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16 de junho de 2015 às 08:29
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PSB e Valadares Filho devem apresentar projeto alternativo para Aracaju

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“O PSB/SE e Valadares Filho devem manter o compromisso de apresentar um projeto alternativo para Aracaju em 2016”. A defesa foi feita pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB), presidente de honra do partido, na manhã desta segunda-feira, 15/06, em entrevista ao radialista George Magalhães, durante o programa “A hora da Verdade”, na 103 FM.

Valadares também falou sobre projetos de sua autoria em tramitação no Senado Federal; a votação da reforma política; a perspectiva de alianças políticas para os próximos pleitos eleitorais em Sergipe e sobre a relação institucional dele  e do PSB/SE com o governador Jackson Barreto (PMDB).

Aracaju – “Valadares Filho, na condição de presidente do PSB, integrando um bloco de oposição tem o direito de fazer as críticas que ele acha necessárias em relação à Aracaju, uma vez que ele disputou a prefeitura, contra o prefeito João Alves”, lembrou, acrescentando que, enquanto Valadares Filho sofria a crítica da falta de experiência administrativa,  João já se apresentava como “um senhor experiente”, já tendo sido governador do Estado por três mandatos e exercido o cargo de Ministro de Estado. “Durante a campanha, João criou a expectativa de que faria uma administração revolucionária”.

O senador lembra que a crítica é benéfica e tem o objetivo de apontar os caminhos para corrigir os erros da administração.

Sobre 2016, Valadares defende que o PSB mantenha um projeto alternativo. “Enfrentar o Negão numa eleição não é fácil. Ele é organizado, não é um adversário fácil. João só entra pra ganhar, muito embora possa perder”, provocou.

Composições – Questionado sobre a possibilidade de compor com o ex-prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB/SE), em 2016, lembrou que recebeu o apoio do comunista desde que disputou o governo do Estado. “Ele marchou comigo em todas as campanhas. Em muitas oportunidades, estivemos no mesmo palanque, sempre em busca de um mesmo ideal”. Valadares lembrou que em 2004, quando Marcelo Déda (PT) disputou a reeleição à PMA, o PSB foi decisivo na indicação de Edvaldo para o cargo de vice pela segunda vez. Igualmente, quando se candidatou ao cargo de Prefeito, teve o apoio entusiástico do PSB.  Foi um grande gestor: preocupou-se com a cidade e fez um governo honesto e realizador.   “Em 2012, ele apoiou Valadares Filho na disputa pela prefeitura, num ato reciprocidade e confiança”, disse Valadares

Institucional – Provocado, o senador informou que mantém uma relação institucional com o governador Jackson Barreto, estando à disposição do Estado em todos os interesses de Sergipe em tramitação no Congresso Nacional.  Valadares fez questão de afirmar que aquele episódio do segundo turno, pra ele desnecessário, já considera superado. As responsabilidades de cada um têm que ser superadas em razão dos superiores interesses da comunidade.

Reforma Política – “Há um sentimento de frustração enorme no Senado em relação à reforma política iniciada na Câmara dos Deputados, uma vez que assuntos que poderiam resultar na redução de partidos políticos, – uma enxurrada de agremiações partidárias, muitas das quais são apenas siglas de aluguel, que ocupam tempo de televisão, recebem dinheiro público do fundo partidário, não têm nenhuma filosofia de trabalho, nenhum compromisso com a vida democrática do nosso país, continuam coexistindo graças à atuação do próprio Congresso Nacional ”, lamentou.

Entre os temas em debate sobre a reforma política na Câmara dos Deputados,  ele citou: o sistema eleitoral, o financiamento de campanha, a reeleição, o fim das coligações, a cláusula de desempenho ou de barreira, a duração de mandatos legislativos e executivos, o voto facultativo, idade mínima para candidaturas e a coincidência de mandatos.

Na avaliação do senador, a reforma política, subordinada aos interesses do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), -que defendia a aprovação do voto “Distritão” para a eleição de deputados federais, estaduais e vereadores- , ficou limitada a um acordo político com pequenas legendas. “O Eduardo Cunha,  atrás de votos para aprovar o distritão, chamou os partidos pequenos e prometeu extinguir a cláusula de barreira, que impõe percentual mínimo para que o partido tenha representatividade no Parlamento, resultando numa divisão entre PMDB  e PT”. Por sua vez, o PT teria prometido às mesmas legendas a manutenção das coligações proporcionais.

O conflito de interesses entre PMDB e PT, explica o senador, teria provocado considerável desequilíbrio de votos, produzindo o êxito exclusivo dos partidos pequenos, que agiram com muita habilidade e derrubaram tanto o distritão, quanto a proibição da coligação partidária. “Esse sistema ajuda a multiplicação de partidos”, repreendeu Valadares.

Ele informou que a cláusula de barreira aprovada na Câmara é ridícula, estabelece que terá direito a representação no Congresso o partido que eleger pelo menos um parlamentar, resultando na manutenção de 28 dos atuais partidos existentes.

Obrigatório – Valadares lembra que foi mantido o voto obrigatório no Brasil e reduzida idade mínima para disputa de alguns cargos.

Financiamento – O senador defendeu a doação de pessoas físicas para as  campanhas, com a possibilidade de financiamento privado exclusivamente para o fundo partidário. “Caberia ao TSE fazer a partilha proporcionalmente”, explicou, ao lamentar que, da forma que foi aprovado na Câmara, será mantido o capital privado em campanhas eleitorais. “Quem está no governo tem mais possibilidade de conseguir doações do que quem está na oposição, o que aumenta a desigualdade na disputa eleitoral”, alertou.

Reeleição e mandato – Foi aprovado o fim da reeleição e 5 anos de mandato para os eleitos para os cargos executivos e legislativos. “Na prática, o que mudou com a reforma aprovada na Câmara foi a data da posse de governadores e presidente da República de 1 para 4 e 5 de janeiro”, lamentou, na perspectiva de que o Senado possa alterar a reforma votada na Câmara.

A proibição da reeleição já era consenso dentro do Congresso. Os pontos fundamentais foram abandonados, em função do egoísmo e da vaidade de alguns.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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