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16 de setembro de 2015 às 09:42
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José Sobral faz balanço da saúde de Sergipe e explica problemas com radioterapia no HUSE

Atendendo a pedido da Assembleia Legislativa de Sergipe, o secretário José Sobral apresentou o balanço da Secretaria Estadual de Saúde, referente ao primeiro quadrimestre de 2015. A audiência ocorreu na sala das comissões da casa, na manhã dessa terça-feira (15) e foi presidida pela presidente da Comissão de Saúde da Alese, a deputada estadual Silvia Fonte (PDT).

Dentre os pontos abordados, os questionamentos mais contundentes foram a respeito do equipamento de radioterapia do Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE); sobre a Fundação Hospitalar de Saúde, Hospital do Câncer e sobre os investimento no setor da saúde, dentro da crise financeira do Brasil.

Oncologia:

Um dos problemas mais sérios envolvendo o setor oncológico de Sergipe, é a constante quebra do equipamento de raidoterapia do HUSE. “O aparelho de radioterapida 3D, que existe em Sergipe, foi instalado aqui antes do ano 2000 (meados dos anos 98/99) e foi doado pelo INCA. São 16 anos ininterruptos de uso dessa máquina e mesmo assim nós, conseguimos aumentar a sua capacidade, fazíamos 15 atendimentos/dia, agora fazemos, em média, 80/dia. É lógico que quando o aparelho é sobrecarregado em três turnos de trabalho, a probabilidade de ter problemas, é muito grande”, explicou José Sobral.

Ainda segundo o secretário, existem dois setores que dão problema constantemente na radioterapia. “Um deles é a peça de resfriamento (chiller) que nós já temos um estrutura de suporte aqui no Estado, o que nos possibilita o conserto de forma quase imediata. O outro é o próprio aparelho da radio, que é importado da marca Siemens. Quando essa maquina quebra, nós precisamos abrir um chamado para pedir um técnico em outro estado, esperar que ele venha, fazer o orçamento, autorizar a ordem de serviço e ai sim esperar que ele seja consertado. Para esse equipamento que deu problema agora, nós abrimos o chamado no mesmo dia, o técnico chegou no dia seguinte, apresentou o orçamento de 47 mil reais, nós entregamos hoje a ordem de serviço e ele nos disse que, como a peça existe no Brasil, o conserto está previsto até sexta-feira. É o que ta no contrato, nós vamos autorizar e esperar que eles cumpram o acordado”, afirmou.

Questionado sobre o motivo de ainda não existir outro aparelho para o devido tratamento, Sobral afirmou que a secretaria já conseguiu a aquisição de uma nova máquina. “Nós conseguimos, junto ao Ministério da Saúde, a contratação de mais um aparelho, o projeto e o licenciamento ambiental já foram aprovados, estamos aguardando que o Ministério homologue esse pedido e mande a firma vir implantar; o prazo dado foi de dez meses. Quero deixar claro que não é um equipamento de fácil instalação, por se tratar de um acelerador nuclear, exige licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear, além de precisar ser transportado numa área que não circulem muitos veículos, já que contém chumbo em sua composição”.

Fundação Hospitalar de Saúde:

Outro ponto debatido na audiência, foi a possível extinção da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). “A justiça federal entende que o serviço público de saúde só pode ser prestado por administração direta. Nem instituição filantrópica, nem empresa e nem fundações privadas, podem prestar esse serviço. Então foi feito um pedido de não contratação da FHS, o que não significa extinguir. O posicionamento que nós mantemos é que, a relação da Fundação e do serviço de emergência do Estado, é intrínseca. Não podemos simplesmente desligar esse serviço hoje, porque assim estaríamos desassistindo a população; são 1220 leitos, 49 mil atendimentos/mês, então isso é inviável”, pontuou Zezinho Sobral.

Hospital do Câncer e investimentos na saúde:

Perguntado sobre a polêmica do atraso nas obras do Hospital do Câncer, o secretário respondeu que esse edital cabe a Secretaria de Infraestrutura. “O que nós temos conhecimento é que, quando foi lançado o edital, houve algumas cláusulas que precisaram ser refeitas e agora que já foram consertadas, as obras poderão ser retomadas. Mas eu gostaria de ressaltar que essa é uma obra muito complexa, orçada em 80 milhões de reais e nós só dispomos de 30 milhões, até o momento”.

Mesmo na atual crise econômica que o Brasil enfrenta, José Sobral se disse esperançoso em investimentos para a saúde de Sergipe. “Nós temos duas linhas de investimentos objetivos na saúde de Sergipe. O primeiro, é o Proinvest, que nos possibilitou a instalação de 40 camas elétricas novas na UTI do HUSE; fizemos a mesma coisa em itabaiana, levando equipamentos de ponta para lá. Nós assinamos ontem a aquisição de mais um tomógrafo, para podermos aumentar a nossa margem de segurança em relação a equipamentos. Além disso nós estamos tramitando um projeto, aprovado por essa casa, que é o ProRedes, que implica na construção de cinco centros de especialidade, em todo o Estado; na ampliação de algumas áreas de hospitais, entre outras melhorias. Há uma linha de investimentos planejada, com recursos identificados, alguns já captados e o maior de todos que é o ProRedes, ainda em fase de contratação, junto a Secretaria do Tesouro Nacional, no governo federal”.

Finalizando a audiência, a deputada Silvia Fontes, presidente da Comissão de Saúde da Alese, agradeceu a presença do secretário e disse que “a demanda da saúde é muito grande e por mais que façamos investimos, sempre vai ser preciso fazer muito mais”.

Fonte: Agência Alese de Notícias

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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