Bom dia • 03/12/2024
VAQUEJADA:
Por: Eliângela Carvalho
Esporte Nordestino
A “corrida de mourão” surgiu na década de 40 e começou a se popularizar quando os vaqueiros das fazendas da Bahia, do Ceará, tornaram públicas suas habilidades e de seus cavalos na lida com o rebanho.
O gado criado solto na caatinga e no cerrado era manejado pelo sertanejo com dificuldades, devido a quantidade de espinhos e pontos de galhos secos que entrelaçavam seu caminho; os laços muitas da vezes ficavam atados as selas enquanto os vaqueiros faziam vários movimentos com o cavalo para escapar dos arranhões e derrubar, pelo rabo, o animal que estivesse precisando tomar uma bebedeira (nome dado a uma espécie de medicamento) ou outra assistência.
As montarias que eram formadas por cavalos nativos da região Nordeste foram substituídas por animais de uma linhagem melhor. E a superfície de areia com limites definidos e um regulamento ocupou o lugar do chão da terra batida e cascalho dos peões aboiadeiros, no qual atualmente são regados ao som de repentistas e bandas de forró que acabaram fazendo do indivíduo da região Nordeste um desportista nato, sem o laço e sem o gibão, mas orgulhoso de suas raízes.
Os eventos se popularizaram tanto que atualmente envolvem espírito de competições e climas de festas capazes de arrastar multidões e embriagar de emoção quem participam. Exemplos disso são as vaquejadas que ocorrem próximos ao município de Simão Dias como Lagarto (Circuito Nacional) e Pedra Mole que no último dia 14, 15 e 16 ao som de várias bandas de forró animou a festa e mais uma vez encheu o espírito dos vaqueiros sergipanos de orgulho.
O município de Simão Dias foi desbravado por um vaqueiro, por isso pode ser considerada com uma verdadeira terra de vaqueiro, no entanto, esse esporte que é um orgulho também de “quase” todos os moradores há tempo não é praticado nem festejado.
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense