Bom dia • 27/11/2024
O Samu 192 Sergipe definiu o planejamento de atendimento pré-hospitalar para as festas de fim de ano, como o Natal e Réveillon. A apresentação foi realizada na manhã desta sexta-feira,17, no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). O plano de ação consiste em manter 62 ambulâncias em operação – 16 Unidades de Suporte Avançados (USA’s), 45 Unidades de Suporte Básicos (USB’s) e 4 motolâncias, sendo aproximadamente 160 profissionais atuando diariamente, como médicos, técnicos em enfermagem, enfermeiros e condutores.
O Superintendente do Samu 192 Sergipe, Denisson Pereira, ressaltou durante a apresentação a importância do Huse para a execução desse plano. “Ele é o nosso maior hospital em referência e tem a preocupação em atender aos nossos pacientes, quando estamos superlotados”, disse.
Já o Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) vai intensificar a triagem reversa, um mecanismo que funciona na reavaliação dos pacientes para agilizar o fluxo hospitalar, além de manter o huddle diário, uma estratégia que visa otimizar a qualidade nos serviços prestados aos usuários da unidade, com duas reuniões diárias envolvendo os gestores e coordenadores de cada setor, como afirma o superintendente do Huse, Walter Pinheiro. “O trabalho de ação dos profissionais de saúde durante esse período será otimizado,alertamos sobre a precaução e prevenção neste final de ano que, como sempre, acaba aumentando o número de casos e a procura por atendimento no serviço de saúde. Aqui no hospital estamos de prontidão em ação coordenada com a Secretaria de Estado da Saúde e o Samu. Procuraremos o melhor direcionamento para esses atendimentos, com o único objetivo de prestar a melhor assistência de forma eficiente aos nossos pacientes”, afirmou.
Prevenção de acidentes
Durante a apresentação foi intensificado o alerta para a prevenção de acidentes, em um levantamento sobre os dados de mortalidade em Sergipe, realizado pelo SIM (Sistema de Informação de Mortalidade), no ano de 2020, foram computados 393 óbitos por acidentes de trânsito. Dentre esses dados, só os acidentes que incluem os motociclistas totalizam 235 óbitos e o local de maior incidência desses casos é a via pública. Esse levantamento aponta que a taxa de mortalidade por sexo é de 89 % no sexo masculino e 11% no sexo feminino.
De acordo com informações do Huse, há uma grande incidência no número de ocorrências com lesões e traumas, onde foram encaminhados para a ala de trauma, no período de final de ano, entre os dias 20 de dezembro de 2020 e 02 de janeiro de 2021, 216 vítimas de acidentes de trânsito. A gravidade destes traumas representa um custo alto em assistência hospitalar, internação em leito de UTI, insumos, equipamentos, exames, e demais recursos utilizados no tratamento de cada paciente que dá entrada na ala de trauma do hospital. Os traumas mais comuns dentre esses pacientes são as fraturas, podendo ser fratura exposta, traumatismo craniano, e fratura na coluna vertebral, podendo evoluir a óbito, ou deixar o paciente com sequelas.
Visto que os maiores índices de acidentes de trânsito são registrados durante o período de festividades de fim de ano, a referência técnica da área de Violência e Acidentes no Trânsito da SES, Karla Danielly Anacleto, e o Superintendente do Hospital de Urgências de Sergipe, Walter Pinheiro fazem um alerta sobre as medidas a serem tomadas pelos condutores. “Neste final de ano, vamos redobrar os nossos cuidados no trânsito. Se beber não dirija! Não utilize equipamentos eletrônicos ao volante. Vamos respeitar as leis de trânsito e utilizar os equipamentos de segurança, e assim você estará preservando a sua vida, e a do próximo.” reforçou Karla.
Sequelas
Cerca de 30% desses casos, as sequelas existem e muitas vezes são definitivas, como paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputações. Nos outros 70%, as vítimas sofrem sequelas parciais, como restrições de movimentos e dores. Os serviços de saúde precisam alocar profissionais e equipamentos para o atendimento a essas vítimas que, muitas vezes, exigem o cuidado de uma série de especialistas, tais como, neurocirurgião, ortopedista, cirurgião de abdome e tórax, fisioterapeuta e outros.
O custo econômico de acidentado pode ser classificado em diretos e indiretos, os primeiros dizem respeito aos gastos com a atuação médica, propriamente dito, que incluem tratamentos, exames complementares, internações e reabilitações. A esses podem ser somados os gastos do paciente com transporte para a realização do tratamento e dieta especial entre outras. Os custos indiretos referem-se à perda de dias de trabalho, menor produtividade gerada por limitações físicas e ou psicológicas e os danos materiais que porventura ocorram entre outros.
Fonte: www.saude.se.gov.br
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense