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31 de março de 2015 às 18:58
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Valadares alerta sobre colapso no abastecimento de água de quatro estados nordestinos

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE) ocupou a tribuna, nesta tarde, novamente para fazer um alerta sobre a crise hídrica que a região do Rio São Francisco, que reúne os estados de Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas, vem enfrentando. Valadares falou sobre sua visita a perímetros irrigados em Petrolina/PE, no último final de semana, onde conversou com os produtores sobre a possibilidade de um colapso hídrico na região, que pode afetar o abastecimento de 23 mil hectares de produção irrigada, principalmente de frutas.

“O propósito da visita foi conhecer de perto da problemática da vazão da água do São Francisco, que, segundo especialistas, pode ocasionar um colapso na produção de frutas, o que significariam, sem dúvida alguma, desemprego em massa e prejuízos incomensuráveis à agricultura regional”, alertou.

Valadares afirmou que a situação é tão séria que o reservatório de Sobradinho, o terceiro maior do mundo em volume e espelho d’água, está tendo uma redução considerável desde o ano passado. Segundo dados de especialistas, em janeiro de 2014 o volume útil da represa chegou a 50%; já em janeiro deste ano estava em 20% e neste mês de março já marca 17%.

“Se essa queda de acumulação de água continuar, o que vai acontecer é que em setembro as bombas que fazem a captação de água do Rio São Francisco em Sobradinho ficarão  impossibilitadas de fazer essa captação porque a vazão estará abaixo de 900 metros cúbicos por segundo, isto é, toda a produção agrícola ficará prejudicada. Os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, e Pernambuco terão prejuízos incalculáveis com a quase totalidade de sua produção anulada”, alertou.

O senador também destacou a importância da região para a economia do Nordeste e do país. “Hoje, são cerca de 240 mil empregos diretos e 960 mil indiretos, mostrando que a região banhada pelo São Francisco contribui para o desenvolvimento do país. É preciso que medidas sejam tomadas e recursos sejam canalizados para que a Codevasf e a Chesf possam realizar obras de emergência evitando um colapso na fruticultura, que geraria desemprego em massa, significando um problema sem precedentes na história social e econômica do nosso país”, disse.

Por: Jornal Simãodiense jornalsimaodiense

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