Bom dia • 24/11/2024
Autor: Fhelippe Santos Lima
O grande número de debates que ocorreram subsequentes a década de 60, deram início a chamada “questão ambiental”, onde as necessidades modernas do homem começaram a se tornar um problema grave, principalmente ao grande processo industrial que vinha acontecendo fazia poucas décadas. Andrade (2011) relata que, as abordagens foram cada vez mais frequentes, atentando para novos panoramas em questão ambiental, e relatórios das conferências mundiais também priorizavam medidas sustentáveis, principalmente depois da década de 90 onde os debates se tornaram cada vez mais frequentes.
Foi a partir da década de 90 que aconteceu realmente grandes debates e campanhas acerca da questão ambiental, ficando evidente que os processos industriais e a modernidade dos homens estava pondo em risco os recursos naturais do planeta. Nesse sentido Andrade (2011) enfatiza que, a situação começou a ficar mais preocupante quando as geleiras da antártica começaram a derreter, pois esse processo apresentou consequências impactantes, e que tem potencial de ser devastador se continuado frequentemente, principalmente por trazer mais volume ao oceano e, consequentemente, tragédias.
Diante desse contexto, a questão da sustentabilidade passou a ser de responsabilidade do governo, principalmente em adotar medidas que a incentivassem como um todo.
Quadros e Tavares (2014) trazem que, a sustentabilidade agrega valores ao meio em que está sendo empregada, principalmente por favorecer a questão ambiental e ao mesmo tempo ser economicamente melhor em muitos aspectos, por isso também que as empresas buscam investir mais em inovações nesse sentido. A prática sustentável é atualmente o futuro das gerações do agro negócio e da indústria, principalmente pelas fontes primárias de energia que são os combustíveis fósseis serem uma reserva esgotável de energia e altamente poluidora (BAZERMAN; HOFFMAN, 1999).
Sustentabilidade é uma condição em que há características ecologicamente positivas, por isso para que se enquadre nesse padrão, deve haver um planejamento de modo a agregar valor ambiental, sendo que o recurso natural usado deve ser renovável e não ser usado de forma esporádica. Nesse sentido, o conjunto de abordagens sustentáveis é que torna de fato o objeto sustentável. Nesse viés, Corrêa (2009) destaca que se deve ter essas principais características:
O meio ambiente em si é um forte meio para a economia, pois é através dele que se consegue as matérias primas para moldar o mundo do jeito que é atualmente. Nisso as atividades humanas devem estar voltadas a sustentabilidade, pois também através dessa modalidade existe a possibilidade de desenvolvimento econômico, além de agregar valor ambiental ao mesmo tempo (CAVALCANTI, 2004).
Leff (2001) contribui com o pensamento da sustentabilidade, caracterizando-a como uma razão moderna, pensada de forma racional na produção de material e tratando da reinvenção de mundo. Nesse sentido, a abrangência capitalista moderna parte para passos largos em prol de um cuidado ecológico de modo global, havendo uma concorrência entre os países mais desenvolvidos nesses setores, e consequentemente, mais bem cotados como nações de primeiro mundo (JOHN; PRADO, 2010).
Ainda na visão de Leff (2001) o país que não adequar suas políticas, normas e leis em prol do meio ambienta está atrasado em relação as novas tendências de produzir tecnologia, pois é inevitável atualmente pensar em globalização e modernização, sem ter influência direta sobre o meio ambiente.
A degradação que o ambiente sofre com as ações do homem, juntamente com a utilização de fontes ecológicas não renováveis e as diferenças ocasionadas pela evolução do mundo globalizado aponta para a emergência em sustentabilidade (PINHEIRO, 2006). Sendo hoje uma questão humanitária ao conceber a sustentabilidade como uma necessidade de mundo e de visão perante o futuro das nações e empreendimentos capitalistas (BRAMAN; JAMES, 2009).
Referências
ANDRADE, E. M. N. Sustentabilidade em áreas urbanas: Análise do sistema viário do campus sede da UFMT. Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental da UFMT, com requisito para obtenção do título de Mestre. Cuiabá, 2011.
BAZERMAN, M.; HOFFMAN, A. Sources of environmentally destructive behavior: Individual, organizational, and institutional perspectives. Research in Organizational Behavior, v. 21, p. 39-79, 1999.
QUADROS, R.; TAVARES, A. N. À conquista do futuro: sustentabilidade como base da inovação de pequenas empresas. Ideia Sustentável, São Paulo, ano 9, n. 36, p. 30, jul. 2014.
CORRÊA, L. R. Sustentabilidade na construção civil. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG. Belo Horizonte, 2009.
CAVALCANTI, Clóvis. Uma tentativa de caracterização da economia ecológica. Ambient. soc., Campinas, v. 7, n. 1, jun. 2004.
LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2001.
JOHN, V. M.; PRADO, R. T. A. Boas práticas para habitação sustentável, São Paulo: Páginas & Letras, 2010.
PINHEIRO, M. D. Ambiente e Construção Sustentável. Instituto do Ambiente. Lisboa. 2006.
BRAMAN, Jon; JAMES, Michael. Tornando nosso ambiente construído mais sustentável: custos, benefícios e estratégias. Washington: Island Press, 2009.
MOTTA, Silvio R. F. “Sustentabilidade e processos de projetos de edificações.” Gestão & Tecnologia de Projetos, 2009.
BURKE, Bill; KEELER, Marian. Fundamentos de projeto de edificações sustentáveis. Porto Alegre: Bookman, 2010.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense