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12 de novembro de 2023 às 08:41
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Nova diretriz para prática odontológica no SUS prevê mais precisão no diagnóstico do câncer de boca

Além de avaliação apurada, com base no histórico do paciente, os profissionais devem realizar exames tátil-visuais convencionais extras e intra-orais

A partir de agora, o diagnóstico do câncer de boca vai ganhar mais celeridade e maior precisão no Sistema Único de Saúde com a Diretriz Clínica para a Prática Odontológica na Atenção Primária à Saúde: Condutas para Diagnóstico das desordens orais potencialmente malignas e do câncer de boca. A nova sistemática foi divulgada pelo Ministério da Saúde no dia 7 de outubro, marcado pelo Dia D de Prevenção do Câncer de Boca. Já estão disponíveis online as versões estendida e resumida.

A Diretriz Clínica prevê que os profissionais de saúde devem obter, via anamnese (técnica que com a ajuda do profissional de saúde o paciente lembra situações e fatos que podem estar relacionados com a doença), um histórico médico, social e odontológico atualizado. Além disso, o profissional deve realizar exame tátil-visual convencional extra e intra-oral em todos os indivíduos adultos em visitas iniciais de rotina ou de urgência.

As orientações são destinadas aos cirurgiões-dentistas da Atenção Primária à Saúde. Contudo, cirurgiões-dentistas de outros pontos da Rede de Atenção à Saúde Bucal, técnicos e auxiliares em saúde bucal, técnicos e auxiliares em prótese dentária, coordenadores de saúde bucal, formuladores e gestores de políticas públicas também podem utilizar a nova conduta em seus diagnósticos.

Se no diagnóstico não for detectada nenhuma lesão ou sintoma clinicamente evidente, não há necessidade de qualquer outra ação adicional. Nesse caso, um período de manutenção deve ser estabelecido com base nos hábitos e fatores de risco do usuário. Se o paciente apresentar uma lesão inócua clinicamente evidente, mesmo sem suspeita de malignidade, deverá ser feito acompanhamento periódico do indivíduo, para determinar a necessidade de avaliação posterior. Se necessário, poderá ser feita uma biopsia ou o encaminhamento para os serviços de referência.

“A diretriz oferece mais uma qualificação, que, junto ao nosso programa de educação permanente, nos permite conseguir um grande avanço com relação ao tratamento oferecido para as pessoas e construir efetivamente a linha de cuidado do câncer de boca. Com essas iniciativas, esperamos sensibilizar gestores e fortalecer coordenadores estaduais de saúde bucal”, esclarece Doralice Severo da Cruz, coordenadora-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde.  

Histórico

Em 2020, foram diagnosticados em todo o mundo 377.713 casos de câncer de cabeça e pescoço, com 177.757 mortes, representando o 16º conjunto de neoplasias malignas mais comuns, e a 15ª principal causa de morte em todo o mundo. São fatores de risco do câncer de boca o tabagismo, etilismo, potencial risco ao HPV e exposição solar. Sobre os mecanismos de proteção destacam-se o uso de filtro solar e de chapéu que recubra o rosto dos raios solares e proteção durante ato sexual.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de boca é o quinto mais diagnosticado em homens, embora também ocorra em mulheres. Frequentemente é detectado quando já está muito avançado, o que reduz as chances de cura. Nesse sentido, o evento do “Dia D” ocorreu de forma presencial na sede do ministério e de forma simultânea em diversos estados do país, demonstrando a mobilização em torno do tema, com o intuito de qualificar e ampliar o conhecimento ao maior número possível de profissionais de saúde bucal.

Ministério da Saúde


Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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