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9 de outubro de 2015 às 20:38
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Projeto de Valadares restringe o uso e registro de sete tipos de agrotóxicos

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O Brasil é considerado o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, com mais de um milhão de toneladas por ano, ou seja, 5,2 kg por habitante. Esse uso exagerado gera grandes malefícios, que vão desde a poluição ambiental à intoxicação dos trabalhadores e da população em geral. Relatório do Instituto Nacional de Câncer (Inca), afirma que o uso indiscriminado de agrotóxicos é um possível causador de vários tipos de câncer. Preocupado com essa situação, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) é autor do Projeto de Lei do Senado nº 541 de 2015, que restringe o uso e o registro dos agrotóxicos: glifosato, triclolfom, carbofuran, cihexatina, abamectina, fosmete e lactofen.

 

No projeto, Valadares lembra que a presença desses venenos não é observada apenas nos alimentos in natura, mas também nos produtos alimentícios processados pela indústria, como biscoitos, salgadinhos, pães, cereais matinais, lasanhas, pizzas e outros que possuem como ingredientes o trigo, o milho e a soja. “Sabemos que o controle e avaliação dos agrotóxicos no País demoram muito devido à baixa infraestrutura da agência responsável. Portanto, faz-se urgente a atualização da legislação referente ao uso de agrotóxicos”, defendeu.

 

O senador, também, alerta que vários agrotóxicos utilizados no Brasil já foram proibidos em outros países, como é o caso do glifosato, que recentemente teve seu uso proibido na Colômbia. “Além do glifosato, temos outros agrotóxicos que trazem riscos à saúde como o triclolfom, carbofuran, cihexatina, abamectina, fosmete, lactofen, a maioria já proibida em outros países”, disse.

 

Outra questão que merece destaque é o fato do Brasil ainda realizar pulverizações aéreas de agrotóxicos. Esse tipo de pulverização ocasiona dispersão destas substâncias pelo ambiente, contaminando não só a plantação, mas o solo, lençóis freáticos e áreas urbanas, além de subir para a atmosfera. “ É preciso restringir firmemente o uso de agrotóxicos no País, a fim de preservar a saúde dos trabalhadores rurais e consumidores, bem como manter nossos recursos naturais, sobretudo, flora, fauna, água e solo, para o uso sustentável desta e das futuras gerações de brasileiros”, concluiu.

 

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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