Bom dia • 23/11/2024
Ideia é qualificar o atendimento ofertado aos alunos que, em sua maioria, possuem deficiências intelectuais e físicas severas
Na manhã desta terça-feira, 13, profissionais das Secretarias de Estado da Casa Civil, Saúde, Educação e Inclusão Social (Seidh) estiveram reunidos com professores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) na sede da Escola Estadual de Educação Especial João Cardoso, localizada em Aracaju, para avançarem na construção do projeto piloto que atenderá a unidade de ensino.
A ideia é somar esforços e qualificar o atendimento ofertado aos alunos que, em sua maioria, possuem deficiências intelectuais e físicas severas. “Estamos trabalhando na construção de uma linguagem comum entre as políticas públicas executadas pelo Governo de Sergipe e pela Universidade Federal de Sergipe para que possamos chegar cada vez mais na ponta e atender a quem mais precisa. Iniciamos dando um suporte aos profissionais da Escola João Cardoso que, muitas vezes, possuem o conhecimento pedagógico, mas precisam de apoio nas áreas relacionadas à saúde. Para mim, este é um momento único. Nos aproximamos da Universidade e estamos desenhando ações operacionais que serão executadas de modo bastante qualificado”, destacou a assessora especial do Governo, Eliane Aquino.
Esse foi o segundo momento em que o grupo se reuniu com os profissionais que atuam na Escola. O intuito é propiciar condições para que o modelo de trabalho seja construído coletivamente, mas levando em consideração as peculiaridades da unidade de ensino.
“A intenção é ouvir todos os profissionais que atuam na escola João Cardoso para que, com base nessas informações, possamos propor a construção de um modelo de atenção biopsicossocial , que envolva não só as deficiências físicas das crianças, mas também sua participação social, as dificuldades das famílias, dos professores e dos cuidadores, porque tudo isso afeta diretamente o desenvolvimento da criança”, explicou o coordenador do Departamento de Fisioterapia da UFS, Jader Neto. Ele reforçou ainda que a ideia não é entregar um plano de ação pronto, mas elaborar um planejamento com objetivos a curto, médio e longo prazo levando em consideração a conhecimento da equipe da UFS, mas também a experiência dos professores que estão diariamente em sala de aula.
Para Alynne França, referência técnica da Rede de Cuidados às Pessoas com Deficiência da SES, essa é uma experiência única de construção de um modelo de atendimento diferenciado e que está sendo desenvolvido levando em consideração os processos que serão realizados no Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) que irá atender as deficiências física, auditiva, visual e intelectual.
“Hoje, além dessa apresentação do que iremos trazer para a escola, com o apoio da UFS, em relação à fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia e nutrição, estamos numa construção bastante positiva, pois todo o processo de discussão vem sendo trabalhado no tripé família, escola e sociedade. A parceria com a Universidade e o intercâmbio dos diversos saberes acadêmicos com o conhecimento prático dos profissionais que estão em sala de aula e em diversas secretarias vai propiciar uma experiência extra muro, de transformação e que propiciará a construção de um outro olhar em relação a esses meninos e meninas”.
Essa também é a expectativa da diretora da Escola João Cardoso, Ana Ruth Conceição. “Para nós, é um momento ímpar. Temos desenvolvido um belo trabalho, mas compreendemos que precisamos de apoio para aprofundarmos a formação da equipe e a sensibilização das famílias”.
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Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense
