Bom dia • 21/11/2024
A Festa do Milho do município de Paripranga (BA) idealizada na cidade pelo prefeito Justino Neto se consagra na Região como símbolo de desenvolvimento econômico sustentável e de integração entre agricultura, comércio, educação e cultura. Dessa maneira, ela vai além das comemorações pela colheita e grandes riquezas produzidas no campo.
Ontem, quem esteve na cidade para assistir ao desfile da escolha da Rainha do Milho teve a oportunidade de vivenciar, além do brilho das candidatas, outras simbologias de grande importância que o evento carrega: a certeza de que o milho é mais do que um simples produto agrícola. Ele é uma verdadeira chave para a cadeia da sustentabilidade do agricultor e do produtor rural, conectando em cascata as diversas engrenagens que movem empresas prestadoras de serviços e aquelas que comercializam produtos agrícolas. Funciona também como um motor de geração de emprego e renda para o comércio local, colabora para preservar as tradições culturais, alavanca a arte e o artesanato. E essas representações não acabam por aqui, pois a festa do milho marca, sobretudo, o papel da educação no tocante a promoção do desenvolvimento integral dos estudantes através de abordagens subjetivas ao tema que abrange tanto alunas quanto alunos, bem como participação direta dos professores e escolas públicas.
A simples eleição de uma jovem para representar a festa constitui uma verdadeira oportunidade de inclusão, valorização e empoderamento da mulher desde logo cedo. As candidatas, todas oriundas de escolas públicas, não só tiveram a chance de representar a cultura local, mas também de expressar a importância da educação em suas vidas. Para muitas delas, participar do desfile é uma forma singular de reconhecimento do esforço estudantil, das suas raízes, do papel fundamental que desempenham na preservação e continuidade das tradições, bem como de reflexão de força, de encorajamento, de participação social e de esperanças de ascensão profissionalmente e de melhorar suas próprias condições de vida e de seus familiares.
A ornamentação da Festa do Milho também é uma das características marcantes do evento. Cada cantinho do local é decorado com produtos do milho, como espigas e palhas. O trabalho artístico e cultural realizado com a palha de milho, material aparentemente simples, transforma-se em elemento central na decoração do evento e em obras de arte – peças únicas que misturam estética, criatividade e muita riqueza artesanal.
Assim, a festa do milho é um reflexo de como a tradição pode ser preservada e, ao mesmo tempo, renovada por meio do envolvimento da comunidade e da criatividade. Ao valorizar a história local, o milho e seus derivados, a festa se torna um símbolo de resistência e celebração da identidade cultural, além de contribuir para o fortalecimento da economia da região e o reconhecimento da importância do homem do campo, do comércio local, da juventude, das escolas, dos professores e do poder público no processo de formação de cidadãos conscientes e engajados com a sua cultura e o desenvolvimento do seu município.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense