Bom dia • 03/12/2024
Esta semana a Lei Maria de Penha, que enquadra agressores de mulheres no Brasil, completou 10 anos e a Frente Parlamentar em Defesa das Mulheres da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada Goretti Reis, fará, na manhã de hoje, quinta-feira, 11 de agosto, uma sessão especial para comemorar esta data marcante e chamar a atenção para alguns marcos e indicativos dela.
No bojo da programação, serão homenageadas mulheres que se depararam com o drama da violência, seja sofrendo na própria carne os efeitos ou enfrentando e combatendo a partir de uma ação pessoal e institucional em organismos sociais. Uma destas pessoas é a defensora pública Richesmy (lê-se Rítime) Libório Santa Rosa, uma aracajuana que tem um histórico de 12 anos de combate à violência contra as mulheres.
A defensora pública Richesmy Libório Santa Rosa foi indicada pelo deputado estadual Luciano Pimentel, PSB, que destaca o importante papel dela nesta esfera. “A doutora Richesmy Libório Santa Rosa é uma advogada de profunda sensibilidade e com um currículo vastíssimo em defesa das mulheres através do Núcleo Especializado de Promoção e de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública de Sergipe. Ela é sub-corregedora da Defensoria Pública de Sergipe”, diz o parlamentar.
Casada, mãe de um filho, Richesmy Libório Santa Rosa tem 19 anos de atividades jurídicas e 12 de Defensoria Pública, inclusive com ações propositivas fora de Sergipe. De 2004 a 2007, ela foi defensora pública em Teresina, no Piauí, onde ajudou a fundar o Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência da Defensoria Pública daquele Estado. “Mas a saudade de casa fez com que a doutora encontrasse o caminho de volta ao seu Sergipe querido”, diz.
Richesmy Libório Santa Rosa é titular da Defensoria Pública de São Cristóvão e responde hoje pela Sub-Corregedoria da Defensoria Pública de Sergipe. Segundo Richesmy Libório Santa Rosa, a violência contra a mulher se manifesta de várias facetas no seio da família. Ela chama a atenção, por exemplo, para o fato de que não é só de companheiros contra companheiras. De marido contra esposas. “Acontece, também, de pais contra filhas, de irmãos contra irmãs e até de companheiras contra companheiras nas relações homoafetivas. A sociedade precisa prestar mais atenção a um tipo de violência que às vezes passa subliminarmente, que é a violência psicológica”, diz ela.
De acordo com Richesmy Libório Santa Rosa, a psicológica é um tipo de violência que induz a desarmonias sociais, propiciando sequelas trágicas, como a destruição da estima delas e o abalo da saúde. A defensora defende que os Governos deveriam ter um foco de informação e publicidade intenso sobre esta condição. “É preciso que pensemos no homem agressor, de modo preventivo”, diz ela. O deputado Luciano Pimentel concorda com ela. “E creio que esta sessão especial da Frente Parlamentar em Defesa das Mulheres da Assembleia Legislativa presta um ótimo serviço a esta causa. Este é um tema grave e sobre o qual nunca deveremos baixar a guarda”, afirma o parlamentar.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense