Bom dia • 21/11/2024
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,24%, quarto mês consecutivo no campo positivo. Em setembro, a variação havia sido de 0,26%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%, abaixo dos 5,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a variação havia sido de 0,59%.
Período | Taxa |
---|---|
Outubro de 2023 | 0,24% |
Setembro de 2023 | 0,26% |
Outubro de 2022 | 0,59% |
Acumulado no ano | 3,75% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,82% |
Os preços de oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. Transportes (0,35%) e Alimentação e bebidas (0,31%) contribuíram com 0,07 p.p. cada para o índice geral. O grupo Comunicação (-0,19% e -0,01 p.p.) foi o único em queda. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Habitação e o 0,46% de Artigos de residência.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,26 | 0,24 | 0,26 | 0,24 |
Alimentação e bebidas | -0,71 | 0,31 | -0,15 | 0,07 |
Habitação | 0,47 | 0,02 | 0,07 | 0,00 |
Artigos de residência | -0,58 | 0,46 | -0,02 | 0,02 |
Vestuário | 0,38 | 0,45 | 0,02 | 0,02 |
Transportes | 1,40 | 0,35 | 0,29 | 0,07 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,04 | 0,32 | 0,01 | 0,04 |
Despesas pessoais | 0,45 | 0,27 | 0,05 | 0,03 |
Educação | 0,05 | 0,05 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,11 | -0,19 | -0,01 | -0,01 |
No grupo Alimentação e bebidas (0,31%), a alimentação no domicílio subiu 0,27% em outubro, após quatro quedas consecutivas. Destacam-se as altas da batata-inglesa (11,23%), cebola (8,46%), frutas (3,06%), arroz (2,99%) e das carnes (0,53%). No lado das quedas, foram destaques o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).
A alimentação fora do domicílio (0,42%) acelerou em relação ao mês anterior (0,12%). As altas da refeição (0,48%) do lanche (0,19%) foram mais intensas do que em setembro (0,13% e 0,09%, respectivamente).
No grupo dos Transportes (0,35%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da passagem aérea (23,70%), subitem com a maior contribuição individual (0,14 p.p.) no índice do mês. Em relação aos combustíveis (-1,39%), somente o óleo diesel (0,33%) apresentou alta. A gasolina (-1,53%), o gás veicular (-1,23%) e o etanol (-0,96%) caíram de preço.
Ainda em Transportes, a alta do táxi (1,42%) decorre dos reajustes de 20,84% aplicado em Porto Alegre (14,34%), a partir de 09 de outubro, e de 6,67% aplicado em São Paulo (0,61%), a partir de 28 de outubro.
No grupo Habitação (0,02%), a alta da taxa de água e esgoto (0,37%) foi influenciada pelos reajustes de 6,75% em Salvador (6,75%), a partir de 25 de setembro e que não havia sido incorporado no IPCA de setembro; e de 14,43% em Fortaleza (0,90%), a partir de 29 de outubro. Por sua vez, a energia elétrica residencial (-0,58%) teve queda de preços, apesar dos reajustes em três áreas de abrangência: em Goiânia (5,28%) reajuste de 5,91% a partir de 22 de outubro; em Brasília (4,34%), de 9,65% a partir de 22 de outubro; e São Paulo (-2,41%), de 6,79% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 23 de outubro.
Quanto aos índices regionais, quatro áreas apresentaram variações negativas em outubro. O menor resultado em São Luís (-0,23%), influenciado pela queda de 3,94% na gasolina. Já a maior variação foi em Goiânia (0,80%), influenciada pela alta da energia elétrica residencial (5,28%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,17 | -0,11 | 0,80 | 3,05 | 4,60 |
Brasília | 4,06 | 0,29 | 0,62 | 4,27 | 5,87 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,25 | 0,45 | 3,94 | 5,24 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,18 | 0,38 | 3,04 | 3,74 |
Rio Branco | 0,51 | 0,46 | 0,30 | 3,65 | 5,14 |
Salvador | 5,99 | 0,05 | 0,29 | 3,79 | 4,46 |
Campo Grande | 1,57 | 0,46 | 0,28 | 3,83 | 4,50 |
São Paulo | 32,28 | 0,38 | 0,23 | 3,96 | 5,03 |
Vitória | 1,86 | 0,42 | 0,18 | 4,08 | 4,85 |
Curitiba | 8,09 | 0,22 | 0,17 | 3,94 | 4,97 |
Aracaju | 1,03 | 0,08 | 0,10 | 4,05 | 4,86 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,18 | 0,04 | 3,83 | 4,85 |
Belém | 3,94 | 0,44 | -0,06 | 3,92 | 5,11 |
Fortaleza | 3,23 | 0,13 | -0,06 | 3,69 | 4,61 |
Recife | 3,92 | 0,05 | -0,09 | 3,26 | 4,57 |
São Luís | 1,62 | 0,50 | -0,23 | 1,66 | 3,05 |
Brasil | 100,00 | 0,26 | 0,24 | 3,75 | 4,82 |
INPC tem alta de 0,12% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC foi de 0,12% em outubro, variação próxima à do mês anterior (0,11%). No ano, o INPC acumula alta de 3,04% e, nos últimos 12 meses, de 4,14%, abaixo dos 4,51% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2022, a taxa foi de 0,47%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,23% em outubro, após a queda de 0,74% em setembro. Nos produtos não alimentícios, houve alta de 0,09%, abaixo do resultado de setembro (0,38%).
Sete áreas tiveram queda de preços em outubro. Os menores resultados foram em Porto Alegre, Recife e São Luís (-0,16%, nas três áreas), influenciados pela queda da gasolina (-3,59%, -3,55% e -3,94%, respectivamente). Já o maior resultado foi em Goiânia (0,86%), influenciado pela alta da energia elétrica residencial (5,53%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Goiânia | 4,43 | -0,28 | 0,86 | 2,52 | 4,27 |
Brasília | 1,97 | 0,22 | 0,45 | 3,07 | 4,91 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,14 | 0,36 | 3,39 | 4,91 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,06 | 0,35 | 2,26 | 2,83 |
Salvador | 7,92 | -0,02 | 0,24 | 3,17 | 3,98 |
Campo Grande | 1,73 | 0,31 | 0,20 | 3,39 | 3,93 |
Rio Branco | 0,72 | 0,53 | 0,19 | 3,80 | 5,38 |
Curitiba | 7,37 | 0,13 | 0,09 | 3,81 | 4,82 |
São Paulo | 24,60 | 0,13 | 0,06 | 2,78 | 3,87 |
Vitória | 1,91 | 0,15 | -0,01 | 3,11 | 3,88 |
Aracaju | 1,29 | -0,11 | -0,06 | 3,53 | 4,18 |
Fortaleza | 5,16 | 0,08 | -0,08 | 3,66 | 4,72 |
Belém | 6,95 | 0,46 | -0,11 | 4,33 | 5,48 |
Porto Alegre | 7,15 | -0,02 | -0,16 | 3,02 | 4,13 |
Recife | 5,60 | -0,08 | -0,16 | 2,55 | 3,81 |
São Luís | 3,47 | 0,43 | -0,16 | 1,62 | 2,97 |
Brasil | 100,00 | 0,11 | 0,12 | 3,04 | 4,14 |
Para o cálculo dos índices, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 30 de outubro de 2023 (referência) com os preços vigentes de 30 de agosto a 28 de setembro de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense