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1 de julho de 2021 às 10:28
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Acadêmico: Sistema de classificação das doenças e condições periodontais

Autores: Carina Santos de Carvalho, Juliana Martins dos Santos Silveira e Maria Franciele Santos Batista

Um esquema que classifica as doenças e as circunstâncias periodontais têm grande importância para que seja executado um diagnóstico preciso, tal como para o tratamento apropriado destas condições. Na classificação das doenças e condições periodontais de 2017, existem apenas três variedades, dentre elas a saúde periodontal que indica que o paciente apresenta um periodonto íntegro ou então reduzido. Além do mais, a gengivite foi dividida em duas categorias somente, são elas a gengivite induzida por biofilme e as doenças gengivais não induzidas por biofilme. Se tratando da periodontite, foram eliminados os termo crônica e agressiva, sendo substituídas pela denominação de periodontite, periodontite necrosante e periodontite como manifestação de doenças sistêmicas. (HOLZHAUSEN et al., 2019).

É importante frisar que o novo sistema de classificação vem a ser caracterizado ainda conforme estádios e graus da periodontite, determinando a sua complexidade, assim como a severidade e os fatores de risco. O novo sistema define também uma terceira categoria que vem a abranger diferentes condições que afetam o periodonto, como, condições adquiridas, sistêmicas  ou congênitas, abscessos periodontais, forças oclusais traumáticas e também lesões endoperiodontais que venham a atingir o periodonto. Diante disso, a Classificação das Doenças e Condições Periodontais de 2017, propôs um novo sistema de classificação para as retrações gengivais, passando a considerar a perda de inserção interproximal, características da superfície radicular que foi exposta e fenótipo gengival. (HOLZHAUSEN et al., 2019).

Outrossim, um paciente que tenha sido tratado da doença periodontal, continuará um paciente periodontal para o resto da sua vida, pois, mesmo com o tratamento este ainda apresenta consequências irreversíveis da perda de inserção clínica como também o risco de sofrer recidiva. Casos de periodontite devem ser caracterizados conforme o grau e estádio, sendo assim, o escore de cada estádio é obtido com base na perda de inserção interproximal ocasionada pela periodontite e também na perda marginal óssea (HOLZHAUSEN et al., 2019).

Entretanto, os graus da periodontite são indicados com base na evidência ou risco de progressão, antecipando o risco de progressão da doença, a possibilidade de insucesso na terapia periodontal e também o risco que a doença periodontal venha a influenciar negativamente a saúde do paciente. “Deve-se então inicialmente considerar uma taxa moderada de progressão (grau B) e procurar se existem evidências diretas ou indiretas de uma maior progressão que justifique a aplicação do grau C.” (HOLZHAUSEN et al., p. 24, 2019).

O grau A indica que a doença encontra-se controlada. Se tratando de um novo paciente, é necessário observar se existem radiografias periapicais de todas as unidades dentárias. Se houver, é importante observar se há perda óssea marginal detectável em qualquer área, se esta estiver presente, existe a suspeita do paciente apresentar periodontite. Do mesmo modo que, se houver perda de inserção clínica, o paciente provavelmente é um caso de periodontite. Não havendo perda de inserção clínica, é necessário atentar-se ao índice de sangramento à sondagem (HOLZHAUSEN et al., 2019).

Em resumo, para obter o estabelecimento do estádio da periodontite, radiografias periapicais de todos os dentes, histórico de perdas dentais por periodontite e periograma completo são necessários.

HOLZHAUSEN, Marinella; FRANÇA, Bruno; GASPARONI, Letícia; REBEIS, Estela; SARAIVA, Luciana; VILLAR, Cristina; PANNUTI Claudio; ROMITO, Giuseppe. Sistema de classificação das doenças e condições periodontais. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2019.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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