Bom dia • 21/11/2024
Autor: Max Andrade Souza
A seca e a falta de alimento bem como a falta de assistência técnica no campo e as questões sanitárias e nutricionais são os fatores que influenciam diretamente na criação, causando grandes prejuízos econômicos, e perdas nos rebanho.
A seca e a falta de alimento, são problemas constantes no semi-árido, porém os produtores são cientes de que os fatores climáticos existem ano após ano, e que trazem dificuldades para a criação. A falta de assistência técnica no campo é um fator que existe há um bom tempo, onde nem todos os produtores são beneficiados com programas de extensão, o que deixa eles de mão atadas em relação a algumas situações, nas quais eles não conseguem resolver.
Com a falta do médico veterinário e do extensionista para orientar os cidadãos, é de certa lógica que os manejos sanitários e nutricionais nem sempre vão ser feitos de maneira correta, o que influencia diretamente na criação e produtividade dos animais, uma vez que esses procedimentos feitos de forma inadequada podem prejudicar o pecuarista e os animais.
Trazendo danos visíveis à economia regional, e a saúde pública, pois as zoonoses não controladas podem se disseminar pela população.
A prática da extensão rural na assistência técnica tem beneficiado bastante os produtores rurais, que são auxiliados na criação e produção dos animais, mas em algumas regiões isso não é possível pela falta de profissionais do campo. Para Castro et al. (2005 apud ARAÚJO, 2010) consideram a “assistência como um sistema de trabalho em que a transferência ou difusão de técnicas é efetuada sem o uso de processos educativos”, e a “extensão rural” como “a difusão de conhecimentos através de processos educativos”.
Nesse sentido, Fonseca (1985 apud SCARAMELO, 2009) afirma que a Extensão Rural se apresenta como instituição educadora cuja “função primordial no interior da sociedade é transmitir mensagens que permitam a perpetuação ou a recriação de suas condições, de existência”. Scaramelo (2009) considera que esse processo educativo foi baseado na ideia de elevar os conhecimentos dos agricultores, gerando a adoção de novos hábitos e atitudes.
É perceptível que a prática da extensão beneficia os produtores, transmitindo-lhes conhecimentos, e visando aumentos da produtividade. A extensão rural, tem como objetivo ser um projeto educativo de ação, no qual desenvolve cursos, palestras e cursos, a fim de conscientizar, e mobilizar as pessoas sobre o cooperativismo, para que estas possam trabalhar juntas em comunidade, uma ajudando a outra.
Para uma ação de extensão, o extensionista tem que observar alguns detalhes tais como clima, solo, metas, e a situação atual do local. Também faz-se necessário que a ação seja de uma forma individualizada, preocupando-se com a resolução dos problemas relacionados a produtividade agropecuária.
Por muitas vezes a extensão era orientada por uma prática de mudança social, visando à inserção da tecnologia no campo dentre outros objetivos. (LELIS; COELHO; DIAS, 2012)
É evidente que os extensionistas tem o desejo da melhoria não é algo vazio, pois quando se trabalha com produção, seja ela animal ou agrícola, envolve outras esferas, o sócio-ambientais, politico-culturais, o uni9verso interior, tanto dos extensionistas quanto dos agricultores envolvidos, visto que seu trabalho de orientação compõe um cenário pouco complexo. (LELIS; COELHO; DIAS, 2012)
No que diz respeito a seca e a falta de alimento é um fator existente desde muito tempo atrás, porém as pessoas não tem a cultura de se programarem para esse período que acontece todo ano. Se os produtores armazenarem comida, plantar para estocar, as coisas mudam o sentido e a situação de forma simples e prática.
A prática do manejo nutricional e sanitário é de suma importância para uma boa criação e produção, são dois fatores que podem definir a produtividade, tanto pela questão sanitária se os animais tiverem com boas condições de saúde, tanto na questão nutricional se estiverem bem nutridos se alimentando adequadamente terão boa produtividade.
De acordo com os problemas analisados no caso, a melhor solução para os problemas é a criação de cursos relacionados ao campo, principalmente o da medicina veterinária, uma vez que este pode atuar na extensão, e prestar os devidos serviços no acompanhamento da produção, visando as melhorias do rebanho, no controle sanitário das doenças e acompanhando a nutrição dos animais para que estes possam estar nutridos para produzirem bem.
No aspecto seca e falta de alimento, o ideal é que o extensionista preste a devida assistência técnica ao produtor, e oriente o mesmo como agir em determinadas situações.
ARAÚJO, Helciane de Fátima Abreu. Estado/movimentos sociais no campo: a trama da construção conjunta de uma política pública no Maranhão. 2010. Tese (Doutorado).Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2010.
SCARAMELO, Reinaldo Marcos. Estudo exploratório do serviço de assessoria técnica, social e ambiental à reforma agrária-(ates) em minas gerais. 2009. Dissertação (Mês trado)– Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.
LELIS, Davi Augusto Santana de; COELHO, Franci Maria Gontijo; DIAS, Marcelo Neri. A necessidade das intervenções: Extensão Rural como Serviço ou como direito?. Interações, Campo Grande, v.13, n.1, p.69-80, jan-jun. 2012.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense