também nos preços dos calçados e acessórios (1,57%) e das roupas femininas (1,32%).

A queda no grupo dos Transportes (-1,08%) foi influenciada pelo recuo nos preços dos combustíveis (-4,88%), em particular da gasolina (-5,01%) e do etanol (-8,16%). O óleo diesel seguiu na contramão dos demais combustíveis, com alta de 7,32%. No lado das altas, as passagens aéreas subiram 8,13%, contribuindo com 0,05 p.p. no IPCA-15 de julho. Cabe mencionar também a variação positiva do ônibus urbano (0,67%), consequência do reajuste de 11,36% nas passagens em Salvador (7,46%) aplicado efetivamente a partir de 4 de junho.

Em Habitação (-0,78%), destaca-se queda de 4,61% na energia elétrica residencial. Em julho, segue em vigor a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. As variações de energia elétrica nas áreas foram desde -12,02% em Goiânia, onde houve redução do ICMS de 29% para 17%, a partir de 23 de junho, até 1,09% no Recife. Também houve reduções de ICMS em diversas outras regiões, a exemplo de Curitiba (-10,28%), Porto Alegre (-10,19%) e Salvador (-6,90%), na esteira da Lei Complementar 194 e da sua subsequente incorporação no âmbito das legislações estaduais. Houve reajustes tarifários em algumas áreas:

RegiãoReajuste (%)DataVariação (%)
Belo Horizonte5,6622/06-5,95
Curitiba1,9524/06-10,28
Recife-4,1013/071,09
Fortaleza-3,0313/07-0,28
Salvador-0,5013/07-6,90
Fonte: IBGE, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. 

Além dessas regiões, houve também reajuste de 8,72% em uma das concessionárias de Porto Alegre (-10,19%), vigente desde 22 de junho, de 10,43% em uma das concessionárias de São Paulo (-3,50%), em vigor desde 4 de julho, e de -4,34% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (-0,98%), a partir de 13 de julho. Além das tarifas por kWh, da bandeira tarifária e do ICMS, também entram no cálculo da conta padrão de energia elétrica a taxa de iluminação pública (TIP) e as alíquotas de PIS/COFINS.

Ainda em Habitação, a variação positiva da taxa de água e esgoto (0,66%) decorre dos reajustes em três regiões: Belém (8,43%): reajuste de 20,81%, a partir de 28 de maio; Porto Alegre (3,86%): reajuste total de 18,16% em uma das concessionárias, a partir de 1º de julho; e Curitiba (0,46%): reajuste de 4,99%, a partir de 17 de maio.

Em Curitiba, houve ainda reajuste de 9,16% nas tarifas de gás encanado, vigente desde 18 de maio. Com isso, o resultado do subitem na área ficou em 1,10% e, no Brasil, em 0,14%.

Houve altas em sete das onze áreas pesquisadas no IPCA-15. A maior alta foi no Recife (0,87%), por conta da gasolina (1,25%) e do lanche (3,95%). O menor resultado foi em Goiânia (-0,98%), influenciado pelas quedas na gasolina (-11,91%) e na energia elétrica (-12,02%).

RegiãoPeso Regional (%)Variação Mensal (%) Variação Acumulada (%) 
JunhoJulhoAno12 meses
Recife4,710,840,876,7712,03
Fortaleza3,880,730,426,7711,54
São Paulo33,450,790,355,9011,57
Salvador7,191,160,286,8112,74
Porto Alegre8,610,570,214,1210,13
Brasília4,840,740,175,4011,31
Belo Horizonte10,040,500,085,7510,67
Rio de Janeiro9,770,46-0,106,1311,19
Belém4,460,18-0,315,089,10
Curitiba8,090,70-0,315,8512,75
Goiânia4,960,54-0,984,8011,05
Brasil100,000,690,135,7911,39
Fonte: IBGE, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.    

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 13 de julho de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de maio a 13 de junho de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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