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17 de março de 2022 às 16:27
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Resultados do teste nacional mostram que IBGE está preparado para o início do Censo em agosto

Cerca de 250 recenseadores visitaram as localidades entre novembro e fevereiro – Foto: Acervo IBGE

O IBGE divulga hoje (17) os resultados do Teste Nacional do Censo Demográfico, realizado de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, em 27 localidades dos 26 estados e do Distrito Federal, em que foram avaliados equipamentos, sistemas de coleta, questionários, processo de capacitação de pessoal, captura das coordenadas de GPS e a abordagem mista de coleta em contextos regionais.

É a primeira vez que o IBGE organiza um teste para o Censo de proporção nacional, para verificar a necessidade de melhorias técnicas e metodológicas a serem implementadas na operação, e divulga seus resultados em caráter experimental. O teste também deu início à estratégia de mobilização da sociedade para responder ao Censo, que visitará os mais de 70 milhões de domicílios brasileiros a partir de 1º de agosto.

“Selecionamos localidades visando aperfeiçoar os processos de coleta, levando em conta as diferentes características regionais do nosso país. Essa operação preparatória só foi possível graças ao engajamento do IBGE e de uma grande rede de parceiros, que envolveu governos locais, entidades públicas, privadas e da sociedade civil, em torno de uma só causa: realizar o censo brasileiro. E, claro, dos moradores que abriram as portas para o IBGE”, agradeceu o presidente do Instituto, Eduardo Rios Neto.

Modalidade de resposta presencial foi a opção de 98,1% dos entrevistados

Nas 27 localidades selecionadas para o teste, 111.184 pessoas foram recenseadas. Desse total, 57.514 mulheres (51,7%) e 53.670 homens (48,3%). A população idosa, de 60 anos ou mais, foi de 18.575 pessoas (16,7%). Os 250 recenseadores visitaram 59.535 endereços, sendo que 39.477 eram domicílios particulares permanentemente ocupados.

Das 38.371 entrevistas realizadas, 98,1% foram na modalidade presencial, 1,3% pela internet e 0,6% por telefone. A operação teve sucesso visto que em apenas 2,8% do total de domicílios não foi possível realizar a entrevista com os moradores, seja por dificuldades em encontrá-los ou por recusas. Em todas as localidades dos testes foram aplicados o questionário básico (26 perguntas) e o da amostra (77 perguntas).

O IBGE não mediu esforços nem distâncias para realizar os testes. Selecionou desde bairros de capitais – como Minas Brasil, em Belo Horizonte (MG), e Tucumã, em Rio Branco (AC) – a localidades distantes dos grandes núcleos urbanos – como a comunidade ribeirinha de Novo Remanso, a 200 km de Manaus (AM), o Centro de Bacabal, a 248 km de São Luís (MA), o município de Jardim Olinda, distante 552 km de Curitiba (PA) ou a cidade de Tigrinhos, a nove horas de carro de Florianópolis (SC).

Nove municípios foram totalmente recenseados. Em dois deles, a população diminuiu em relação ao Censo 2010 – Engenheiro Paulo de Frontin (RJ), reduzindo de 13.237 para 12.304 habitantes, e Jardim Olinda (PR), de 1.409 para 1.391 moradores.

Nos demais, a população aumentou no período: Lajeado (TO) crescendo de 2.773 para 3.289 habitantes; Lagoinha do Piauí (PI), de 2.656 para 2.892; Passagem (RN), de 2.895 para 3.099; Capim (PB), de 5.601 para 6.520; Coqueiro Seco (AL), de 5.526 para 5.627; Tigrinhos (SC), de 1.757 para 2.322; e Damolândia (GO) de 2.747 para 2.836.

Os dados mostram também que havia mais homens do que mulheres em oito localidades, nos distritos de Sucuri, em Cuiabá (MT); Macujê, em Aliança (PE); Ema, em Pindoretama (CE); a localidade de Novo Remanso, em Itacoatiara (AM) e os municípios de Tigrinhos (SC), Jardim Olinda (PR), Lagoinha do Piauí (PI) e Lajeado (TO).

O bairro de Amaralina, em Salvador, teve o maior percentual de mulheres (56,3%) e de idosos (26,0%) entre as localidades recenseadas. Já na localidade de Samambaia, em Brasília, apenas 7,2% da população tinha 60 anos ou mais.

A localidade de Bacabal (MA) teve o maior percentual de entrevistas realizadas pela internet (5,2%) na comparação com as demais localidades. No bairro Vila (Ilha dos Mosqueiro), em Belém, 5,1% também responderam ao IBGE pela internet.

Na localidade de Minas Brasil, em Belo Horizonte (MG), verificou-se a maior taxa de entrevistas por telefone 7,5%. Já na localidade de Novo Remanso, em Itacoatiara (AM), no distrito de Macujê, em Aliança (PE), e nos municípios de Passagem (RN), Jardim Olinda (PR) e Tigrinhos (SC) todas as entrevistas foram realizadas presencialmente.

No Rio de Janeiro, houve testes em terras indígenas e territórios quilombolas

No estado do Rio de Janeiro, além de Paulo de Frontin, o IBGE realizou testes em aglomerados subnormais (favelas) e domicílios improvisados (prédios em construção e barracas) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em terras indígenas e territórios quilombolas de Angra dos Reis e Paraty, no Sul do estado. Os dados dessas localidades, porém, não serão divulgados porque essas comunidades não foram exaustivamente recenseadas. Isso vai acontecer na coleta oficial do Censo.

“Foi a primeira vez que realizamos um teste para o Censo dessa magnitude, em todas as unidades da federação. Além de testar a operação em campo, o grande objetivo foi mostrar à população os benefícios do Censo e ainda gerar mobilização e dar visibilidade à operação. Isso foi feito com muito sucesso, graças a apoios e parcerias que merecem nosso profundo agradecimento”, afirma o diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Segundo o diretor de Pesquisas, o teste foi um esforço em busca de qualidade e aperfeiçoamento, sobretudo em relação ao processo de ambientação e capacitação dos coordenadores estratégicos do Censo. “Seguimos recomendações internacionais para realização do Censo e que a função essencial da operação é contar todo mundo em um mesmo período. Por isso, vamos voltar a essas localidades, em agosto, para recenseá-las novamente”, acrescenta.

O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, enfatizou os objetivos do teste em seu lançamento

“Realmente, o teste cumpriu seus principais objetivos, que foram mobilizar as equipes do IBGE nas unidades estaduais e testar os equipamentos e sistemas do Censo. Também verificamos a modalidade mista de coleta e os protocolos sanitários contra a Covid-19. Além disso, buscamos disseminar informações sobre a operação e sensibilizar a sociedade para que responda o Censo”, disse o responsável pelo projeto técnico do Censo Demográfico, Luciano Duarte.

Teste gerou mapas com coordenadas dos domicílios

Além desses dados populacionais, o IBGE disponibilizou mapas, que registraram, pela primeira vez em um teste para o Censo Demográfico, as coordenadas de todos os domicílios visitados.

“Os mapas das localidades pesquisadas mostram, de forma clara e objetiva, através dos pontos amarelos, que os recenseadores estiveram em todos os endereços dos setores testados. E revelam também um dos muitos compromissos do IBGE: o cuidado no acompanhamento da operação censitária, da evolução do trabalho dos recenseadores de porta em porta, endereço por endereço”, explica o diretor de Geociências do IBGE, Claudio Stenner.

Censo 2022 coletará pela primeira vez coordenadas dos domicílios rurais e urbanos.

IBGE visitará mais de 70 milhões de domicílios no país a partir de agosto

Em 1º de agosto, a coleta do Censo Demográfico começa em todo o país, mobilizando mais de 200 mil pessoas. Os recenseadores do IBGE vão visitar mais de 70 milhões de domicílios, incluindo os já recenseados durante o teste nacional, para retratar quantos somos e como vivemos.

O teste nacional incluiu todas as etapas do Censo, desde o treinamento dos recenseadores, montagem do posto de coleta, pesquisa do entorno, modelo misto de coleta, mobilização dos moradores e comunicação. Nos dias anteriores à coleta, foi feita a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que coleta informações sobre a infraestrutura urbana, como a existência de calçamento, iluminação pública, rampas para cadeirantes e existência de arborização. Após o recenseamento, houve a fase de supervisão e, depois, a Pesquisa de Pós-Enumeração, que avaliou a cobertura e a qualidade da coleta de dados do estudo censitário.

Para garantir a segurança dos recenseadores e dos moradores durante os testes, as equipes do IBGE trabalharam seguindo protocolos sanitários de segurança contra a Covid-19, com o uso de máscara, higienização das mãos e equipamentos com álcool em gel e distanciamento social.

Os recenseadores sempre trabalham uniformizados, com boné e colete azuis com a logomarca do IBGE. No colete, há também o crachá de identificação, contendo a foto e os números de matrícula e identidade do entrevistador. Eles utilizam um Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), semelhante a um smartphone, com uma capa de cor azul, para coleta das informações. Os moradores podem verificar a identidade de todos os entrevistadores através do site respondendo.ibge.gov.br ou do telefone 0800 721 8181.

No dia 1º de agosto o IBGE vai colocar em campo cerca de 180 mil recenseadores devidamente capacitados e uniformizados, dando início a fase de coleta das informações da maior operação censitária da América Latina e uma das maiores do mundo. O Censo será realizado nos meses de agosto a outubro com divulgação dos primeiros resultados prevista para dezembro.

O apoio da sociedade na realização do Censo do Brasil é fundamental para sucesso da operação. Como ocorre em todas as pesquisas do IBGE, as informações prestadas pelos moradores aos recenseadores são confidenciais e o sigilo é garantido.

Fonte: agenciadenoticias.ibge.gov.br

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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