Bom dia • 20/04/2024
Novo campus da Saúde será inaugurado na próxima segunda, 21, com a participação do governador Jackson Barreto
A nova sede do campus da UFS de Lagarto será inaugurada nesta segunda-feira já com a administração do hospital universitário definida. Foi assinada na tarde desta quarta-feira, 16, o contrato para a administração – pela Ebserh – do Hospital Regional de Lagarto, cedido pelo Estado, através da Secretaria de Saúde (SES), à instituição de ensino. Em junho, foi assinado Termo de Cooperação para a Federalização do Hospital Regional Monsenhor Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto, entre Governo do Estado e Universidade Federal de Sergipe.
Com a pactuação oficializada e posterior realização e homologação de concurso público, todos os futuros empregados da unidade serão celetistas, contratados pela Ebserh. Hoje, o Hospital Regional de Lagarto atende uma população de aproximadamente 250 mil habitantes, principalmente dos municípios de Lagarto, Salgado, Simão Dias, Poço Verde, Riachão do Dantas e Tobias Barreto, além de cidades da Bahia que fazem divisa com Sergipe, a exemplo de Paripiranga, Adustina, Fátima, Nova Soure e Itapicuru. A assinatura do contrato ocorreu na sede da Ebserh, e foi acompanhada também pelo reitor da UFS, Ângelo Antoniolli.
O Governo do Estado participou da implantação do campus por meio da doação do terreno, a federalização do Hospital Regional de Lagarto, entre outras ações. Um investimento estadual que supera os R$ 30 milhões.
O governador Jackson Barreto destaca que este fato é histórico não apenas para a cidade de Lagarto, mas para todo Sergipe. “É a consolidação da interiorização do ensino superior e do compromisso social do nosso governo com a saúde”, disse.
A gestão estadual contribuiu ainda com a disponibilização da sede provisória e a alocação de recursos para a construção de imóveis, obras e serviços de infraestrutura, aquisição de equipamentos. Além disso, juntamente com a Prefeitura Municipal de Lagarto, disponibiliza toda a rede de assistência em saúde vinculada ao SUS para a prática de atividades, a exemplo do Hospital Regional, duas Clínicas de Saúde da Família, a Farmácia Popular e a estrutura do Samu. Essas unidades, implantadas entre 2007 e 2010, perfizeram um investimento de R$ 23.797.306,13.
Para a sede provisória do Campus, foram investidos R$ 3.716.725,08 na reforma e adaptação do Colégio Estadual Professor Abelardo Romero, cedido pelo governo estadual. Já para as instalações permanentes do Campus de Lagarto, o Governo do Estado promoveu a doação de uma área total de 387 mil metros quadrados, com valor estimado de R$ 1.949.708,03.
O Governo do Estado também implantou e pavimentou a Avenida Marcelo Déda Chagas, acesso ao Campus Professor Antônio Garcia Filho, que está localizado ao lado da Rodovia SE-270, na saída para Aracaju. No acesso investiu-se R$ 2.835.664,03.
A sede definitiva está em uso desde o segundo semestre de 2015. Ela ocupa uma área total de 37 mil m², distribuídos em laboratórios, auditório, vivência, biotério, departamento administrativo, biblioteca e centro de simulações, com investimento total de R$ 55 milhões. O Campus Professor Antônio Garcia Filho levou ao interior da região Nordeste uma avançada estrutura para o ensino universitário, com uma proposta pedagógica inovadora para oito especialidades da área de saúde: Fonoaudilologia, Medicina, Terapia Ocupacional, Nutrição, Farmácia, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem. O número de alunos matriculados no Campus é de 1.342 discentes.
Hospital Escola
O Hospital Regional de Lagarto foi instalado em 2010 e, doado pelo governo estadual à UFS no final de 2014, transformando-se em Hospital Universitário. Ele garante cobertura assistencial a uma população de aproximadamente 250 mil habitantes da Microrregião Centro-Sul de Sergipe (Lagarto, Salgado, Simão Dias, Poço Verde, Riachão do Dantas e Tobias Barreto), bem como de municípios de outras regiões do estado, a exemplo de Estância e Boquim (Sul), São Domingos, Campo do Brito e Itabaiana (Agreste). Além disso, beneficia usuários do SUS de cidades da Bahia que fazem divisa com Sergipe, a exemplo de Paripiranga, Adustina, Fátima, Nova Soure e Itapicuru.
Para o secretário de Estado da Saúde, José Macedo Sobral, essa parceria entre o Governo e a UFS é benéfica para todos os sergipanos. “A inauguração do Campus da Saúde representa um ganho não só para os acadêmicos da UFS, mas para o povo de Lagarto e região, ganham os profissionais e, principalmente, fortalece o Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Regional de Lagarto é um dos equipamentos mais importantes da nossa rede e com a federalização concluída, será um grande exemplo de hospital-escola, permitindo a ampliação dos seus serviços e qualificando ainda mais a assistência ao povo sergipano. É um importante avanço para a Saúde do nosso Estado, visto que um dos grandes focos da UFS é ampliar o leque de especialidades ofertadas para a população”, destaca o secretário.
Criado para atender a cerca de 250 mil habitantes da microrregião, o Hospital tanto estimulou a ida de profissionais da saúde para a cidade, quanto passou a exigir a formação de nova mão-de-obra qualificada. O HRL, doado pelo governo estadual à UFS no final de 2014, está sendo transformado em Hospital Universitário. A transferência de sua gestão para a Universidade está em processo de transição.
Com a autorização de instalação do novo Campus, foram criadas novas oportunidades de trabalho, sendo realizados concursos públicos para professores e técnico-administrativos, no intuito de atender à nova demanda, até então não existente. Para o reitor da UFS, Angelo Roberto Antoniolli, a instalação do campus colaborou inclusive com a mudança na cidade e regiões circunvizinhas. “Temos conseguido inovar em diversos aspectos, integrando os nossos estudantes e pesquisadores à comunidade, modificando as relações no processo de assistência de saúde, fortalecendo a universidade enquanto agente de transformação social. Desafios existem, mas contamos com uma grande rede de parcerias para obtermos avanços e sedimentar as conquistas no interior do estado”, avalia.
Agência Sergipe de Notícias
Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense
